Conspiração dos Suassunas: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Linha 21:
 
=== Tentativa ===
O bispo [[José Joaquim da Cunha Azeredo Coutinho|Azeredo Coutinho]] recebeu a denúncia em 1801. Em 1800, fundara o [[Basílica e Mosteiro de São Bento (Olinda)|Seminário de Olinda]], entre cujos membros figurava o [[Padre Miguelinho]], depois implicado na [[Revolução Pernambucana|Revolução Pernambucana de 1817]]. Suspeitava-se, ainda, das reuniões sigilosas nas [[Loja Maçônica|lojas maçônicas]], seio da propalada conspiração nacional, de que se destacou o [[Areópago de Itambé|Aerópago de Itambé]]<ref name=":0" />, fundado pelo padre [[Manuel Arruda Câmara]] e de cujas discussões, indiscutivelmente, não participavam europeus, uma vez que o movimento, composto por profissionais liberais, do clero e da pequena burguesia<ref name=":4">{{Citar livro|url=https://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=&id=23JFT78k57UC&oi=fnd&pg=PA13&dq=%22conspira%C3%A7%C3%A3o+dos+suassunas%22&ots=bY6qLVCWk2&sig=FnO15i1IKgSxNZVm5fawnk9RgjY#v=onepage&q=%22conspira%C3%A7%C3%A3o%20dos%20suassunas%22&f=false|título=História dos movimentos e lutas sociais: a construção da cidadania dos brasileiros|ultimo=Gohn|primeiro=Maria da Glória Marcondes|data=1995|editora=Edições Loyola|lingua=pt|isbn=9788515011544}}</ref>, assumia um caráter disruptivo e não conciliatório. A maçonaria adotava uma postura política e intelectual direcionada a um projeto antiabsolutista, voltado aos elementos antigos que a instalação da Corte no Brasil, em vez de mitigar, como esperado, reforçara.<ref name=":8">{{Citar livro|url=https://books.google.com.br/books?id=AluwH7UZOKwC&pg=PA180&dq=conspira%C3%A7%C3%A3o+dos+suassunas&hl=pt-BR&sa=X&ved=0ahUKEwjPjtKMpenWAhUEj5AKHe8OA1kQ6AEIJjAA#v=onepage&q=conspira%C3%A7%C3%A3o%20dos%20suassunas&f=false|título=O patriotismo constitucional: Pernambuco, 1820-1822|ultimo=Bernardes|primeiro=Denis|data=2006|editora=Editora Universitária UFPE|lingua=pt|isbn=9788560438006}}</ref>
 
Tanto o Seminário de Olinda, como o [[Areópago de Itambé|Aerópago de Itambé]] destacam-se, à época, como centros de polarização das ideias emancipatórias.
 
O projeto de emancipação de Pernambuco, que consistia em constituir na região uma [[República]] sob a proteção de [[Napoleão Bonaparte]], deriva do contexto macropolítico da época. O monarca francês enfrentava, inexpugnável, todos os demais países europeus, tanto com o fim de expandir o poderio militar, político e econômico de seu país, como para disseminar os ideais progressistas da [[Revolução Francesa]]. Quando o general soube que as comunidades maçônicas de Pernambuco floresciam aos montes, compostas por intelectuais discutindo política a partir da perspectiva igualitária-libertária-fraterna semelhante ao teor da Revolução de 1789, a Napoleão interessou colocar-se à retaguarda do movimento, para auxiliá-lo.<ref name=":4" />