Albrecht Dürer: diferenças entre revisões

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}}
O padrinho de DürerinhoDürer era [[Anton Koberger]]<ref>{{Citar livro|autor=Michael Levey, Charles Reginald Dodwell|título=Essays on Dürer|editora=Manchester University Press ND|editor=Charles Reginald Dodwell|ano=1973|páginas=8|isbn =9780802021137}}</ref>, que abandonou a carreira de ourives para se tornar num importante editor e impressor, provavelmente no ano do nascimento de Dürer<ref>{{Citar livro|autor=M. J. F. M. Hoenen, Lodi Nauta|título=Boethius in the Middle Ages: Latin and vernacular traditions of the Consolatio philosophiae|editora=BRILL|ano=1997|páginas=288|isbn =9789004108318}}</ref>. De facto, terá chegado a possuir vinte quatro [[prensa móvel|prensas móveis]] e várias tipografias dentro e fora da Alemanha. A sua mais famosa publicação foram as ''Crónicas de Nuremberga'', de [[Hartmann Schedel]], publicadas em 1493. Continha um número sem precedentes de xilogravuras (1 809), muitas com uso repetido do mesmo bloco, executadas na oficina de Wolgemut na altura em que Dürer aí era aprendiz, nomeadamente de 1488 e 1493, parecendo certo que Dürer tenha trabalhado neste projeto, recebendo uma formação exaustiva quanto à execução de desenhos em placas de madeira<ref name="bartrum">{{Citar livro|autor=Giulia Bartrum, Joseph Leo Koerner, Ute Kuhlemann|título=Albrecht Dürer and his legacy|subtítulo=the graphic work of a Renaissance artist|idioma=Inglês|editora=British MuseumBritish Museum|ano=2002|isbn = 9780714126333}}</ref>.
 
Enquanto durou o Renascimento, o sul da Alemanha tornou-se no centro de numerosas publicações, sendo frequentes os pedidos de gravuras. Como era costume entre os jovens alemães acabados de terminar o seu período de aprendizagem, Dürer empreendeu os seus ''[[Wanderjahre]]'' ou anos de estudo em viagem (uma espécie de [[ano sabático]]), que lhe permitiriam conhecer o trabalho de outros artistas. Partiu em 1490, depois da [[Páscoa]], passando pela Alemanha, pelos Países Baixos, [[Alsácia]], Basileia e [[Estrasburgo]]<ref name ="brit">{{Citar livro|título=One hundred most influential painters and sculptors of the Renaissance|subtítulo=Britannica guide to the world's most influential people|editora=The Rosen Publishing Group|ano=2009|página=179|isbn =9781615300433}}</ref><ref name="verbo">{{Citar enciclopédia|encyclopedia=Enciclopédia Verbo Luso-Brasileira de Cultura Edição Século XXI|title=Dürer (Albrecht)|last=Flórido de |first=Vasconcelos |date=abril de 1999 |volume=9 |isbn=9722219421 |pages=1064-1067 }}</ref>. A viagem durou quatro anos, tendo terminado depois do [[Pentecostes]]<ref name="heaton" />. Em 1492, depois de ter passado provavelmente por [[Frankfurt]] e pelos Países Baixos, chegou a [[Colmar]], onde tentou arranjar lugar na oficina do pintor e gravador alemão [[Martin Schongauer]], talvez o mais importante gravador do Norte da Europa. Dürer desconhecia, no entanto, que o artista tinha morrido em 1491<ref name="Panof" />. Pôde, contudo,estudar o seu trabalho com os irmãos de Schongauer.<ref name="verbo" />.
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Os anos entre o seu retorno e a sua viagem aos [[Países Baixos]] são comumente divididos pelo tipo de trabalho no qual estava principalmente ocupado. Esses cinco anos, 1507 – 1511, são predominantemente os anos em que pintou mais em sua vida, trabalhando com um grande número de estudos e desenhos preliminares. Produziu aqueles que foram considerados seus quatro melhores trabalhos: ''Adão e Eva'' (1507), ''Virgem com Íris'' (1508), ''A Ascensão da Virgem'' (1509) e ''Adoração da Trindade por todos os Santos'' (1511). Durante este período, completou também a série de [[xilogravura]]s da ''Grande Paixão'' e da ''Vida da Virgem'', ambas publicadas em 1511, juntamente com uma segunda edição das cenas do ''Apocalipse''.
 
De 1511 a 1514, Dürer concentrou-se nas [[gravura]]s, tanto em [[madeira]] quanto em [[cobre]]. A sua obra-prima desse período foram as trinta e sete xilogravuras da ''Pequena Paixão'' (1511) e um conjunto de quinze gravações em cobre do mesmo tema (1512). No ano seguinte, apareceram seus trabalhos mais famosos em cobre, ''A Morte do Cavaleiro'', ''Melancolia I'' e ''São Jerônimo em seu Escritório'' (ambos de 1514). Em ''Melancolia I'' aparece um [[quadrado mágico]] de quarta ordem que se acredita o primeiro a aparecer na arte europeia. Os dois números/ref>.

Durante a viagem executou [[aguarela]]s de paisagens com grande rigor de detalhe como se pode ver, por exemplo, numa ''Vista do Castelo de Trent'' ([[National Gallery (Londres)|National Gallery]], [[Londres]]), pintada provavelmente estava de retorno. Muitos dos esboços a aguarela efetuados nesta altura sobreviveram, enquanto a existência de outros pode ser deduzida a partir de paisagens, muito fiéis às originais, presentes em trabalhos posteriores, como na gravura ''Némesis''. São, aliás, os primeiros estudos puros de paisagem conhecidos na arte ocidental no meio da fileira de baixo dão a data da gravação: 1514. Produziu nessa época ainda uma vasta gama de outras obras, incluindo retratos em têmpera de 1516, gravuras com vários temas, experiências em gravações em ferro ou zinco. Para o imperador [[Maximiliano I da Germânia|Maximiliano I]], trabalhou em parte do ''Portão triunfal'', desenhou o retrato e decorou as margens do livro de oração, antes da morte deste em 1519.
 
=== Viagem aos Países Baixos ===