Grande Prêmio do México de 2017: diferenças entre revisões

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=== Corrida ===
A decisão do título em favor de Hamilton começou empolgante. Poucas curvas após a largada, Max Verstappen conseguiu tomar a ponta de Sebastian Vettel após leve toque do piloto da Ferrari. Lewis tentou passar o alemão, que não cedeu, e os dois tocaram. Seb teve a asa dianteira avariada, enquanto o britânico teve o pneu traseiro furado. Os dois postulantes ao título foram aos boxes e despencaram para a última posição. Os incidentes foram considerados de corrida, não sendo necessária qualquer investigação. Cenário perfeito para Verstappen, na dianteira da prova.
 
Tanto Vettel como Hamilton trocaram pneus após a parada nos boxes, mudando os ultramacios para os macios, talvez indicando uma estratégia diferente. Lá na frente, Bottas vinha em segundo, seguido por Esteban Ocon, Nico Hülkenberg, Sergio Pérez e Felipe Massa. Daniel Ricciardo, que largou em 16º, já estava em oitavo após tantas confusões. Com forte ritmo de prova, Verstappen já abria vantagem confortável para Bottas e vinha bem na frente. Em contrapartida, Ricciardo encerrava de forma melancólica um fim de semana que lhe parecia muito bom, abandonando a prova ainda no começo. Pouco antes, pilotos como Massa — após um problema no seu pneu, identificado pela Williams — e Sainz também entravam nos boxes para fazer suas respectivas paradas, colocando pneus macios. A grande surpresa era a presença de Marcus Ericsson em nono.
 
Na volta 13, Massa vendeu caro a 15ª posição para Vettel, que fez a ultrapassagem após quase tocar no carro do brasileiro. O tetracampeão se irritou e disse que Felipe o jogou pra fora da pista. Ainda assim, Seb conseguiu ganhar a posição, enquanto Hamilton continuava no fundo do pelotão, em 19º e último. Instantes depois, Romain Grosjean sofria uma punição de 5s por ter excedido os limites da pista. Enquanto Verstappen sobrava na frente, Vettel continuava abrindo caminho lá atrás e subia para 13º após passar Grosjean no fim da reta dos boxes. Até que, na volta 19, todo o público se levantou e, com os punhos cerrados, lembrou as vítimas na tragédia ocorrida no último dia 19 de setembro com o terremoto em várias cidades ao redor do país. Sem dúvidas, o momento mais tocante de todo o domingo.
 
Ocon, que vinha bem na prova em terceiro lugar, entrava nos boxes para efetuar sua troca de pneus, com a Force India colocando os pneus macios para ir até o fim. Em seguida, a prova teve um momento dos mais curiosos do ano: Hamilton estava logo à frente de Verstappen como retardatário. A direção de prova cumpriu a regra e acenou bandeira azul ao virtual tetracampeão, pedindo que ele abrisse passagem ao holandês. A última vez que tal situação ocorreu foi no GP da Espanha de 2013, também o último vencido por Fernando Alonso na F1. Lewis seguia na última posição e não conseguia passar Sainz, o 18º. Mesmo com a falta de ritmo de Hamilton e Vettel escalando o pelotão, havia apenas uma chance ao alemão: terminar a prova pelo menos em segundo lugar. Caso finalizasse em terceiro, Lewis teria tudo definido no México. Quem também tinha tudo definido era Nico Hülkenberg, que abandonava a prova na volta 27 por conta de um problema elétrico na sua Renault. Eis que finalmente, na volta seguinte, Hamilton conseguia passar Sainz e subia para 18º. Muito longe de Vettel, que já estava em décimo. Porém, cada vez mais perto do título, considerando que Seb precisava ganhar ainda uma infinidade de posições. O alemão subia para oitavo três voltas depois ao conseguir passar Stoffel Vandoorne e Fernando Alonso.
 
Na volta 32, outro motor Renault abria o bico no fim de semana. Brendon Hartley ficava novamente no caminho com sua Toro Rosso. Como parou numa posição perigosa, a direção de prova acionou o safety-car virtual, o que levou todo mundo a ir para os boxes. Hamilton resolveu trocar os macios pelos supermacios. Vettel ousou e arriscou com os ultramacios. Restavam ainda 37 voltas para o fim da prova.
 
Verstappen continuava soberano na frente, com Bottas em segundo e Räikkönen em terceiro. Vettel, a quem só interessava terminar pelo menos em segundo, vinha em oitavo, enquanto Hamilton era o 15º. Massa surgia em décimo. Poucos avanços entre os dois postulantes ao título a partir da volta 40. Vettel ocupava a sétima posição, bem atrás do ídolo local Sergio Pérez. Hamilton vinha tranquilo, em 13º lugar, só esperando pelo momento da consagração.
 
Na volta 51, Vettel passava 'Checo' Pérez para tomar o sexto lugar, ficando atrás de Lance Stroll, o anniversariante do dia — que, diga-se, fazia uma grande corrida. Ocon, em quarto, estava bem mais à frente. O mexicano arriscou e entrou nos boxes para fazer nova parada e colocar pneus ultramacios para seu stint final, enquanto Hamilton aparecia em 12º, sem se arriscar, logo atrás da McLaren de Vandoorne e da Williams de Massa. Mas não demorou muito para Lewis entrar na zona de pontuação e fazer as duas ultrapassagens para subir ao décimo lugar. Vettel também abria caminho e chegava ao quarto lugar na volta 58, com Räikkönen à frente, 24s031 faltando 11 voltas para o fim. Ao ser informado pela Ferrari sobre a diferença para Ferrari, Vettel brincou: "Mamma mia!".
 
Nas voltas finais, Hamilton só escoltava Alonso, nono colocado, e Kevin Magnussen, oitavo. Se bem que Lewis tentou passar seu primeiro grande rival na F1. Foi um duelo empolgante entre dois dos grandes nomes da história do esporte. O britânico fez a ultrapassagem na raça e subiu para nono lugar. Um brilho final em uma jornada com drama e emoção para confirmar o tetracampeonato duas voltas depois.
 
[[Ficheiro:2017 18 MEX Race.png|800px|thumb|centro|Resultado da corrida]]