José Sócrates: diferenças entre revisões

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{{Info/Político
|largura =
|nome = José Sócrates</br>[[Ordem do Infante D. Henrique|GCIH]]
|nome_alt =
|nobel =
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|depois =[[Pedro Passos Coelho]]
| título3=Secretário-geral do Partido Socialista
| mandato3= 24 de setembro de 2004 </br> a 24 de julho de 2011
| antes3= [[Eduardo Ferro Rodrigues]]
| depois3= [[António José Seguro]]
|nascimento_data ={{nowrap|{{dnibr|6|9|1957|lang=pt}}}}
|nascimento_local= [[Miragaia (Porto)|Miragaia]], [[Porto]]</br>(registado em [[Alijó]], [[Vilar de Maçada]])
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|morte_local =
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Foi secretário-geral do [[Partido Socialista (Portugal)|Partido Socialista]], de setembro de [[2004]] a julho de [[2011]] e [[primeiro-ministro de Portugal]] de [[12 de março]] de [[2005]] a [[21 de junho]] de [[2011]]. Além desses postos, José Sócrates foi secretário de estado-adjunto do [[Ministério do Ambiente]] e [[Ministro do Ambiente e do Ordenamento do Território]] no governo de [[António Guterres]], e um dos organizadores do campeonato de futebol [[UEFA Euro 2004]] em Portugal.
 
José Sócrates embora possa estar licenciado em [[Engenharia Civil]] pela [[Universidade Independente]]<ref name="DIPL">[http://static.publico.pt/docs/politica/diplomasSocrates.pdf Certificado de licenciatura] no site do jornal ''Público''.</ref> e em [[2013]] ter concluído um [[mestrado]] em [[Ciência Política]] na Escola Doutoral do Instituto de Estudos Políticos de [[Paris]], no qual foi aluno na variante de Teoria Política.,<ref>http://www.publico.pt/politica/noticia/socrates-termina-tese-de-mestrado-sobre-tortura-e-vai-publicar-livro-1606608</ref>, não está autorizado a usar esse título pela [[Ordem dos Engenheiros]].<ref>[https://www.dn.pt/portugal/interior/ordem-envia-esclarecimento-jose-socrates-nao-e-engenheiro-8859942.html Ordem envia esclarecimento: José Sócrates não é engenheiro, Diário de Notícias, 20 de Outubro de 2017]</ref>. Encontra-se a aguardar julgamento{{carece de fontes|data=abril de 2017}} em liberdade, com Termo de Identidade e Residência, desde [[16 de outubro]] de [[2015]], por suspeita dos [[crime]]s de [[corrupção]], [[Elisão e evasão fiscal|fraude fiscal]] qualificada e [[Lavagem de dinheiro|branqueamento de capitais]], após ter estado em prisão domiciliária durante cerca de um mês (entre setembro e outubro de 2015) e, anteriormente, em prisão preventiva durante nove meses (de novembro de 2014 a setembro de 2015).<ref name="PUBLICO">[http://www.publico.pt/sociedade/noticia/socrates-libertado-mas-proibido-de-sair-do-pais-1711421 José Sócrates libertado quase 11 meses após a detenção, por Mariana Oliveira e Pedro Sales Dias, Jornal Público, 16 de Outubro de 2015]</ref>
 
== Biografia ==
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=== Educação ===
José Sócrates estudou na [[Escola Secundária Frei Heitor Pinto]] na [[Covilhã]]. Em 1975, inscreveu-se no [[Instituto Superior de Engenharia de Coimbra]] (ISEC), atualmente integrado no [[Instituto Politécnico de Coimbra]]. Em [[1979]], quatro anos após ingressar no ISEC, obteve o grau de [[bacharel]] em [[Engenharia Civil]],<ref>Os cursos de bacharelato em Engenharia do Instituto Superior de Engenharia de Coimbra tinham, então, a duração de quatro anos.</ref><ref name="DLISE"> Cf. [http://dre.pt/pdf1sdip/1974/12/30311/01950200.pdf Decreto-Lei nº 830/74], de 31 de dezembro.</ref>, o que lhe conferiu o título profissional de [[engenheiro técnico]] civil.<ref name="DLISE" />. De 1987 a 1993, esteve matriculado na [[Universidade Lusíada de Lisboa]], uma universidade privada, a cursar em [[Direito]], mas abandonou o curso.<ref>{{citar web|url=http://publico.clix.pt/shownews.asp?id=1291082&idCanal=21|titulo=Sócrates estudou Direito na Universidade Lusíada|autor=|data=|publicado=[[Público (Portugal)|Público]]|acessodata=}}</ref>. Participou no curso de [[Engenharia Sanitária]] para engenheiros municipais da [[Escola Nacional de Saúde Pública]].
 
No ano letivo de 1994/95 ingressou no [[Instituto Superior de Engenharia de Lisboa]] (ISEL) da [[Universidade Técnica de Lisboa]], atualmente integrado no [[Instituto Politécnico de Lisboa]], onde completou o primeiro ano do curso de estudos superiores especializados em Engenharia Civil, curso conducente ao diploma de estudos superiores especializados que, nos termos da lei, confere o grau de [[Licenciatura|licenciado]].<ref>Cf. n.º 7 do artigo 13.º da Lei de Bases do Sistema Educativo ([http://dre.pt/pdf1sdip/1986/10/23700/30673081.pdf Lei n.º 46/86, de 14 de outubro]).</ref>. Optou, entretanto, por se inscrever na [[Universidade Independente]], uma universidade privada sediada em [[Lisboa]], para aí concluir a [[licenciatura]] em Engenharia Civil o que ocorreu em 1996.<ref name="DIPL" />.
 
Frequentou o [[Mestrado]] no [[ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa|Instituto Universitário de Lisboa]] (ISCTE-IUL), tendo-lhe sido atribuído, em 2005, o diploma de [[MBA]], referente à parte lectiva do mestrado que frequentou, que ele obteve após ter realizado com sucesso o primeiro semestre de um programa de graduação de dois anos de Mestrado do ISCTE, que não concluiu.<ref>{{citar web|url=http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=28094|titulo=Director do Público admite «confusão» no caso do MBA de José Sócrates|autor=|data=|publicado=[[Sol (jornal)|jornal Sol]]|acessodata=}}</ref><ref>{{citar web|url=http://archive.is/20120716093131/http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=28094|titulo=Director do Público admite «confusão» no caso do MBA de José Sócrates|autor=|data=|publicado=Sol|acessodata=}}</ref>
 
Em Março de 2007, já como Primeiro-ministro, a licenciatura de José Sócrates em Engenharia Civil, obtida na Universidade Independente, foi posta em causa,<ref name=autogenerated1>{{citar web|url=http://www.publico.clix.pt/shownews.asp?id=1289019|titulo=Há falhas no dossier de José Sócrates na Universidade Independente|autor=|data=|publicado=Público|acessodata=}}</ref> bem como o uso do título "[[engenheiro]]" quando ainda era "[[engenheiro técnico]]"<ref name=autogenerated2>{{citar web|url=http://www.rtp.pt/index.php?article=278954&visual=16&rss=0|titulo=PSD comunicou a Gama que registos de Sócrates eram assunto encerrado|autor=|data=|publicado=[[Rádio e Televisão de Portugal]]|acessodata=}}</ref> ou sendo apenas ''licenciado em engenharia civil''. Essas circunstâncias a provocar [[José Sócrates#Caso Sócrates-Independente|maior controvérsia do ano]].<ref name=autogenerated1/>.
 
Uma investigação oficial sobre a validade das habilitações de José Sócrates concluiu que ele não incorreu em qualquer ilegalidade, contudo a Universidade Independente foi encerrada em 2007 por falta de qualidade pedagógica e má conduta ética e administrativa, através de um processo paralelo movido pelo [[Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior]]. Já em 2015, concluiu o Ministério Público pela nulidade do seu percurso académico.<ref>{{Citar web|título = Universidade Independente - Equivalências de Sócrates na Independente foram consideradas nulas - Portugal - DN|URL = http://www.dn.pt/portugal/interior/curso-de-socrates-e-nulo-mas-ele-continua-a-ser-engenheiro-4932521.html|obra = DN|acessadoem = 2016-01-27}}</ref> Em Outubro de 2017, a [[Ordem dos Engenheiros]] esclareceu que José Sócrates não está, nem nunca esteve, inscrito na [[Ordem dos Engenheiros]], não sendo assim portador do título profissional de "engenheiro".<ref name="publ_Asse" />
 
===Mestrado===
Após a sua demissão de primeiro-ministro, Sócrates pediu, nos termos da lei, uma licença sem vencimento das funções de engenheiro na Câmara da Covilhã para ingressar numa instituição universitária internacional.<ref>{{citar web|url=http://sol.sapo.pt/inicio/Politica/Interior.aspx?content_id=23741|título=Sócrates pede licença sem vencimento para estudar|autor=|data=|publicado=|acessodata=}}</ref>. Sócrates foi estudar Teoria Política no [[Institut d'études politiques de Paris|Institut d’Études de Paris]]. Obteve o grau de Mestre com uma dissertação sobre a Tortura em Democracia.<ref>{{citar web|URL=http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=690089&tm=9&layout=123&visual=61|título=José Sócrates lança livro sobre tortura|autor=|data=|publicado=|acessodata=}}</ref>
 
Mais tarde condensou a tese num livro - José Sócrates – A Confiança no Mundo - do qual foram feitas cinco edições. A obra alcançou a liderança nas livrarias e esgotou as primeiras edições. Foi revelado pelo [[Semanário Sol]], que o ex-primeiro-ministro teria comprado cerca de 10 mil exemplares, contribuindo assim para o êxito da sua publicação.<ref>{{citar web|URL=http://sol.pt/noticia/118944|título=Sócrates comprou milhares de exemplares do seu livro|autor=Felícia Cabrita|data=|publicado=22 de novembro de 2014|acessodata=22 de novembro de 2014}}</ref> Em março de 2015, foi anunciado na imprensa que escutas telefónicas a José Sócrates, levadas a cabo no âmbito da Operação Marquês,<ref>[http://observador.pt/topico/operacao-marques/ Tudo sobre: Operação Marquês]. observador.pt. recuperado em 11 de maio 2015</ref>, levaram os investigadores a concluir que o livro ‘A Confiança no Mundo – Sobre a Tortura em Democracia’, afinal não foi escrito por Sócrates. Apesar de na capa do livro constar o nome de José Sócrates e de o antigo líder do PS ter recolhido todos os louros da autoria da obra, o livro terá sido escrito por um professor catedrático que abdicou dos seus direitos intelectuais.<ref>{{citar web|URL=http://www.noticiasaominuto.com/pais/367286/livro-de-socrates-nao-foi-escrito-por-ele|título=Investigação Livro de Sócrates não foi escrito por ele|autor=|data=|publicado=|acessodata=}}</ref>
 
Domingos Farinho o professor universitário que escreveu o livro de José Sócrates, admitiu ao Ministério Público ter recebido 24 mil euros pela ajuda que entre o final de 2012 e o verão de 2013 prestou a José Sócrates na elaboração da tese de mestrado em Ciência Política apresentada no Institut d’Études Politiques de Paris.<ref>{{citar web|URL=http://sol.sapo.pt/artigo/526001/professor-reconheceu-ter-ajudado-socrates-a-fazer-tese-de-mestrado|título=Professor reconheceu �ter ajudado Sócrates a fazer tese de mestrado|autor=|data=|publicado=|acessodata=}}</ref>
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Durante a década de 1980, José Sócrates especializou-se na execução de diversos projectos de âmbito privado,<ref>{{citar web|url=http://static.publico.clix.pt/docs/politica/projectossocrates/|titulo=Projectos Soares|autor=|data=|publicado=Público|acessodata=}}</ref> nomeadamente habitações-base de emigrantes, na zona da Covilhã e arredores.<ref>{{citar web|url=http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1318310&idCanal=12|titulo=Projectos Soares|autor=|data=|publicado=Público|acessodata=}}</ref> José Sócrates subscreveu pelo menos 21 projectos<ref name=21Projectos>{{citar web|url=http://www.publico.pt/Política/socrates-assinou-21-projectos-de-casas-quando-era-exclusivo-na-ar_1430777|titulo=Sócrates assinou 21 projectos de casas quando era exclusivo na AR|autor=José António Cerejo|data=|publicado=|acessodata=5 de Abril de 2010}}</ref> entre Outubro de [[1988]], data em que se tornou deputado em regime de dedicação exclusiva, auferindo o subsídio correspondente, e o final de [[1990]].<ref>{{citar web|url=http://www.publico.pt/Pol%C3%ADtica/projectos-assinados-quando-estava-em-exclusividade-em-sao-bento-sao-pelo-menos-21_1430778|titulo=Projectos assinados quando estava em exclusividade em São Bento são pelo menos 21|autor=|data=|publicado=|acessodata=5 de Abril de 2010}}</ref>
 
Durante a sua actuação como projectista de edifícios na [[Guarda]],<ref name=21Projectos/> foi alvo de duas repreensões por unanimidade pela [[Câmara da Guarda]], ameaças de sanções legais e severas críticas dos serviços camarários,<ref>{{citar web|url=http://www.publico.pt/Pol%C3%ADtica/camara-da-guarda-afastou-jose-socrates-da-direccao-de-obras-nos-anos-90-e-repreendeuo-por-desleixo-profissional_1430777|titulo=Câmara da Guarda afastou José Sócrates da direcção de obras nos anos 90 e repreendeu-o por desleixo profissional|autor=|data=|publicado=|acessodata=6 de Abril de 2010}}</ref> por causas das faltas de qualidade dos seus projectos e de acompanhamento das obras, a chegar a ser ameaçado com sanções disciplinares.<ref>{{citar web|url=http://www.publico.clix.pt/Pol%C3%ADtica/socrates-assinou-21-projectos-de-casas-quando-era-exclusivo-na-ar_1430777|titulo=Sócrates assinou 21 projectos de casas quando era exclusivo na AR |autor=|data=|publicado=|acessodata=5 de Abril de 2010}}</ref>.
 
Não obstante ter trabalhado na área da [[Engenharia Civil]], José Sócrates não está, nem nunca esteve, inscrito na [[Ordem dos Engenheiros]], não sendo portador do título profissional de "engenheiro".<ref name="publ_Asse">{{Citar web| título = Assembleia da República. Ordem garante que Sócrates não é engenheiro | último = Alvarez | primeiro = Luciano| obra = PÚBLICO| data = | acessadoem = 20 de Outubro de 2017 | url = https://www.publico.pt/2017/10/20/politica/noticia/ordem-garante-que-socrates-nao-e-engenheiro-1789625| língua = pt | citação = }}</ref>
 
No entanto, sendo Engenheiro Técnico Civil (título profissional oficial e legalmente atribuído) e Diplomado pelo Instituto Superior de Engenharia de Coimbra (ISEC), um curso superior de nível universitário (Politécnico) de 4 anos, e encontrando-se inscrito na [[Ordem dos Engenheiros Técnicos|Ordem dos Engenheiros Técnicos (OET)]], a sua actividade profissional desenvolvida nesse âmbito, é e foi perfeitamente legal.
 
==== Comercial ====
Tornou-se sócio com [[Armando Vara]] da empresa Sociedade de Venda de Combustíveis Lda. (Sovenco), com sede na [[Reboleira]], [[Amadora]], em que está registado na matrícula da sociedade em 1990.<ref>{{citar web|url=http://dn.sapo.pt/2005/01/23/tema/um_osso_duro_roer.html|titulo=Um osso duro de roer|autor=|data=23 de Janeiro de 2005|publicado=Diário Nacional|acessodata=}}</ref>. A aventura empresarial de Sócrates foi curta (menos de um ano). Em 2005, a revista [[Focus (Portugal)|Focus]] desenterrou esse episódio, Sócrates jurou que estava a ouvir falar dessa empresa «pela primeira vez». No entanto, algum tempo depois, veio a público reconhecer que fez parte da sociedade. {{carece de fontes|data=abril de 2017}}
 
=== Clube Bilderberg ===
Em junho de 2004, José Sócrates participou do encontro do [[Clube de Bilderberg]] realizado em [[Stresa]], [[Itália]].<ref>http://www.bilderberg.org/2004.htm</ref>.
 
=== Política ===
A carreira política de Sócrates iniciou-se logo após a [[Revolução dos Cravos]] em [[1974]]. Foi um membro-fundador da [[Juventude Social Democrata]] (JSD), sector juvenil do [[Partido Social Democrata (Portugal)|Partido Social Democrata]] da Covilhã, de onde saiu, logo no [[1975|ano seguinte]], em razão dos estudos em [[Coimbra]]. Em 1981, mudou a filiação política, do [[Partido Social Democrata (Portugal)|Partido Social Democrata]] para o [[Partido Socialista (Portugal)|Partido Socialista (PS)]]. Já no Partido Socialista, ao qual se filiou e está até hoje, tornou-se em 1983 presidente da [[Concelhia da Covilhã]] e presidente da federação distrital de [[Castelo Branco]], cargo que ocupou de 1986 a 1995. José Sócrates foi admitido como "[[engenheiro técnico]]" pela Câmara da Covilhã. Em julho de 2013, pediu a exoneração dessa função dos quadros da Câmara Municipal da Covilhã, embora já lá não trabalhasse, de facto, há mais de duas décadas: esteve requisitado enquanto ocupou funções governativas e em regime de licença sem vencimento desde que deixou o Governo, em Julho de 2011.<ref>{{citar web|URL=http://expresso.sapo.pt/socrates-deixa-camara-da-covilha=f817643|título=Sócrates deixa Câmara da Covilhã|autor=|data=|publicado=|acessodata=}}</ref>.
 
Em 1987, foi eleito pela primeira vez [[deputado]] à [[Assembleia da República]], a representar o [[distrito (subdivisão)|distrito]] de [[distrito de Castelo Branco|Castelo Branco]]. A sua primeira intervenção enquanto deputado numa questão de âmbito nacional consistiu na defesa de [[projecto-lei]] a legalizar a possibilidade da prática do nudismo no País.<ref>{{citar web|url=http://dn.sapo.pt/2008/04/21/nacional/quando_socrates_defendeu_o_nudismo.html|titulo=Quando Sócrates defendeu o nudismo|autor=|data=21 de Abril de 2008|publicado=Diário Nacional|acessodata=}}</ref>.
 
Sócrates foi derrubado pela Câmara do Município da Guarda em 1990 e 1991,<ref name=21Projectos/>, após ter sido avisado várias vezes devido à má qualidade dos projectos de construção e falta de acompanhamento das obras de construção.<ref name=21Projectos/>. Sócrates foi ameaçado com sanções disciplinares para os erros cometidos na direcção técnica de obras particulares cujos projectos ele era o autor, mas apesar de ser afastado desta função, nunca foi punido.<ref name=21Projectos/>. Além disso, como membro do Parlamento, Sócrates não era permitido por lei para trabalhar como [[engenheiro técnico]], entre 1987 e 1991.<ref name=21Projectos/>.
 
De 1989 a 1996, actuou como membro da [[Assembleia Municipal da Covilhã]]. Serviu como [[porta-voz]] de assuntos ambientais do Partido Socialista de 1991 a 1995. Em 1991, a sua personalidade como deputado chamou a atenção dos dirigentes do partido e passou a integrar o Secretariado Nacional do Partido Socialista. Em 1995, tornou-se membro do primeiro Governo de [[António Guterres]], a ocupar o cargo de secretário de Estado Adjunto do ministro do Ambiente. Em 1997, tornou-se ministro-adjunto do primeiro-ministro, com as tutelas da [[Toxicodependência]], [[Juventude]] e [[Desporto]]. Foi nessa qualidade, que se tornou num dos impulsionadores e organizadores da realização em Portugal, do [[Campeonato Europeu de Futebol de 2004|Euro 2004]].
 
Em Outubro de 1999, já no segundo Governo de António Guterres, transitou para a pasta de [[Ministério do Ambiente e do Ordenamento do Território|ministro do Ambiente e do Ordenamento do Território]], cargo que ocupou até à tomada de posse do [[XV Governo Constitucional]], em Abril de 2002. Entretanto, tornou-se comentador político na [[RTP1]] a par de [[Pedro Santana Lopes]]. Enquanto ministro, foi protagonista de diversas polémicas, como a questão da co-incineração de [[resíduo tóxico|resíduos tóxicos]], bem como o licenciamento do [[Freeport Outlet Alcochete|Freeport]], o maior "[[outlet]]", a céu aberto da [[Península Ibérica]], que nos anos seguintes seria acusado já no cargo de primeiro-ministro.<ref>{{citar web|url=http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1357183&idCanal=62|titulo=Ingleses pedem mais diligências no caso Freeport|autor=|data=|publicado=Público|acessodata=}}</ref>.
 
Em 2002, com a vitória do [[Partido Social Democrata (Portugal)|Partido Social Democrata]] nas Eleições Legislativas (vencida por [[José Manuel Durão Barroso]]), Sócrates regressa à [[Assembleia da República (Portugal)|Assembleia da República]] na condição de deputado, como o membro da oposição no [[Parlamento Português]]. Ao mesmo tempo, torna-se [[comentador político]] no programa de análise política com [[Pedro Santana Lopes]], num dos canais da televisão estatal, a [[Radiotelevisão Portuguesa|Radiotelevisão Portuguesa (RTP)]]. Após a demissão de [[Eduardo Ferro Rodrigues|Ferro Rodrigues]], como líder do partido em 2004, Sócrates vence a eleição para o cargo de secretário-geral, por larga maioria, as eleições para a Direcção do PS, ao derrotar [[Manuel Alegre]] e [[João Barroso Soares|João Soares]], por quase 80% dos votos dos membros do partido em 24 de Setembro de 2004.
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== Operação Marquês ==
Em 21 de Novembro de 2014, José Sócrates foi detido por agentes da [[Autoridade Tributária e Aduaneira]] à chegada ao [[Aeroporto da Portela]] oriundo de Paris, na manga do avião em que regressara, indiciado por crimes de [[Elisão e evasão fiscal|fraude fiscal]], [[branqueamento de capitais]], [[corrupção]] e [[tráfico de influências]].,<ref>{{citar web|URL=http://www.jn.pt/PaginaInicial/Seguranca/Interior.aspx?content_id=4254915|título=José Sócrates detido no Aeroporto de Lisboa por suspeita de fraude fiscal|autor=|data=|publicado=|acessodata=}}</ref><ref>{{citar web|URL=http://www.dn.pt/portugal/interior/socrates-e-suspeito-de-um-novo-crime-trafico-de-influencias-5061439.html|título=Sócrates é suspeito de mais um crime: tráfico de influências|autor=|data=|publicado=|acessodata=}}</ref>, no âmbito da [[Operação Marquês]]. Dada a gravidade das acusações de que foi alvo, passou a noite detido no comando metropolitano da [[Polícia de Segurança Pública|PSP]] em [[Moscavide]], onde aguardou pelo primeiro interrogatório judicial. Após três dias e depois de interrogado pelo juiz [[Carlos Alexandre (juiz)|Carlos Alexandre]] este optou por colocar o antigo dirigente em [[prisão preventiva]] no [[Estabelecimento Prisional de Évora]], instalação de alta segurança ironicamente inaugurada durante o seu mandato, como prisioneiro n.º 44 da cela n.º 44,<ref name="PUBLICO"/>, tendo ficado, em virtude de falta de espaço, na ala feminina do mesmo.<ref>{{citar web|URL=http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=4260800‎|título=Sócrates está numa cela do setor feminino da prisão|autor=Rute Coelho|data=25 de Novembro de 2014|publicado=[[Diário de Notícias]]|acessodata=9 de Janeiro de 2005}}</ref> Desde então, tem sido visitado por inúmeras figuras do seu Partido, algumas das quais defendem a sua inocência, bem como pelos seus advogados de defesa, João Araújo e Pedro Delille. Segundo o [[Semanário Sol]], Sócrates, fazendo uso de legislação fiscal que ele próprio fez aprovar, conseguiu alegadamente branquear pelos menos 20 milhões de euros.<ref>{{citar web|URL=http://sol.pt/noticia/118941|título=Sócrates: 20 milhões escondidos|autor=Felícia Cabrita|publicado=sol.pt|obra=[[Semanário Sol]]|data=22 de novembro de 2014|acessodata=25 de novembro de 2014}}</ref>
 
Igualmente com base em legislação que ele próprio fez aprovar, o Estabelecimento Prisional de Évora apenas permitiu o envio a José Sócrates de uma encomenda postal por mês, tendo todas as outras, nomeadamente o livro ''Cavalos de Vento'', escrito e oferecido pelo seu amigo [[António Arnaut]], sido devolvidos pelo correio.<ref>{{citar web|URL=http://observador.pt/2014/12/26/antonio-arnault-ofereceu-livro-socrates-mas-veio-devolvido/|título=Sócrates excedeu número de encomendas que podia receber|autor=Fábio Monteiro|data=26 de Dezembro de 2014|publicado=Observador|acessodata=8 de Janeiro de 2015}}</ref> Não obstante, tem sido objeto de visitas da parte de parentes, amigos, conhecidos, correligionários políticos,<ref>{{citar web|URL=http://observador.pt/2014/12/04/romaria-evora-os-visitantes-de-jose-socrates/|título=Romaria a Évora. Os visitantes de José Sócrates|autor=Hugo Amaral|data=4 de Dezembro de 2014|publicado=[[Observador (jornal)|Observador]]|acessodata=10 de Maio de 2015}}</ref> famosos ou simples grupos de populares em sua defesa.<ref>{{citar web|URL=http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=799683&tm=8&layout=122&visual=61|título=Romaria a Évora para visitar José Sócrates|autor=Paulo Bráz e Pedro Carvalhinho|data=25 de Janeiro de 2015 atualizado em 25 de Janeiro de 2015|publicado=[[RTP]]|acessodata=10 de Maio de 2015}}</ref><ref>{{citar web|URL=http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=799764&tm=8&layout=122&visual=61|título=Romaria a Évora para visitar José Sócrates|autor=Patrícia Machado, Paulo Nunes e Paulo Jorge|data=25 de Janeiro de 2015 atualizado em 26 de Janeiro de 2016|publicado=[[RTP]]|acessodata=10 de Maio de 2015}}</ref> Foi também criado um [[Movimento Cívico]] em sua defesa, de seu nome Movimento Cívico José Sócrates, Sempre, composto inicialmente por 400 membros, que o considera um preso político e quer que aguarde o julgamento em liberdade, e que tem, inclusivamente, o seu próprio hino, ''José Sócrates, Sempre''.<ref>{{citar web|URL=http://observador.pt/2015/03/25/jose-socrates-novo-hino-apoio/|título=José Sócrates já tem um Movimento Cívico em sua defesa|autor=[[Lusa (agência de notícias)|Lusa]]|data=20 de Março de 2015|publicado=[[Diário de Notícias (Portugal)|Diário de Notícias]]|acessodata=10 de Maio de 2015}}</ref>
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Posteriormente, surgiu nas investigações o nome doutro primo, José Paulo Bernardo Pinto de Sousa, três anos mais velho, filho de seu tio paterno António Pinto de Sousa, dono da Coutada, famoso estabelecimento de venda de armas, na [[Praça da Figueira]], em Lisboa, o qual também é mencionado no polémico DVD, em que Charles Smith fala nas ''luvas'' pagas para garantir o licenciamento do ''outlet'' de Alcochete, e nos e-mails entre Smith e outro dos arguidos, Manuel Pedro.<ref>{{citar web|URL=http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1352912|título=Outro primo de Sócrates na mira dos investigadores|autor=|data=4 de Setembro de 2009|publicado=[[Diário de Notícias (Portugal)|Diário de Notícias]]|acessodata=10 de Maio de 2015}}</ref><ref>{{citar web|URL=http://www.sol.pt/noticia/386530|título=O primo de Sócrates: Amadora, Freeport e Monte Branco|autor=[[Felícia Cabrita]]|data=18 de Abril de 2015|publicado=[[Sol (jornal)|Sol]]|acessodata=10 de Maio de 2015}}</ref> O mesmo nome surge ligado a outros, incluindo o de seu irmão Pedro Bernardo Pinto de Sousa, em outras investigações a negócios.<ref>{{citar web|URL=https://duartelevypt.wordpress.com/2009/09/07/negocios-da-familia-de-socrates-sao-%E2%80%9Cteia-de-aranha%E2%80%9D/|título=Negócios da família de Sócrates são “teia de aranha”|autor=Duarte Levy|data=7 de Setembro de 2009|publicado=duartelevy.pt|acessodata=10 de Maio de 2015}}</ref>
 
E 22 de Maio de 2012, Alan Perkins, antigo administrador da empresa proprietária do Freeport de Alcochete, testemunhou no julgamento do [[caso Freeport]] que que foram feitos pagamentos ilegais a José Sócrates e outro alto representante para obter a licença ambiental necessária para a construção do "outlet". Os pagamentos rondaram os 200 mil ou 220 mil euros e, ao longo do licenciamento, terá havido mais verbas pagas a outras pessoas. <ref>{{citar web|url=http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=25&did=63278|título=Caso Freeport: Antigo administrador diz que Sócrates recebeu dinheiro para passar licença |publicado=Rádio Renascença |data=2012-05-22}}</ref>
 
=== Escândalo Face Oculta ===
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Entre [[2007]] a [[2009]], durante a metade do primeiro mandato como primeiro-ministro, houve acusações que Sócrates e integrantes do governo tentarem controlar toda a comunicação social através da censura, e perseguir e afastar os jornalistas incómodos.<ref>{{citar web|url=http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=161798&dossier=Caso%20Face%20Oculta|titulo=O ‘plano’ de Sócrates à beira das eleições|autor=|data=|publicado=Sol|acessodata=9 de Fevereiro de 2010}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.publico.pt/Pol%C3%ADtica/suposto-plano-para-controlar-os-media-fragiliza-jose-socrates_1421884|titulo=Suposto plano para controlar os media fragiliza José Sócrates|autor=Público|data=|publicado=|acessodata=9 de Fevereiro de 2019}}</ref>
 
Sócrates também contratou com o director da agência de notícias [[Lusa (agência de notícias)|Lusa]] a cobertura noticiosa da actividade governativa.<ref>{{citar web|url=http://www.publico.pt/Pol%C3%ADtica/socrates-tera-contratado-com-o-exdirector-da-lusa-cobertura-noticiosa-para-o-governo-acusa-jose-manuel-fernandes-1529496|título=Sócrates terá "contratado" com o ex-director da Lusa cobertura noticiosa para o Governo, acusa José Manuel Fernandes |autor=|data=|publicado=|acessodata=}}</ref>.
 
=== Processos contra jornalistas ===
Sócrates já processou 10 jornalistas, todos portugueses: 5 da [[TVI]], 3 do [[Jornal Público]], 1 do [[Diário de Notícias (Portugal)|Diário de Notícias]]<ref>{{citar web|url=http://dn.sapo.pt/inicio/tv/interior.aspx?content_id=1368728&seccao=Media|titulo=Sócrates insiste em processo contra João Miguel Tavares|autor=|data=|publicado=|acessodata=8 de Maio de 2010}}</ref> e a revista sobre automóveis [[Autohoje]] por causa de uma partida do [[dia da mentira|dia das mentiras]].<ref>{{citar web|url=http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1564073|titulo=Mais um processo contra um jornal|autor=|data=|publicado=|acessodata=8 de Maio de 2010}}</ref>
 
Em todos os casos os jornalistas acabaram absolvidos.<ref>{{citar web|URL=http://www.publico.pt/sociedade/noticia/publico-absolvido-em-processo-movido-por-jose-socrates-1601344|título=PÚBLICO absolvido em processo movido por José Sócrates|autor=|data=|publicado=|acessodata=}}</ref>.
 
=== Visita ao Brasil ===
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=== Fumar a bordo de um avião ===
José Sócrates violou a proibição de fumar em aviões no voo fretado da TAP que ligou Portugal e [[Venezuela]] em Maio de 2008. Em declarações aos jornalistas, na Venezuela, o primeiro-ministro diz que desconhecia que estava a violar a lei.<ref>{{citar web|url=http://www.publico.pt/Pol%C3%ADtica/socrates-pede-desculpa-por-ter-fumado-no-voo-para-a-venezuela_1328751|título=Sócrates pede desculpa por ter fumado no voo para a Venezuela |autor=|data=|publicado=|acessodata=}}</ref>.
 
=== O Mais Sexy do Correio da Manhã ===
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=== Dívida pública Portuguesa ===
Em 3 de novembro de 2011 Sócrates comentou em Paris a crise na Europa, durante uma conferência que: "Para pequenos países como Portugal e Espanha, pagar a dívida é uma ideia de criança. As dívidas dos Estados são por definição eternas. Foi assim que eu estudei".<ref>{{citar web|url=http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/politica/jose-socrates-pagar-a-divida-e-ideia-de-crianca|título=José Sócrates: “Pagar a dívida é ideia de criança” |autor=|data=|publicado=|acessodata=}}</ref>.
 
=== Despesas de representação ===
Sócrates gastou durante os seis anos de Governo mais de 460 000 euros em almoços e jantares no país e no estrangeiro,<ref>{{citar web|url=http://www.dn.pt/especiais/interior.aspx?content_id=2447262&especial=Revistas%20de%20Imprensa&seccao=TV%20e%20MEDIA|título=José Sócrates gastou 460 mil euros em refeições|autor=|data=|publicado=|acessodata=}}</ref>, o que dá uma média de 210 euros por dia (contando sábados, domingos, feriados e férias).
 
=== Insultos a Wolfgang Schäuble e a Pedro Santana Lopes ===
Em entrevista ao jornal "[[Expresso (Portugal)|Expresso]]" em outubro de 2013, Sócrates chama “estupor” e “filho da mãe” ao ministro alemão das finanças, [[Wolfgang Schäuble]]. A embaixada da Alemanha em Lisboa responde que a Alemanha “tem apoiado Portugal na superação da crise financeira”. O texto da representação diplomática liderada por Helmut Elfenkämper conclui que “no futuro Portugal poderá continuar a contar com a [[Alemanha]]. Na mesma entrevista chamou igualmente ao seu antecessor e opositor [[Pedro Santana Lopes]] “bandalho”.<ref>{{citar web|URL=http://www.aeiou.pt/quiosque/alemanha-diz-ser-fiavel-depois-de-socrates-ter-chamado-estupor-a-schauble|título=Alemanha responde a 'estupor' de Sócrates|autor=|data=|publicado=|acessodata=}}</ref>.
 
=== Acusações feitas a sua mãe ===
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=== Convite a Passos Coelho para o governo ===
Em 2013, o antigo primeiro-ministro revelou, em entrevista à TSF, que, em 2011, convidou, [[Passos Coelho]], a juntar-se a ele no Governo.<ref>{{citar web|URL=http://www.dn.pt/politica/interior.aspx?content_id=3489966|título=José Sócrates convidou Passos para o Governo|autor=|data=|publicado=|acessodata=}}</ref>.
 
Pedro Passos Coelho negou que alguma vez José Sócrates lhe tenha dirigido um convite para integrar o governo socialista.<ref>{{citar web|URL=http://www.dn.pt/politica/interior.aspx?content_id=3497242|título=Passos nega convite para governo de Sócrates|autor=|data=|publicado=|acessodata=}}</ref>.
 
=== Reportagem no jornal "Libération" ===
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== Vida pessoal ==
=== Família ===
José Sócrates nasceu no [[Porto]], em [[Miragaia (Porto)|Miragaia]],<ref>{{citar web|URL=http://www.dn.pt/inicio/interior.aspx?content_id=993349|título=Biografia de José Sócrates|autor=[[João Céu e Silva]]|data=14 de Junho de 2008|publicado=[[Diário de Notícias (Portugal)|Diário de Notícias]]||acessodata=9 de Maio de 2015}}</ref> a 6 de Setembro de 1957 e foi registado como um [[recém-nascido]] na [[freguesia]] de [[Vilar de Maçada]], no [[concelho]] de [[Alijó]], a localidade da família. No entanto, o jovem José Sócrates viveu toda a infância e adolescência na cidade da [[Covilhã]] com o seu pai, Fernando Pinto de Sousa (Alijó, Vilar de Maçada, [[15 de Novembro]] de [[1926]] - Porto, 18 de Julho de 2011), [[arquitecto]] e [[desenhador de edifício]]s de profissão, o qual foi histórico co-fundador do [[Partido Social Democrata]] na Covilhã e Vereador eleito por aquele Partido à Câmara Municipal local nas eleições autárquicas de 1985, tendo tomado posse a 3 de Janeiro de 1986 e tendo a 16 de Janeiro do mesmo ano sido nomeado Vice-Presidente da autarquia, exercendo essas funções até 15 de Janeiro de 1990, para além de ter sido [[professor]] do Liceu da Covilhã; enquanto arquitecto, foi responsável pela colocação da estátua em granito de homenagem a [[Pero da Covilhã]], localizada na Praça do Município daquela cidade.<ref>{{citar web|URL=http://expresso.sapo.pt/centenas-no-funeral-do-pai-de-jose-socrates=f662951|título=Centenas no funeral do pai de José Sócrates|autor=Estela Silva, LUSA|data=Quarta-Feira, 20 de Julho de 2011|publicado=[[Expresso (jornal)|Expresso]]|acessodata=8 de Janeiro de 2014}}</ref>. Sua mãe é Maria Adelaide de Carvalho Monteiro (Alijó, Vilar de Maçada, [[8 de Outubro]] de [[1931]]). O casal teve mais dois filhos, mais novos que José Sócrates, um irmão e uma irmã: António José Carvalho Pinto de Sousa (c. [[1962]]), que morreu no Hospital de [[La Coruña]] a 3 de Agosto de 2011, à espera dum transplante pulmonar, e Ana Maria Carvalho Pinto de Sousa, nascida por volta da primeira metade dos anos 60 e que morreu em [[1988]]. O casal Fernando Pinto de Sousa e Maria Adelaide de Carvalho Monteiro divorciou-se anos depois. É, ainda, descendente duma filha bastarda de [[António José Girão Teixeira Lobo Barbosa]] ([[Porto]], [[Sé (Porto)|Sé]], [[9 de Janeiro]] de [[1715]] - Alijó, Vilar de Maçada), Juiz dos Órfãos de Vila Real, [[Fidalgo]] da [[Casa Real]] e [[Cavaleiro]] Professo na [[Ordem de Cristo]], o qual, do seu casamento com uma sua prima-irmã, foi avô paterno do 1.º [[Visconde de Vilarinho de São Romão]], e era três vezes parente de [[Diogo Cão]].<ref>{{citar livro|autor=Domingos de Araújo Affonso e Ruy Dique Travassos Valdez|título=Livro de Oiro da Nobreza|editora=J.A. Telles da Sylva|ano=2.ª Edição, Lisboa, 1988|páginas=Volume Terceiro|id=597}}</ref>
 
José Sócrates casou-se com Sofia Mesquita Carvalho Fava, engenheira, filha de um arquitecto, José Manuel da Silva Carvalho Fava, membro da [[Loja Gomes Freire]] afeta ao [[Grande Oriente Lusitano]], e de sua mulher Clotilde da Costa Pinto Mesquita, com quem teve dois filhos, José Miguel Fava Pinto de Sousa (1993) e Eduardo Fava Pinto de Sousa (1995). Tal como ele, ela tem um irmão e uma irmã, Alexandre Mesquita Carvalho Fava, igualmente membro da Loja Gomes Freire do Grande Oriente Lusitano, e Mara Mesquita Carvalho Fava. No entanto, como ocorreu com os pais, José Sócrates divorciou-se de Sofia Fava no final dos anos 90.
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=== Residência ===
Antes do divórcio dos pais, Sócrates viveu na aldeia de Vilar de Maçada. Depois do divórcio, Sócrates viveu parte da infância e quase toda a adolescência com o seu pai, um [[desenhador de edifício]], na cidade da Covilhã. Mudou-se para Coimbra mais tarde para prosseguir aos estudos superiores e em seguida para Lisboa por motivos políticos. Atualmente, Sócrates vive em [[Lisboa]], na zona sul do [[Parque das Nações]],<ref>[http://observador.pt/2016/01/28/jose-socrates-muda-casa-zona-da-expo/ Notícia Observador - José Sócrates muda de casa para a zona da Expo, 28.01.2016]</ref>, após ter passado o período de prisão domiciliária na residência da ex-mulher (Sofia Fava), perto do [[Areeiro (Lisboa)|Areeiro]]. Entretanto, vendeu o seu apartamento na freguesia de [[Santo António (Lisboa)|Santo António]] ([[Coração de Jesus (Lisboa)|Coração de Jesus]]), onde vivia antes de ter sido preso. Anteriormente, era [[eleitor]] registado no município da [[Covilhã]], cidade onde viveu grande parte da sua juventude e onde votou até que a lei foi alterada.
 
=== Religião ===