Ordem do Tosão de Ouro: diferenças entre revisões
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== História ==
=== Origem ===
Ao longo da Idade Média, o [[Ducado da Borgonha]] tornou-se uma região economicamente poderosa. [[Filipe III da Borgonha|Filipe III]] planejava converter a região em um [[Estado soberano]] entre [[França]] e o [[Sacro Império Romano-Germânico]], reavendo o território de [[Lotaríngia]]. Eventualmente, Filipe III herdou os condados de [[Flandres]] e [[Artois]], os ducados de [[Brabante]], [[Luxemburgo]] e [[Limburgo]], além dos feudos de [[Henao]], [[Zelândia]] e [[Holanda]], tornando-se um dos mais poderosos senhores feudais de sua época.
Em [[1422]], Filipe III foi agraciado com a [[Ordem da Jarreteira]], por conta dos vínculos políticos de seus reinos para com o [[Reino de Inglaterra]]. No entanto, o nobre espanhol recusou a ordem evitando uma indisposição com o monarca francês [[Carlos VII de França|Carlos VII]], da [[Casa de Valois]]. Visando estabelecer um padrão de fidelidade entre seus subordinados e fundar uma ordem de cavalaria própria, foi criada a Ordem do Tosão de Ouro.
Já havia na Espanha, a Ordem da Paixão, que havia sido fundada pelos nobres locais aos moldes da [[Ordem do Dragão]]. Contudo, os ideais inspiradores da Ordem do Tosão de Ouro igualmente relacionavam-se à luta contra os [[Otomanos]] e a libertação da [[Terra Santa]].
Em [[14 de janeiro]] de [[1429]], a Ordem do Tosão de Ouro foi oficialmente constituída juntamente às celebrações do matrimônio de Filipe III com a princesa portuguesa [[Isabel de Portugal, Duquesa da Borgonha|Isabel de Avis]], filha do [[rei de Portugal|rei português]] [[D. João I]]. O casamento em si viria a ser realizado somente em [[1430]], na cidade de [[Bruges]].<ref>{{Citar web|url=http://books.google.es/books?id=C4yY-yEfdjUC&pg=RA2-PA286&dq=tois%C3%B3n+de+oro&ei=SazxS8TpCIS0ywS3-vSQCg&cd=5#v=onepage&q=tois%C3%B3n%20de%20oro&f=false|título=Enciclopedia moderna. Diccionario universal de literatura, ciencias, artes...|autor=De P. Mellado, Francisco}}</ref> Apesar de seguir o modelo da Ordem da Jarreteira, a Ordem do Tosão de Ouro recebeu privilégios até então desconhecidos a nenhuma outra ordem de cavalaria: o soberano deveria consultá-la antes de conflitos; todas as disputas entre seus cavaleiros eram definidas pela ordem; os cavaleiros poderiam ser julgados pela ordem em questões de rebelião, heresia e traição; entre outras características peculiares.
O Tosão de Ouro, concebido com uma certa tonalidade eclesiástica permitindo trajes eclesiásticos para seus cavaleiros e incluindo celebrações de [[
Após seu casamento, Filipe III emitiu uma proclamação através da qual explicitava os propósitos de fundação da ordem de cavalaria. Nas palavras do monarca, a ordem havia sido fundada "em reverência a Deus e para manutenção da fé cristã, e para honra e exaltar a nobre ordem de cavalaria e também... em honra a todos os antigos cavaleiros".<ref>Doulton, Op. cit., p. 360–361</ref>
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Com a anexação de territórios borgonheses pelo [[Império Espanhol]], a soberania da ordem passou à [[Casa de Habsburgo]], sendo mantida assim até a morte de [[Carlos II de Espanha|Carlos II]], em [[1700]]. Ele foi sucedido por [[Filipe V de Espanha|Filipe V]], da [[Casa de Bourbon]]. A subsequente disputa dinástica entre Filipe V e [[Carlos VI do Sacro Império Romano-Germânico|Carlos VI]] pelo trono espanhol desencadeou a [[Guerra da Sucessão Espanhola]] e inevitavelmente na divisão da ordem em duas nacionalidades: um ramo espanhol e um ramo austríaco. Ainda assim o soberano, no caso Duque da Borgonha, emite oficialmente em francês.
O agraciamento de [[Napoleão Bonaparte|Napoleão]] e [[José Bonaparte]] com a ordem durante a [[Guerra Peninsular]] gerou uma forte controvérsia. Em protesto, o rei exilado [[Luís XVIII de França|Luís XVIII]] devolveu seu colar da ordem à Espanha. Este e outros agraciamentos à Casa de Bonaparte foram suspensos por [[Fernando VII de Espanha|Fernando VII]] quando da [[Restauração Bourbon na Espanha|Restauração Bourbon]].
Em [[1812]], o governo provisório espanhol agraciou o [[Duque de Wellington]] com o colar da ordem, ato posteriormente confirmado por Fernando VII com aprovação do [[Papa Pio VII]]. Wellington tornou-se o primeiro [[Protestantismo|protestante]] agraciado com a Ordem do Tosão de Ouro, abrindo caminho para outros agraciados não-cristãos, como o Rei [[Bhumibol Adulyadej]] séculos mais tarde.
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* [[Javier Solana]] (2010)
* [[Víctor García de la Concha]] (2010)
* [[Nicolas Sarkozy]], 23º [[Presidente da França]] e [[
* [[Enrique Valentín Iglesias García|Enrique Valentín Iglesias]] (2014)
* [[Leonor, Princesa das Astúrias]] (2015)
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* [[Javier Solana]] (2010)
* [[Víctor García de la Concha]] (2010)
* [[Nicolas Sarkozy]], 23º [[Presidente da França]] e [[
* [[Enrique Valentín Iglesias García|Enrique Valentín Iglesias]] (2014)
* [[Leonor, Princesa das Astúrias]] (2015)
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