Públio Suílio Rufo: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
m apenas traduzindo a predefinição {{cite book}} para {{citar livro}}
Linha 18:
Seu primeiro cargo conhecido foi [[questor]] de [[Germânico]]<ref name=Tacitus-31>[[Tácito]], ''[[Anais (Tácito)|Anais]]'' IV.31.1</ref>. Para que Germânico pudesse ter um questor alocado em sua corte, ele precisava deter o poder de ''[[imperium]]'', o que ele só conseguiria como [[cônsul romano|cônsul]] &mdash; Germânico foi cônsul em 12 e 18 &mdash; ou se o recebesse explicitamente do [[Senado Romano|Senado]] &mdash; ele foi [[procônsul]] em 14. [[Ronald Syme]] defende que o ano do questorado de Rufo foi 15 e afirma que ele foi [[pretor]] quatro anos depois<ref>Syme, [http://www.jstor.org/stable/299411 "Domitius Corbulo"], ''[[Journal of Roman Studies]]'', 60 (1970), pp. 27f</ref>.
 
Em 24, Rufo foi processado e condenado por aceitar [[suborno]] em troca de decisões judiciais favoráveis. Embora a primeira pena proposta tenha sido o exílio fora da [[Itália romana|Itália]], ele acabou banido para uma ilha. Depois da morte de [[Tibério]] (37), Rufo retornou a Roma<ref name=Tacitus-31/>. Durante o reinado de [[Cláudio]], Rufo processou diversas pessoas em nome do imperador. Alguns dos alvos foram [[patrocínio na Roma Antiga|clientes]] de [[Caio Sílio (cônsul designado em 49)|Caio Sílio]]. Numa tentativa de derrubar Suílio, Sílio exigiu que o Senado aplicasse a ''[[Lex Cincia]]'', que proibia que advogados fossem recompensados com as posses do acusado depois de ganharem uma causa<ref>[[Tácito]], ''[[Anais (Tácito)|Anais]]'' XI.5-6</ref><ref name=Barret-75>{{citecitar booklivro|lastúltimo =Barrett|firstprimeiro =Anthony A.|titletítulo=Agrippina: sex, power, and politics in the early empire|yearano=1999|publisherpublicado=Routledge|locationlocal=London|isbn=041520867X|pagepágina=75}}</ref>. No fim, o imperador interveio e permitiu que Rufo coletasse um máximo de dez mil [[sestércio]]s como pagamento por ter vencido o processo<ref>[[Tácito]], ''[[Anais (Tácito)|Anais]]'' XI.7</ref>. Outro alvo foi [[Júlia Lívia]], filha de [[Druso, o Jovem|Druso]] e neta de Tibério, que irritou a imperatriz [[Messalina]]. Rufo a acusou de conduta imoral e conseguiu que ela fosse executada em 43<ref>Syme, ''The Augustan Aristocracy'' (Oxford: Clarnedon Press, 1986), p. 182</ref>. [[Tácito]] fornece uma lista completa de suas vítimas: os consulares [[Décimo Valério Asiático]], [[Quinto Fúcio Lúsio Saturnino]] e [[Cornélio Lupo]]; e ''"tropas de [[ordem equestre|equestres romanos]]"''<ref name=Tacitus-42>[[Tácito]], ''[[Anais (Tácito)|Anais]]'' XIII.42</ref>.
 
Finalmente, o próprio Rufo acabou provando do seu veneno. Durante o reinado de [[Nero]], [[Sêneca, o Jovem|Sêneca]] o processou. Segundo Tácito, Suílio foi condenado ''"com a perda de metade de suas posses, seu filho e sua neta recebendo permissão de receber a outra metade, e o que eles herdaram da mãe ou da avó deles isentados do confisco, Suílio foi banido para as [[ilhas Baleares]] [...] Rumores indicam que ele suportou o exílio solitário levando uma vida de abundância e amenidades"''<ref name=Tacitus-42/><ref name=Barret-75/>.
 
== Família ==
Suílio se casou com a enteada de [[Ovídio]]<ref>{{citecitar booklivro|lastúltimo =McKeown|firstprimeiro =JC|titletítulo=Classical Latin: an introductory course|yearano=2010|publisherpublicado=Hackett|locationlocal=Indianapolis|isbn=9780872208513|pagepágina=161}}</ref>. Por causa do escândalo da queda de [[Messalina]], o filho deles, [[Suílio Cesonino]], foi exilado<ref name=Barret-75/>. O outro filho, [[Marco Suílio Nerulino]], foi cônsul em 50.
 
== Ver também ==