Sexto Júlio Esparso: diferenças entre revisões

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Porém, outros autores já notaram que a cronologia dos fatos é contrária a esta identificação deste Júlio Esparso com o cônsul em 88. Segundo a ''[[Lex Villia Annalis]]'', Esparso não poderia ter menos de 42 anos quando chegou ao consulado sufecto em 88 e as cartas de Plínio foram datadas em 105 e 108, o que implicaria que ele já estaria com mais de sessenta anos quando elas foram escritas, mas nenhuma delas foi escrita num tom que sugira que elas teriam sido endereçadas a alguém mais velho, especialmente pelo sempre respeitoso Plínio. Esta discrepância levou alguns estudiosos, como R.A. Pitcher, a defenderem que as cartas de Plínio e o poema de Marcial fazem referência, na verdade, a um filho de Esparso com o mesmo nome de seu pai, provavelmente cinco ou dez anos mais jovem que Plínio<ref>R.A. Pitcher, [https://www.jstor.org/stable/4431367 "A Prosopographical Note on Martial XII 57"], ''Mnemosyne'', Fourth Series, 37 (1984), pp. 454-457</ref>.
 
Há evidências sugerindo que Júlio Esparso, o cônsul, pode ter sido [[procônsul da África]]. Michel Christol publicou uma inscrição fragmentária de [[Uthina]], na moderna [[Tunísia]], na qual apenas duas linhas são legíveis. A segunda claramente contém o cognome Esparso. Christol sugere que a referência pode ser ao cônsul Júlio Esparso, mas outras duas letras legíveis rejeitam essa hipótese. Ele próprio sugeriu então que a referência seria ao já mencionado cônsul sufecto em 98, Célio Esparso. Apesar de ser possível que Júlio Esparso tenha sido procônsul da África, um dos pináculos da carreira senatorial, o tema permanece apenas como uma conjectura<ref>Michel Christol, [https://www.jstor.org/stable/41616784 "A Propos d'inscriptions latines d'Uthina (Oudhna, Tunisie)"], ''[[Zeitschrift für Papyrologie und Epigraphik]]'', 178 (2011), pp. 285-299</ref>.
 
== Ver também ==