Doença renal crônica: diferenças entre revisões
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=== Estágio final da doença renal crônica ===
'''Estágio final da doença renal crônica''' ou '''insuficiência renal crônica terminal''' ou '''doença renal crônica
== Critérios ==
Considerando que doença renal crônica é a presença de alterações da estrutura ou função dos rins por um período maior que 3 meses, convém detalhar melhor quais são essas alterações. Alguns exames laboratoriais e de imagem são utilizados para investigar a presença de lesão renal, sendo por isso chamados de marcadores de lesão renal. São eles: dosagem da [[albuminúria]], [[urinálise|exame de urina]], [[Distúrbio eletrolítico| dosagem dos eletrólitos]] no sangue, exames de imagem ([[ultrassom]], [[tomografia]], [[ressonância magnética]], [[angiografia]], [[cintilografia]]), [[biópsia]] e avaliação da [[taxa de filtração glomerular]].<ref name="levey">{{Citar periódico |nome=Levey, A.S.; Coresh, J|titulo=Chronic kidney disease |jornal=Lancet| volume= 379|data=14 de janeiro de 2012|paginas=165-180 |url=| pmid = 21840587|doi =10.1016/S0140-6736(11)60178-5}}</ref> Alterações em alguns
Exemplos de condições que sugerem presença de lesão renal com alteração estrutural e/ou funcional dos rins:<ref name="levey"/>
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* '''Anormalidades no sedimento urinário'''
** O sedimento urinário é avaliado através do [[urinálise|exame de urina]]
** Alterações do sedimento
* '''Distúrbios eletrolíticos e outras desordens devido a doença dos túbulos renais'''
** São alterações nos eletrólitos do sangue (sódio, potássio, cálcio, magnésio, bicarbonato) devido à alterações dos [[túbulo renal|túbulos renais]]. Tais alterações também provocam [[glicosúria]], [[cistinúria]], [[cálculo renal|cálculos renais]]
** Exemplos: [[acidose tubular renal]], [[Diabetes insipidus|diabetes insipidus nefrogêncio]], [[síndrome de Bartter]], [[síndrome de Gitelman]], [[síndrome de Fanconi]], perda renal de potássio, perda renal de magnésio
* '''Anormalidades detectadas por biópsia renal'''
** São as alterações detectadas
** Exemplos: [[glomerulonefrite]], [[nefrite tubulointersticial]], [[vasculite]]
* '''Anormalidades detectadas por exames de imagem'''
** São as alterações encontradas em exames de imagem como
** Exemplos: [[rins policísticos]], cicatriz renal devido [[refluxo vesicoureteral]] e [[pielonefrite]], [[hidronefrose]] devido obstrução, [[nódulo]] renal, [[estenose da artéria renal]], [[atrofia]] renal
* '''Antecedente de transplante renal'''
** A biópsia de rins
** Exemplos: nefropatia crônica do enxerto, rejeição, toxicidade por medicamentos, infecções virais
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A duração maior que 3 meses é um critério necessário para diferenciar doença renal crônica de [[insuficiência renal aguda|lesão renal aguda]], definida como um aumento repentino da [[creatinina]] sérica ou queda da [[diurese]] (menos que 0,5 ml/kg/h durante 6 horas).<ref name = "kdigo lra">{{Citar periódico |nome= KDIGO Clinical Practice Guideline for Acute Kidney Injury| titulo=Section 2: AKI Definition |jornal=Kidney Int| volume= Suppl. 2|data=Março de 2012|paginas=19-36 |url=http://www.kdigo.org/clinical_practice_guidelines/pdf/KDIGO%20AKI%20Guideline.pdf| pmid =|doi =10.1038/kisup.2011.32}}</ref>
A taxa de filtração glomerular (TFG) menor que 60 ml/min foi adotada como critério para doença renal crônica porque alguns pacientes podem ter TFG reduzida porém sem outro marcador de lesão renal, por exemplo
== Classificação ==
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#Paciente com [[diabetes mellitus]] de longa data, taxa de filtração glomerular de 25 ml/min e albuminúria de 1500 mg/dia. A presença de taxa de filtração reduzida e albuminúria são critérios pra definir o paciente como portador de doença renal crônica. Já o estadiamento é G4 A3, conforme tabela acima.
# Paciente com [[rins policísticos]], diagnosticado há 4 anos no exame de ultrassom de abdome, apresenta taxa de filtração glomerular de 80 ml/min e albuminúria de 10 mg/d. A presença de alteração estrutural do rim no exame de imagem, é critério para definir o paciente como portador de doença renal crônica. O estadiamento é G2 A1.
==Causas==
[[Ficheiro:Etiologia da DRC.jpg|thumb|right|400px|Principais causas de doença renal crônica com necessidade de [[terapia de substituição renal]] no Brasil<ref name="censo sbn"/>, Portugal<ref name="censo spn"/> e Estados Unidos.<ref name="censo usrds"/>]]
São muitas as doenças que acometem os [[rim|rins]], podendo levar à doença renal crônica e prejuízo da função renal. Dados do censo de diálise, elaborado pela Sociedade Brasileira de Nefrologia em 2011,<ref name="censo sbn">{{citar web|url=http://www.sbn.org.br/pdf/censo_2011_publico.pdf|título=Censo de Diálise 2011|acessodata=22 de abril de 2013|autor=Sociedade Brasileira de Nefrologia}}</ref> apontam a [[hipertensão arterial]], o [[diabetes]] e as [[glomerulopatia]]s
As principais condições que podem causar DRC estão descritas abaixo:<ref name = "guia nefro"/> <ref>{{citar web |url = http://www.kidney.org/atoz/pdf/international/portuguese/11-50-1201_KAI_PatBro_AboutCKD_Pharmanet_Portuguese_Nov08.pdf|título=Sobre insuficiência renal crônica - guia para pacientes e familiares|acessodata=22 de abril de 2013|autor=National Kidney Foundation}}</ref>
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A perda súbita da função dos rins, como ocorre nos casos de [[insuficiência renal aguda]], gera graves consequências ao organismo, podendo causar levar à morte se não tratada prontamente. Por outro lado, se a lesão renal ocorrer de modo mais lento e insidioso, o rim consegue adaptar-se e garantir a sobrevivência do organismos mesmo em situações onde a função renal esteja quase que 90% comprometida.<ref name= "zatz drc">{{Citar livro|nome=Zatz, R|url_seção=|seção=Doença/insuficiência renal crônica|editor=Zatz, R|url=|título= Bases fisiológicas da nefrologia|subtítulo=|língua=Português|edição=1|editora=Atheneu|local=São Paulo|ano=2011|páginas=333-360|volumes=|volume=|isbn=978-85-388-0262-4}}</ref>
A presença de algum insulto renal, por exemplo, [[hipertensão arterial]], [[diabetes mellitus]], [[glomerulonefrites]], [[rins policísticos]], etc., provoca a perda de [[néfron]]s no rim. Como os néfrons são as unidades funcionais do rim (o ser humano tem cerca de 1 milhão de néfrons em cada rim<ref name="num nefron">{{Citar periódico |nome=Hughson, M.; Farris, A.B. 3rd; Douglas-Denton, R.; Hoy, W.E.; Bertram, J.F|titulo=Glomerular number and size in autopsy kidneys: the relationship to birth weight |jornal=Kidney Int| volume=63|data=Junho de 2003|paginas=2113-2122 |url=http://www.nature.com/ki/journal/v63/n6/pdf/4493681a.pdf| pmid = 12753298|doi =10.1046/j.1523-1755.2003.00018.x}}</ref>), a perda dessas estruturas leva a redução na capacidade do rim de realizar suas funções
===Adaptação à perda de néfrons===
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A quantidade de sangue que chega ao rim por minuto é dividida entre a população de quase 1 milhão de néfrons do órgão. Se por algum motivo, ocorrer redução no número de néfrons, por exemplo, pela metade, a mesma quantidade de sangue que chega ao rim por minuto, agora será dividida para uma população de 500 mil néfrons. Fica claro com esse exemplo que o fluxo de sangue por néfrons remanescente aumenta, assim como a pressão hidrostática dentro do glomérulo. A consequência disso é um aumento da filtração glomerular, sendo assim, nas situações de perda de néfrons, as unidades remanescentes aumentam sua filtração glomerular, chegando a suprir a falta de néfrons.<ref name="metcalfe">{{Citar periódico |nome=Metcalfe, W|titulo=How does early chronic kidney disease progress? A background paper prepared for the UK Consensus Conference on early chronic kidney disease |jornal=Nephrol Dial Transplant| volume=22 (suppl 9)|data=Setembro de 2007|paginas=ix26-ix30 |url=http://ndt.oxfordjournals.org/content/22/suppl_9/ix26.full.pdf | pmid =17998229|doi =10.1093/ndt/gfm446}}</ref> Por isso, os pacientes com doença renal crônica podem se manter estáveis mesmo com perda considerável de seus néfrons. Esse aumento da filtração glomerular por néfron remanescente atenua a queda da filtração glomerular global mas não a detém completamente, sendo esse o motivo da [[taxa de filtração glomerular]] cair lenta e continuamente a medida que mais néfrons são perdidos.<ref name= "zatz drc"/>
Além do aumento da filtração glomerular, os néfrons remanescentes também sofrem outras adaptação para tentar manter o equilíbrio hidroeletrolítico e ácido-básico do corpo. Para evitar a retenção de sódio, os néfrons aumentam a excreção desse íon diminuindo sua reabsorção tubular, já para evitar o excesso de potássio, os néfrons aumentam sua secreção.<ref name = "brenner progressão"/> A retenção de fósforo é prevenida pela redução na sua reabsorção e o equilíbrio ácido-básico é mantido pela maior excreção de ácido pelos néfrons remanescentes.<ref name = "brenner progressão"/> Esses
===Progressão da doença renal crônica===
[[Ficheiro:Progressão da DRC.jpg||thumb|right|300px|Mecanismos envolvidos na progressão da doença renal crônica]]
Mesmo utilizando os mecanismos de adaptação acima descritos e mesmo na ausência de insultos capazes de provocar a perda de mais néfrons, observa-se que os pacientes com doença renal crônica continuam deteriorando lentamente sua função renal até atingir os estágio finais da doença, onde ocorre perda total das funções dos rins.<ref name="metcalfe"/> Esse fenômeno de perda da função renal mesmo quando o insulto inicial já está controlado é denominado progressão da doença renal crônica. No início do quadro, a progressão pode ser controlada, no entretanto, nas fases mais avançadas, a progressão torna-se irreversível levando, mais cedo ou mais tarde, à perda completa da função renal.<ref name= "zatz drc"/> Atualmente, acredita-se que a progressão da doença renal crônica seja fruto da perda de néfrons e da consequente hipertensão glomerular que se desenvolve. A hipertensão glomerular provoca lesão das [[célula endotelial|células endoteliais]], estiramento e lesão dos [[podócito]]s e das [[células mesangiais]], [[proteinúria]] e extravasamento do filtrado glomerular para o [[interstício]] renal através de pontos de ruptura do glomérulo.<ref name="schor">{{Citar livro|nome=Gonçalves, A.R.R.; Zatz, R.; Noronha, I.L|url_seção=|seção=Progressão da doença renal|editor=Schor, N|url=|título= Bases moleculares da nefrologia|subtítulo=|língua=Português|edição=1|editora=Atheneu|local=São Paulo|ano=2004|páginas=113-123|volumes=|volume=|isbn=85-7379-676-6}}</ref> Todos esses eventos promovem a liberação de mediadores inflamatórios, além do recrutamento e proliferação de células inflamatórias para as proximidades do néfron. Instala-se, assim, uma reação inflamatória que acaba por destruir o néfron, substituindo os tecidos originais por fibrose.<ref name="schor"/> Como resultado, na fase de doença renal crônica avançada, observamos fibrose do glomérulo (glomeruloesclerose), atrofia e fibrose dos túbulos e do [[Interstício (histologia)|interstício]] renal.<ref name="schor"/>
Diversas substâncias
Em suma, a perda de néfrons e a hipertensão glomerular que se instala nos néfrons remanescentes, é um mecanismo adaptativo e essencial para manter o equilíbrio do organismo mesmo em fases mais
==Sintomas==
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A perda da capacidade dos rins realizarem corretamente suas funções provoca o aparecimento de diversos [[sintoma]]s. A tabela ao lado mostra as principais funções dos rins e os problemas relacionados quando estes não conseguem desempenhar satisfatoriamente suas funções.<ref name = "cecil"/> <ref name="vander cap1"/>
Os sintomas da doença renal crônica aparecem gradualmente
* [[Hipertensão arterial]]: É o achado clínico mais comum na doença renal crônica, podendo estar presente nos estágios iniciais da doença (estágios 1 e 2), sendo que nos estágio mais avançados, quase todos os pacientes apresentarão hipertensão arterial.
* [[Dislipidemia]]: A elevação dos níveis de [[triglicérides]] e da [[lipoproteína de baixa densidade]] (LDL) é frequente nos pacientes com doença renal crônica a partir do estagio 3.<ref name="harper">{{Citar periódico |nome= Harper, C.R.; Jacobson, T.A| titulo=Managing dyslipidemia in chronic kidney disease |jornal=J Am Coll Cardiol| volume=51 |data=Junho de 2008|paginas=2375-2384|url=http://ac.els-cdn.com/S0735109708012035/1-s2.0-S0735109708012035-main.pdf?_tid=b0b9edc6-d784-11e2-a638-00000aacb361&acdnat=1371497747_77f16cbdd57bdd242b6a5fe8993cfe3f| pmid =18565393|doi = 10.1016/j.jacc.2008.03.025}}</ref>
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===Uremia ou Síndrome urêmica===
A uremia ou síndrome urêmica são os sintomas
* '''Neurológicos e musculares'''
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* Prevenir o aparecimento de eventos cardiovasculares ([[infarto agudo do miocárdio]], [[acidente vascular cerebral]]) em todos os estágios da doença renal crônica.
* Identificar e tratar as complicação da doença renal crônica assim que elas aparecerem, principalmente a partir do estágio 3.
* Planejar e preparar o paciente para
====Diagnóstico da progressão da doença renal crônica====
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* '''Ingestão de proteínas''': Sabe-se que a dieta rica em proteínas (ou hiperproteica) aumenta o ritmo de progressão da doença renal crônica, por isso a restrição de proteínas na dieta é considerada uma medida para o controle da progressão da doença renal. Recomenda-se reduzir a ingestão de proteínas para 0,8 g/Kg/dia para paciente com taxa de filtração glomerular menor que 30 ml/min, ou seja, pacientes no estágio 4 e 5. Também é recomendado evitar uma ingestão de proteínas maior que 1,3 g/Kg/dia em pacientes sob risco de progressão da doença renal.<ref name = "kdigo cap3"/>
* '''Ingestão de sal''': Recomenda-se a ingestão máxima de 2 gramas de sódio por dia, o que corresponde a 5 gramas do [[cloreto de sódio]] (sal de cozinha).<ref name = "kdigo cap3"/>
* '''Mudança do estilo de vida''': É preconizada a realização de atividade física de acordo com a tolerância cardíaca de cada paciente, objetivando a prática de 30 minutos de atividade física, cinco vezes por semana.<ref name = "kdigo cap3"/> Recomenda-se também manter o peso corporal sob controle, mantendo-se o [[índice de massa corporal]] entre 20 e 25.
* '''Controle da acidose metabólica''': Pacientes com doença renal crônica e níveis de bicarbonato no sangue
* '''Controle da anemia''': O diagnóstico de [[anemia]] em pacientes com doença renal crônica é feito através da dosagem da concentração de [[hemoglobina]] no sangue. Para pacientes maiores de 15 anos, a anemia é definida como uma concentração de hemoglobina abaixo de 13,0 g/dL em homens, e abaixo de 12,0 g/dL em mulheres.<ref name = "kdigo anemia">{{Citar periódico |nome= Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO) Anemia Work Group| titulo=KDIGO Clinical Practice Guideline for Anemia in Chronic Kidney Disease |jornal=Kidney Int| volume= Suppl. 2|data=Agosto de 2012|paginas=279-235| url= http://kdigo.org/home/anemia-in-ckd/| pmid =|doi = }}</ref> A [[eritropoetina]] é uma substância produzida pelos rins, cuja função é estimular a produção de [[hemácia]]s no sangue. Na doença rena crônica há uma deficiência na produção de eritropoetina, levando ao desenvolvimento de anemia. Outras causas de anemia na doença renal crônica, além da deficiência de eritropoetina, incluem a deficiência de ferro e o menor tempo de sobrevida das hemácias.<ref name="fogart"/> O tratamento da anemia nestes caso é feito através da reposição do ferro e/ou eritropoetina no organismo. O objetivo do tratamento é
* '''Controle da hiperfosfatemia''': A doença renal crônica reduz a capacidade dos rins em eliminar o excesso de fósforo no organismo, resultando no acúmulo dessa substância no organismo, ou seja, a [[hiperfosfatemia]]. Os níveis de fósforo alto no organismo trazem sérias consequência como [[calcificação]] dos [[vaso sanguíneo|vasos sanguíneos]], aumento do risco de desenvolver [[infarto do miocárdio]] e [[acidente vascular cerebral]], além de contribuir para o desenvolvimento do [[hiperparatireoidismo]] da doença renal crônica. A recomendação é manter os níveis de fósforo dentro da faixa de normalidade.<ref name = "kdigo DMO">{{Citar periódico |nome= Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO) CKD–MBD Work Group| titulo=KDIGO Clinical Practice Guideline for the diagnosis, evaluation, prevention, and treatment of chronic kidney disease–mineral and bone disorder (CKD–MBD) |jornal=Kidney Int| volume= 76 Suppl. 113|data=Agosto de 2009|paginas=S1-S130| url= http://www.kdigo.org/clinical_practice_guidelines/pdf/CKD/KDIGO%20CKD-MBD%20GL%20KI%20Suppl%20113.pdf| pmid =|doi = }}</ref>
* '''Controle do hiperparatireoidismo''': Os níveis do [[hormônio da paratireoide]] aumentam com a progressão da doença renal crônica devido a várias alterações dentre as quais, aumento do níveis de fósforo no organismo, redução dos níveis de [[vitamina D]] e tendência a [[hipocalcemia]] observada nos pacientes com doença renal crônica.<ref>{{Citar livro|nome=Carvalho, A.B.; Moysés, R.M.A|url_seção=|seção=Diagnóstico e tratamento do distúrbio mineral e ósseo|editor=Canziani, M.E.F.; Kirsztajn, G.M|url=|título= Doença renal crônica|subtítulo=manual prático|língua=Português|edição=1|editora=Livraria Balieiro|local=São Paulo|ano=2013|páginas=115-123|volumes=|volume=|isbn=978-85-63919-04-5}}</ref> O [[hiperparatireoidismo]] provoca várias alterações nos ossos conhecidas como [[osteodistrofia renal]]. Para os pacientes com doença renal crônica estágio 3 e 4, recomenda-se que os níveis do hormônio da paratireoide (PTH)
* '''Controle da hipercalemia''': Os níveis aumentados de potássio no sangue, também chamado de [[hipercaliemia|hipercalemia]] ocorrem devido a menor capacidade dos rins em excretar essa substância, na presença de doença renal crônica. O tratamento consiste em restringir a ingestão de alimentos ricos em potássio, correção da acidose metabólica (a acidose ajuda a elevar os níveis de potássio no organismo), evitar medicações que
* '''Controle da dislipidemia''': os níveis elevados de lipídeos no sangue ([[dislipidemia]]) são comuns nos pacientes com doença renal crônica. Tais alterações, além de aumentar o risco de desenvolver doença cardiovascular (infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral, doença arterial periférica, doença arterial coronariana), também aceleram a progressão da doença renal.<ref name="primer cap52"/> O objetivo do tratamento é manter os níveis de
* '''Controle do edema e da hipervolemia''': A medida que a doença renal avança, a capacidade dos rins eliminarem o excesso de água e sódio do organismo diminui, levando a retenção dessas substâncias no organismo, o que acarreta a formação de inchaço ([[edema]]) e aumento da quantidade de líquido no corpo ([[hipervolemia]]). O tratamento medicamentoso é feito com diuréticos, substâncias capazes de aumentar a eliminação de sal e água pelos rins. Além de medicamentos, está indicada e restrição de sódio na dieta (vide item ''Ingestão de sal'' logo acima
===Terapia renal substitutiva===
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* Incapacidade de manter o equilíbrio da quantidade de água corporal, caracterizada pelo acúmulo de líquido no organismo, resultando em [[edema]] e aumento considerável da [[pressão arterial]].
* Piora progressiva do estado nutricional, levando à [[desnutrição]], apensar das intervenções nutricionais adequadas.
Pacientes assintomáticos, com taxa de filtração glomerular menor que 15 ml/min, mas que possuam diabetes ou perda acelerada da função renal (mais que 4 ml/min por ano), devem sem reavaliados com mais frequência, num intervalo de tempo menor. Quando essas reavaliações
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