Grão Vasco: diferenças entre revisões

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==Legado==
A memória de grande pintor Vasco Fernandes, reconhecido autor de muitas obras que ornamentavam a Sé de Viseu, manteve-se muito viva na cidade, no decurso do século XVII. Se, por um lado, apenas mais de meio século separa este período cronológico do tempo de Vasco Fernandes, por outro, estamos perante uma época nova, que recusa os pressupostos estéticos que subjazem ao universo espiritual do artista e do seu tempo, definitivamente superados pela emergência de outros modelos culturais e, naturalmente, de novas propostas estéticas. Porém, é na pintura regional ulterior à sua morte, e até aos primeiros anos do século XVII, que justamente podemos avaliar o impacto da sua arte. Através de um claro fenómeno de imitação, os pintores locais (...) mostram um apego directo ao vocabulário de Vasco Fernandes. Prolongando o seu estilo, reproduzindo os modelos da sua obra, os mestres de diversas localidades das regiões de [[Lordosa]], de [[Vil de Soito]] de [[São Pedro de Mouraz]], entre outras, constituem, a par de referências manuscritas, importantes testemunhos da projecção excepcional do Formulário do artista.
[[Ficheiro:Grão Vasco, Pentecostes, da capela da portaria do mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, 1534-35, assinada Velasco.jpg|thumb|right|400px|''[[Pentecostes (Grão Vasco)|Pentecostes]]'', da capela da portaria do mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, 1534-35, assinada Velasco]]
O cónego da Sé de Viseu, Luís Ferreira, a propósito do restauro do ''S. Pedro'', ocorrido no ano de [[1607]], justifica não o ter mandado pintar de novo, [...] ''por ser feita por mao de Vasco Frz'' e, procurando justificar as razões que o levaram a não encomendar para esta capela outra pintura, refere : [...] ''e ficou tambom que me pareceo ser ero grãde mandar fazer outra pintura que os pintores deste tempo confessão que não se fará outra tamboa tamperfeita ebem acabada''.