Tibério Cácio Ascônio Sílio Itálico: diferenças entre revisões

 

== ''Púnica'' ==

=== Obra ===

É impossível saber se Sílio colocou no papel seus diálogos e discursos. Sua única obra sobrevivente é o [[poema épico]] '''Púnica''' ({{lang-la|''Punnica''}}) sobre a [[Segunda Guerra Púnica]] (218-201 a.C.), em dezessete volumes e mais de {{fmtn|12000}} linhas. Trata-se do mais longo poema da literatura latina antiga a chegar aos nossos dias<ref>{{cite web|url=http://www.britannica.com/EBchecked/topic/483539/Punica|title=Punica|work=Encyclopædia Britannica}}</ref>.

Os únicos autores antigos a fazerem referência a Sílio são [[Marcial (poeta)|Marcial]], [[Plínio, o Jovem|Plínio]] e [[Sidônio Apolinário]]. O julgamento de Plínio de que Sílio escreveu poesias ''"maiore cura quam ingenio"'' ("com mais vontade que gênio") encorajou uma visão posterior de que Sílio teria sido um poeta talentoso, mas medíocre e pouco inspirado. O poema parece ter sido praticamente desconhecido durante a [[Idade Média]]. O poema "África", de [[Petrarca]], foi composto de forma independente de "Púnica", pois o [[manuscrito]] só foi descoberto [[Poggio Bracciolini]] em 1417 em [[Abadia de São Galo|São Galo]] durante o [[Concílio de Constança]]<ref>Conte (1994), p. 495.</ref>. A dura opinião de [[Julius Caesar Scaliger]] a respeito de Sílio também ajudou a arruinar sua reputação<ref name="auto2">von Albrecht, p. 969.</ref>. Muitos autores conheciam "Púnica", como [[Montaigne]], [[John Milton|Milton]], [[John Dryden|Dryden]] (que o considerava melhor que [[Lucano]]), [[Edward Gibbon|Gibbon]] e [[Alexander Pope]]<ref>Bassett (1953), pp. 155-168.</ref>. [[Joseph Addison]] incluiu muitas citações a Sílio em seu ''"Dialogue on Medals"'', assim como [[Thomas Macaulay]] em suas obras<ref>Bassett (1953), pp. 166-168.</ref>.

 

== Ver também ==

{{Cônsules do Império Romano