Aptidão: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Gramática; Clareza
m
Linha 3:
'''Aptidão''', '''valor adaptativo''' ou '''''fitness''''' (muitas vezes denotada <math>w</math> em modelos de [[genética populacional]]) é um conceito central na [[evolução|teoria da evolução]]. O valor adaptativo de um [[fenótipo]] é uma medida simples de sucesso reprodutivo, onde aqueles que sobrevivem e produzem maior número de prole capaz de se reproduzir, garantem a manutenção do [[fundo genético]] da sua população. O valor adaptativo (ou ''fitness'') individual pode ser definido como sendo a proporção do gene de um indivíduo deixado para o fundo genético da próxima geração, ou seja, a contribuição de um indivíduo perante todo o conjunto de [[genótipos]] existentes dentro da população em que está inserido.<ref name=Pianka> Pianka, E. 1994. Evolutionary Ecology HarperCollins, New York. 486 pp </ref>
 
Os organismos produzem descendência em número maior do que o ambiente é capaz de suportar. Como consequência há uma tendência natural nas populações naturais ao surgimento de uma intensa competição pelo uso de recursos e a reprodução, resultando respetivamente, na [[seleção natural]] e [[seleção sexual]]. <ref name=Begon> Begon, M.; Townsend, C.; Harper, J. 2007. Ecologia: De indivíduos a Ecossistemas. Artmed. São Paulo. 752pp </ref><ref name=Pianka />
 
Os organismos de uma população variam na sua capacidade de competição e consequentemente em seu sucesso reprodutivo (aptidão) em função da variação [[Morfologia (biologia)|morfológica]], [[Fisiologia|fisiológica]] ou [[Psicologia evolucionista|comportamental]] existente entre os indivíduos de uma população. Quando essa variação pode ser herdada, um processo de [[seleção natural]] ou [[Seleção sexual|sexual]] passa a atuar, favorecendo a manutenção e expansão da característica mais bem adaptada as condições ambientais num determinado momento, ou seja, as características que possuem maior aptidão.<ref name=Pianka /><ref name=Begon />
Linha 17:
'''W=1-s'''
 
Assim poderíamos considerar uma população hipotética onde s=0.1 (W=0.9). Isto significa que, para cada 100 descendentes reprodutivamente maduros produzidos pelo genótipo mais favorecido somente 90 são produzidos pelo genótipo que sofre ação de seleção. Quando o genótipo é letal ou estéril, então s=1.0 e o valor adaptativo é zero (W=0) .<ref name=Sherrock />.
 
Na primeira parte desse cálculo é necessário conhecer a frequência dos genótipos antes e depois de um efeito de seleção (no caso de ambientes naturais basta apenas quantificar a frequência de geração em geração já que dificilmente uma população não estará sendo afetada pela Seleção Natural). A partir do conhecimento prévio das frequências gênicas podemos compará-la com as modificações ocorridas e consequentemente obter os valores adaptativos dos genótipos envolvidos.