Jubiabá: diferenças entre revisões

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== A controversa personalidade de Jubiabá ==
O primeiro texto da série de notas, artigos e reportagens sobre a cultura afro-baiana foi publicado em ''O Estado da Bahia'' no dia 09 de maio de 1936 com o título “As ‘macumbas’ através de interessantes reportagens do Estado da Bahia” e o subtítulo “Jubiabá, o célebre ‘pai de santo’, ouvido por nós, faz sensacionais revelações”.<ref name="onegro">CLAY, Vinícius, [http://www.facom.ufba.br/pex/viniciusclay.doc ''O Negro em "O Estado da Bahia" publicado de 09 de maio de 1936 a 25 de janeiro de 1938'']</ref> Trata-se de uma nota criada para anunciar a série de reportagens que viria a ser publicada nos meses seguintes. Para a primeira delas, foi escolhido o nome do pai de santo Jubiabá, um dos mais famosos de seu tempo, líder religioso de um [[candomblé de caboclo]] no Morro da Cruz do Cosme. ''Jubiabá'', também, era o título do mais recente romance publicado por [[Jorge Amado]], o que despertava ainda mais a curiosidade em torno de sua imagem. Como veremos mais tarde, numa sequência de três reportagens, ''Jubiabá'' e [[Jorge Amado]] travam uma deselegante discussão através das páginas do jornal por causa do romance.<ref>[http://www.desafio.ufba.br/gt1-007.html Jorge Amado e Severiano]</ref>
 
Em 11 de maio de 1936, O Estado da Bahia publica a entrevista com Severiano Manoel de Abreu, com o título “No mundo cheio de mistérios dos espíritos e ‘pais de santos’”, acompanhado por dois subtítulos. O primeiro: “Iniciando uma larga reportagem sobre espiritismo e candomblés o Estado da Bahia viu e ouviu o famoso Jubiabá, herói do último romance de Jorge Amado”. E mais abaixo: “De incrédulo a médium curador – Cruz do Cosme e seu reduto – Até entre os espíritos há melindres e vaidades – Pai de 22 filhos vivos e influência política”.<ref name="onegro" />
 
Jubiabá novamente é apontado como o personagem do romance homônimo de Jorge Amado, dito vaidoso e detentor de influência política. As ligações políticas do capitão Severiano Manoel de Abreu com membros e assessores do governo, a exemplo de Martinelli Braga, oficial de gabinete do governador Juracy Magalhães, são destacadas nas entrevistas, inclusive por ele mesmo. Elas conferiam prestígio ao pai de santo, possibilitavam a troca de favores, atraíam benfeitorias para a comunidade e contribuíam para preservar sua casa de culto da violência policial.<ref name="onegro" />
 
O [[preconceito]] explícito nas páginas dos jornais da época praticamente se restringia às religiões de origens africanas e indígenas, enquanto o [[espiritismo]] e o [[ocultismo]], de raízes europeias, eram mais aceitos socialmente, consideradas doutrinas mais “civilizadas”, como denota este trecho da entrevista:
{{Quote|Mesmer e Flamarion, Cagliostro e muitos outros fizeram admiradores e fervorosos [[prosélito]]s, com os seus passes, livros ou trues [sic] hábeis e impressionantes.
 
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{{referências}}
 
=={{Ver também}}==
*[[Umbanda]]
*[[Candomblé]]
*[[Candomblé bantu]]
*[[Candomblé Ketu]]
*[[Anexo:Lista de sacerdotes do candomblé|Sacerdotes do Candomblé]]
 
{{sem interwiki}}
 
[[Categoria:Mortos em 1937]]