Mário Montalvão Machado: diferenças entre revisões

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Foi amigo de [[Francisco Sá Carneiro]], que o motivou para a política, mantendo sempre no decurso da sua vida política uma postura laica, republicana e social-democrata. Era considerado, a par de [[Miguel Veiga]], o portador da identidade reformista e social-democrata original do [[Partido Social Democrata (Portugal)|Partido Social Democrata]], que tem parte da sua génese nos republicanos da cidade do [[Porto]]. Co-fundador e dirigente do [[Partido Social Democrata (Portugal)|PSD]], presidiu à Comissão Política Distrital do [[Porto]], liderou o Grupo Parlamentar na [[Assembleia da República]], entre [[1988]] e [[1992]], e presidiu à Mesa do Congresso Nacional. Integrou o [[Conselho de Estado português|Conselho de Estado]]. Foi presidente da Assembleia-Geral do [[Sport Comércio e Salgueiros]]. O Presidente da República [[Aníbal Cavaco Silva]] agraciou-o com a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade e, em 2010, no 62º aniversário da Declaração Universal dos Direitos do Homem, que se celebra a 10 de Dezembro, o Provedor de Justiça – Alfredo José de Sousa atribuiu uma Medalha de Honra a Mário Montalvão Machado, já a título póstumo.
 
As palavras e os textos de Mário Montalvão Machado são o testemunho mais nobre, fidedigno e genuíno da verdadeira identidade do Partido Social Democrata, gerado no diálogo político entre [[Francisco Sá Carneiro]], [[Artur Santos Silva (pai)]] ou entre Miguel Veiga, nos escritórios dos advogados portuenses [[António Macedo (político)|António Macedo]] (em cujo escritório - "a toca" - se realizaram inúmeras reuniões conspirativas contra o regime de Salazar) e de [[Mário Cal Brandão]] ou nos escritórios de [[Francisco Sá Carneiro]] e de Montalvão Machado da Rua da Picaria, na Invicta, onde se alicerçou a configuração da actual Democracia Representativa e Parlamentar que existe em Portugal, coordenada pelo moderno Estado social, livre e com carácter não-confessional: 'a social-democracia portuguesa', como lhe chamaram os fundadores do PSD, àquilo que pretendiam que fosse desencadeado pelo 'grande partido político português das reformas e da sociedade do bem-estar social', adaptado à idiossincrasia portuguesa. Insubmisso contra o salazarismo, conviveu de perto com os meios oposicionistas ligados ao republicanismo histórico. Foi entre essa gente insubmissa do Porto contra o regime do Estado Novo, onde pontuavam figuras como [[Artur Santos Silva (pai)]] e [[Miguel Veiga]], que [[Francisco Sá Carneiro]] o escolheu para ajudar a fundar um partido social-democrata, logo após a Revolução do 25 de Abril. "Sá Carneiro vinha dos meios progressistas católicos. Faltava patine ao PPD e figuras como Montalvão Machado davam-lhe essa patine", como referiu o deputado social-democrata Agostinho Branquinho. "O dr. Montalvão Machado fazia parte de um grupo de militantes que vinham da oposição clássica. Teve muita importância no início do PPD, porque essas pessoas mostravam que este partido não tinha qualquer ligação ao anterior regime", acrescenta Amândio de Azevedo. "Mas ele também foi fundamental para a subida ao poder de Cavaco Silva", frisa este histórico fundador do partido, elogiando "o grande prestígio, a grande serenidade e seriedade" do amigo com quem conviveu até aos últimos dias.
 
Foi líder da bancada social democrata no Parlamento entre 1987 e 1991.<ref name="DN"/>