Filipa de Lencastre: diferenças entre revisões

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D. Filipa correspondeu ao papel esperado da rainha [[Idade Média|medieval]] em assegurar a continuidade da [[linhagem]] e do património. Tal como seu pai, ela incitou a apreciação pela cultura nos seus filhos, os futuros monarcas. Consequentemente, eles foram figuras que funcionaram como modelos a serem seguidos pela sociedade.{{harvref|Silva|2009b|p=46}} Os [[Romance de cavalaria|romances de cavalaria medieval]] agradavam à rainha. A ênfase em aventuras, virtudes cavaleirescas e valores da espiritualidade cristã contribuíram para moldar a educação dos príncipes pelos ideais expressos nos códigos de cavalaria: justiça e retidão.{{harvref|Oliveira|2010|p=410}}
 
Os nomes dos filhos homenageavam tanto membros da família de D. João I quanto de D. Filipa, o que mostra o respeito dos reis pelos seus [[Antepassado|antepassadosantepassado]]s.{{harvref|Oliveira|2010|p=411}}
 
Do seu casamento, nasceram:
* [[Branca de Portugal (1388)|Branca de Portugal]] (13 de julho de 1388 – 6 de março de 1389), morreu jovem, antes de completar um ano de idade. O seu nome honrava a mãe de D. Filipa, [[Branca de Lencastre]].{{harvref|name=filhos|Oliveira|2010|p=406-412}}
* [[Afonso de Portugal (1390–1400)|Afonso de Portugal]] (1390 – 1400), morreu jovem. Recebeu o mesmo nome que [[Afonso I de Portugal|D.&nbsp;Afonso&nbsp;I]], o rei fundador de Portugal.<ref name=filhos/>
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Desde o início de 1415, a [[peste bubónica]] invadia Lisboa e Porto. Os reis refugiaram-se em [[Sacavém]], mas os longos e frequentes jejuns, orações e vigílias da rainha enfraqueciam e debilitavam o seu corpo. Ela dedicava-se espiritualmente ao sucesso na [[Tomada de Ceuta]], empreendimento em que seu marido e seus filhos [[Infante D. Henrique|Henrique]], [[Pedro, Duque de Coimbra|Pedro]] e Duarte participaram. Contudo, com as constantes entradas e saídas de mensageiros e contactos, a peste acabou por chegar a Sacavém. O rei abrigou-se em [[Odivelas]], mas a rainha preferiu ir depois. Quando chegou, em julho do mesmo ano, já estava doente.{{harvref|Oliveira|2010|p=419}}
 
De acordo com a [[Crónica da Tomada de Ceuta]], de [[Gomes Eanes de Zurara]], D.&nbsp;Filipa sentiu a morte aproximar-se, preparando-se para a viagem eterna ao cumprir os ritos da boa morte. [[Confissão (sacramento)|Confessou-se]], comungou e recebeu a [[extrema-unção]]. Quando os clérigos acabaram de rezar, no dia 19 de julho, ela faleceu.{{harvref|Oliveira|2010|p=421}} Inicialmente foi sepultada em [[Odivelas]], onde havia falecido. No ano seguinte, os seus restos mortais seguiram para o [[Mosteiro da Batalha|Mosteiro de Santa Maria da Vitória]], por ordem de seu marido. Mais tarde, o local abrigou túmulos de outros membros da [[dinastia de Avis]], tais como os de seus filhos.{{harvref|Oliveira|2010|p=425}} Com exceção de D. [[Duarte I de Portugal|Duarte]], que construiu o seu próprio [[panteão]], a "[[Ínclita Geração]]" está sepultada na [[Capela do Fundador]] do [[Mosteiro da Batalha]], primeiro panteão régio a ser construído em [[Portugal]].<ref>{{citar web|URL = http://www.dnoticias.pt/actualidade/pais/515935-batalha-acolhe-coloquio-sobre-d-filipa-de-lencastre-nos-600-anos-da-sua-mort|título = Batalha acolhe colóquio sobre D. Filipa de Lencastre nos 600 anos da sua morte|data = 12-05-2015|acessadoem = |autor = |publicado = Diário de Notícias da Madeira}}</ref>.
 
== Ver também ==