Lide (jornalismo): diferenças entre revisões

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'''Lide para radiojornalismo'''{{Fusão de|1=5WH|data=julho de 2017}}
Em [[jornalismo]], o '''lide''', ou '''''lead''''' no original inglês, é a primeira parte de uma notícia,. geralmenteGeralmente o primeiro parágrafo posto em destaque, que fornece ao leitor informação básica sobre o conteúdo que lhe segue e pretende prender-lhe o interesse.<ref>{{Citar web|título = Significado / definição de lide no Dicionário Priberam da Língua Portuguesa|URL = http://www.priberam.pt/DLPO/lide|obra = www.priberam.pt|acessadoem = 2015-12-27}}</ref><ref>{{Citar web|título = Significado / definição de lead no Dicionário Priberam da Língua Portuguesa|URL = http://priberam.pt/DLPO/lead|obra = priberam.pt|acessadoem = 2015-12-27}}</ref><ref>{{Citar web|título = lide|URL = http://www.infopedia.pt/dicionarios/lingua-portuguesa/lide?homografia=2|obra = infopédia|acessadoem = 2015-12-27|língua = }}</ref> A expressão inglesa ''lead'' tem, entre outras, a tradução de “primeiro”, “guia” ou “(o que vem) à frente”.
 
O lide é um elemento fundamental para a funcionalidade do texto jornalisticojornalístico, que expressa a função das linhas iniciais de uma matéria, no intuito de atrair e conduzir  o leitor aos demais parágrafos. 
 
De uma maneira geral, o lide deve responder a: [[5WH|o quê (a ação), quem (o agente), quando (o tempo), onde (o lugar), como (o modo) e por que (o motivo)]] se deu o acontecimento central da história. No caso de não conseguir colocar todas as informações no início, o jornalista tem a opção de colocar o restante no sublead que representa o segundo parágrafo do assunto noticiado. 
 
O lide deve, portanto, informar qual é o factofato jornalístico noticiado e as principais circunstâncias em que ele ocorre. Segundo [[Adelmo Genro Filho]], em ''“O Segredo da Pirâmide”'', o lide deve descrever a maior singularidade da notícia.
 
Já o lide do texto de [[reportagem]], ou de [[revista]], não tem necessidade de responder imediatamente às seis perguntas. A sua principal função é oferecer uma prévia, como a descrição de uma imagem, do assunto a ser abordado.
 
O [https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/80216 lide] deve ser objetivo e direto, evitando a subjetividade, e pautar mais pela exatidão, linguagem clara e simples. O leitor ganha interesse pela notícia quando o lide é bem elaborado e coerente.
 
== História ==
{{Referências}}
Fruto de obstáculos de comunicação o lide surgiu no século XIX nos Estados Unidos. Jornalistas que cobriam a Guerra Civil Americana entre os anos de 1861 e 1865, enfrentavam sérios problemas para noticiar. Nessa época o problema girava em torno de muitos jornalistas e poucas linhas de telégrafo para fazer a transmissão das notícias, então era necessário criar uma tática para que as informações mais importantes fossem passadas primeiro. Um parágrafo de cada matéria era transmitido, depois passavam para o segundo e assim por diante, até o fim da notícia. E assim surgiu o lide.
 
No Brasil , o lide chegou no ano de 1950, trazido pelas agências de notícia norte- americanas. Antes as matérias eram escritas a partir de comentários e uma combinação entre interpretação e informação em que a principal notícia ficava no final.  Esse período foi responsável pelo declínio do jornalismo literário, que era desenvolvido desde o princípio da imprensa.
 
Após a chegada do lide se desencadeava mais uma estruturação para o texto jornalístico, a pirâmide invertida que é uma técnica de hierarquização dos fatos, da ordem decrescente de relevância dos fatos. Segundo Ricardo Carde, em [https://fasul.edu.br/portal/files/biblioteca_virtual/7/manualdejornalismo.pdf Manual] do Jornalismo “a verdade é que o sistema do lide e da pirâmide invertida possui potencialidades que seria um erro menosprezar”, por isso é importante que o jornalista tenha domínio da técnica na construção da notícia.
 
O lide permite que a resposta se estruture no esquema da pirâmide investida:
[[Ficheiro:Pirâmide.png|centro|Hierarquia da pirâmide]]
Devido ao surgimento do lide o nariz de cera foi eliminado dos textos jornalísticos. O nariz de cera nada mais é que criar um suspense, ou até mesmo como alguns chamam: “enrolação”. Esse esquema fazia com que o cerne da notícia fosse compreendido apenas no fim da matéria.  A padronização para os textos com o uso do lide e da pirâmide invertida tornou a escrita mais objetiva.
 
== Lide para radiojornalismo ==
O lide no texto para o rádio é algo mais simplificado, menos complicado que no jornal. Atende basicamente “o quê”, o “onde”, e o “quando” tem menos relevância, porém não sendo descartado podendo vim em uma outra parte da notícia.
 
Advérbios de modo e adjetivos devem ser evitados, pois fazem a leitura ser demorada. Verbos no presente indicativo são bem vindos por dá a ideia de atualidade, evidenciando a linguagem oral, pois imediatismo e instantaneidade são características do rádio.
 
No lide para o rádio também deve ser rejeitado frases negativas ou interrogativas. Outro ponto importante é o tratamento dado a última frase, por ser a que fixa na mente do ouvinte. 
 
== Lide para telejornalismo ==
Assim como para o impresso e para o rádio, o lide para TV deve ser claro, com breves parágrafos e gerar impacto. Já que um elemento a mais é incluído, a imagem, tal deve está em perfeita sincronização com o texto, fazendo ambos caminharem juntos.
 
O lide na TV pode ser dito pelo repórter, ou antecipadamente na introdução do assunto anunciado pelo apresentador. Tradicionalmente na TV a abertura da matéria não vai atender absolutamente ao fato principal da notícia, porém com um detalhe atraente que prenda a atenção do telespectador.
 
A combinação entre a imagem e o texto, o título que corresponde ao lide do jornal impresso, são os principais atributos do lide no texto para o telejornalismo.
 
== Crítica ao lide ==
Alguns críticos do jornalismo são contra ao uso do lide nos textos jornalísticos, alegam ser algo que cortou a criatividade dos jornalistas, que passaram a escrever de forma automática, sempre respondendo as seis perguntas. Outros são a favor, afirmam que há como ser criativo e dinâmico mesmo fazendo o tradicional uso do lide.
 
Para Dimas Kunsch, jornalista e filósofo, o jornalismo sem o lide seria melhor, argumenta que o mundo nem as pessoas cabem em um simples lide. Ricardo Noblat também se contrapõe a questão, e diz que o texto sem lide, que esteja  mais próximo do literário, visualmente atrativo, tem mais significado.{{Referências}}
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