África do Sul: diferenças entre revisões

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'''África do Sul''', oficialmente '''República da África do Sul''', é um [[país]] localizado no extremo sul da [[África]], entre os [[oceano]]s [[Oceano Atlântico|Atlântico]] e [[Oceano Índico|Índico]],<ref name="safacts">{{citar web|url = http://www.southafrica.info/about/facts.htm |titulo = South Africa Fast Facts |publicado = SouthAfrica.info |autor = April |data = 2007 |acessodata = 14 de junho de 2008 | lingua = inglês }}</ref> com {{fmtn|2798}} quilômetros de [[litoral]].<ref>{{citar web |url = http://www.samsa.org.za/ |titulo = South African Maritime Safety Authority |publicado = South African Maritime Safety Authority |acessodata = 16 de junho de 2008 | lingua = inglês }}</ref><ref name="Dados sobre a África do Sul">{{citar web |url = https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/fields/2060.html |autor = The World Factbook |titulo = Coastline |publicado = CIA |acessodata = 16 de junho de 2008 }}</ref> É limitado pela [[Namíbia]], [[Botsuana]] e [[Zimbábue]] ao norte; [[Moçambique]] e [[Suazilândia]] a leste; e com o [[Lesoto]], um [[enclave]] totalmente rodeado pelo território sul-africano.<ref name="Informações acerca da África do Sul">{{citar web |url = http://www.britannica.com/eb/article-9113829/LESOTHO |titulo = Encyclopædia Britannica Online |publicado = Encyclopædia Britannica, Inc. |lingua = inglês }}</ref>
 
O país é conhecido por sua [[biodiversidade]] e pela grande variedade de [[cultura]]s, [[idioma]]s e [[Religião|crenças religiosas]]. A [[Constituição da África do Sul|Constituição]] reconhece [[Línguas da África do Sul|11 línguas oficiais]].<ref name="safacts"/> Duas dessas línguas são de origem [[Europa|europeia]]: o [[Língua africâner|africâner]], uma língua que se originou principalmente a partir do [[Língua neerlandesa|neerlandês]] e que é falado pela maioria dos [[Sul-africanos brancos|brancos]] e [[coloured|mestiços]] sul-africanos, e o [[inglês sul-africano]], que é a língua mais falada na vida pública oficial e comercial, mas é apenas o quinto [[idioma]] mais falado em casa.<ref name="safacts"/>
 
Considerado uma economia de renda média alta pelo [[Banco Mundial]], o país é considerado um [[mercado emergente]]. A economia sul-africana é a segunda maior do continente (atrás apenas da [[Nigéria]]) e a [[Lista de países por PIB (Paridade do Poder de Compra)|25ª maior do mundo]] ([[Paridade do poder de compra|PPC]]). Multiétnico, o país possui as maiores comunidades de [[europeus]], [[indianos]] e [[Multirracial|mestiços]] da África. Apesar de 70% da população sul-africana ser composta por [[negros]],<ref name="statssa-midyear2009">{{citar web|url = http://www.statssa.gov.za/PublicationsHTML/P03022009/html/P03022009.html |titulo = Mid-year population estimates |data = 2009 |formato = html |publicado = Stats SA |autor = Statistics South Africa |acessodata = 23 de maio de 2013 | lingua = inglês }}</ref> este grupo é bastante diversificado e abrange várias [[etnia]]s que falam [[línguas bantas]], um dos idiomas que têm estatuto oficial.<ref name="safacts"/> No entanto, cerca de um quarto da população está [[Desemprego|desempregada]]<ref name="Questão do desemprego na África do Sul">[http://www.bloomberg.com/apps/news?pid=20601116&sid=aoB7RbcZCRfU South Africa’s Unemployment Rate Increases to 23.5%]</ref> e vive com menos de 1,25 dólar por dia.<ref name="Questão do desemprego na África do Sul 2">{{citar web |url = http://hdr.undp.org/en/media/HDI_2008_EN_Tables.pdf |titulo = HDI | publicado = UNDP | lingua = inglês }}</ref>
 
A África do Sul é uma [[democracia constitucional]], na [[Forma de governo|forma]] de uma [[república]] [[Parlamentarismo|parlamentar]]; ao contrário da maioria das repúblicas parlamentares, os cargos de [[chefe de Estado]] e [[chefe de governo]] são mesclados em um [[Presidente da África do Sul|presidente]] dependente do [[Parlamento da África do Sul|parlamento]]. É um dos poucos países africanos que nunca passaram por um [[golpe de Estado]] ou entraram em uma [[guerra civil]] depois do [[História da descolonização de África|processo de descolonização]], além de ter [[eleições]] regulares sendo realizadas por quase um século. A grande maioria dos negros sul-africanos, no entanto, foram completamente emancipados apenas depois de 1994, após o fim do regime do ''[[apartheid]]''. Durante o século XX, a maioria negra lutou para recuperar os seus direitos, que foram suprimidos durante décadas pela [[Sul-africanos brancos|minoria branca]], dominante política e economicamente, uma luta que teve um grande papel na história e recente do país. É um dos membros fundadores da [[União Africana]], da [[Organização das Nações Unidas]] (ONU) e da [[Nova Parceria para o Desenvolvimento da África]] (NEPAD), além de ser membro do [[Tratado da Antártida]], do [[Grupo dos 77]], da [[Zona de Paz e Cooperação do Atlântico Sul]], da [[União Aduaneira da África Austral]], da [[Organização Mundial do Comércio]] (OMC), do [[Fundo Monetário Internacional]] (FMI), do [[G20]], do [[G8+5]] e é uma das nações [[BRICS]]. Tem ainda a melhor infraestrutura e a segunda maior economia do continente.<ref name="WSJ-07-ABR-2014">{{citar web |url = http://online.wsj.com/article/SB10001424052702303456104579486061894837256.html |título = Economia da Nigéria agora é a maior da África |acessodata = 7 de abril de 2014 |autor = Patrick McGroarty |coautores = Drew Hinshaw |data = 7 de abril de 2014 |publicado = The Wall Street Journal }}</ref><ref name="FSP-06-ABR-2014">{{citar web |url = http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2014/04/1436757-nigeria-ultrapassa-africa-do-sul-como-maior-economia-africana.shtml |título = Nigéria ultrapassa África do Sul como maior economia africana |acessodata = 7 de abril de 2014 |autor = Reuters |data = 6 de abril de 2014 |publicado = Folha de S.Paulo }}</ref>
 
== História ==
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{{Artigo principal|Grandes Navegações|Império Português}}
[[Imagem:Diaz_on_his_voyage_to_the_cape.jpg|thumb|esquerda|[[Caravela]]s [[Bartolomeu Dias|''S. Cristóvão'' e ''S Pantaleão'']] a cruzar o [[Cabo da Boa Esperança|Cabo das Tormentas]]]]
Na época do contato europeu, o grupo étnico dominante eram os povos [[bantu]] que migraram de outras partes da [[África]] cerca de mil anos antes. Os dois principais grupos eram os [[xhosa]]s e os [[Zulus|zulu]]. Em 1487, o explorador [[Portugueses|português]] [[Bartolomeu Dias]] liderou a primeira viagem europeia a desembarcar em território que atualmente faz parte da África do Sul.<ref name="domville-25"/>
 
Em 4 de dezembro, Dias desembarcou em [[Walvis Bay|Walfisch Bay]] (agora conhecido como Walvis Bay, na atual [[Namíbia]]). Antes disto, em 1485, [[Diogo Cão]] tinha chegado a [[Cabo Cross]], 160km a norte de Walvis bay.<ref name="domville-25">{{citar livro|último =Domville-Fife|primeiro =C.W.|título=The encyclopedia of the British Empire the first encyclopedic record of the greatest empire in the history of the world ed.|ano=1900|publicado=Rankin|local=London|página=25|url=http://www.archive.org/stream/encyclopediaofbr01domvuoft#page/24/mode/2up}}</ref>
 
Depois de 8 de janeiro de 1488, impedido de prosseguir ao longo da costa por conta de [[tempestade]]s, Dias navegou em alto mar e passou o ponto mais meridional da África sem vê-lo. Ele chegou até a costa oriental de África, no que chamou de ''Rio do Infante'', provavelmente o atual [[Rio Groot (Cabo Oriental)|rio Groot]], em maio de 1488, mas em seu retorno, viu o [[Cabo da Boa Esperança|Cabo]], que chamou de primeira [[Cabo das Tormentas]].<ref name="Portugueses"/>
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De longe, a maior parte da própria população é classificada como "africana" ou "negra", mas esse grupo populacional não é culturalmente e/ou linguisticamente homogêneo. Os principais grupos étnicos negros incluem os [[zulus]], [[xhosas]], [[basothos]] (basotho do sul), [[SeSotho do norte|bapedi]] (basotho do norte), [[Venda (África do Sul)|vendas]], [[tswanas]], [[tsongas]], [[suázis]] e [[ndebele]]s, os quais falam as [[línguas bantu]]. A população ''coloured'' (multirraciais) está concentrada principalmente na região do [[Colônia do Cabo|Cabo]] e vem de uma combinação de origens étnicas, como os [[Sul-africanos brancos|brancos]], [[khoi]]s, [[Povo san|sans]], [[griqua]]s, [[chineses]] e [[malaios]].<ref name="khenr">{{citar livro|autor =Kristin Henrard|título=Minority Protection in Post-Apartheid South Africa: Human Rights, Minority Rights, and Self-Determination|url=http://books.google.com/books?id=HOA6qPDtjOAC&pg=PA43|ano=2002|publicado=Greenwood Publishing Group|isbn=978-0-275-97353-7|página=43}}</ref>
 
Os sul-africanos brancos são principalmente descendentes de [[holandeses]], [[alemães]], [[franceses]] [[huguenote]]s, [[britânicos]] e outros colonos [[europeus]] e [[judeus]].<ref name="khenr"/><ref name="lvr">{{citar livro|autor1 =James L. Gibson|autor2 =Amanda Gouws|título=Overcoming Intolerance in South Africa: Experiments in Democratic Persuasion|url=http://books.google.com/books?id=zJZ3_vD_EIQC&pg=PA36|ano=2005|publicado=Cambridge University Press|isbn=978-0-521-67515-4|página=36}}</ref> A ancestralidade não europeia, principalmente africana e asiática, encontra-se presente nos descendentes dos colonos holandeses, conforme estudo de 2007: o percentual médio de ancestralidade não europeia encontrado foi de 6%.<ref>{{citar web |url = http://dx.doi.org/10.1111/j.1469-1809.2007.00363.x |título = Desconstruindo Jaco |autor = J. M. Greeff |data = 2007 |publicado = 2007|acessodata = 5 de outubro de 2015 |página = 15|língua = inglês }}</ref> Cultural e linguisticamente, eles são divididos em [[africânder]]es, que falam [[africâner]], e os grupos de brancos [[Língua inglesa|anglófonos]]. A população branca tem diminuído, devido à baixa [[taxa de natalidade]] e à [[emigração]]; entre os fatores que influem na decisão dessa população de emigrar, muitos citam a elevada taxa de [[criminalidade]] e as políticas de [[ação afirmativa]] do governo.<ref name="Unisa">{{citar web |url = http://www.unisa.ac.za/default.asp?Cmd=ViewContent&ContentID=13537 |titulo = the new great trek- the story of south africa's white exodus |publicado = Unisa.ac.za |acessodata = 30 de outubro de 2011 | lingua = inglês }}</ref><ref name="Queen's U">{{citar web |autor = User2 |url = http://www.queensu.ca/samp/sampresources/samppublications/policyseries/policy23.htm |titulo = Policy Series |publicado = Queensu.ca |data = 7 de outubro de 1997 |acessodata = 30 de outubro de 2011 | lingua = inglês }}</ref> Desde 1994, aproximadamente 440 mil sul-africanos brancos emigraram permanentemente do país.<ref name="StatsSAPopulation2010">{{citar web|url = http://www.statssa.gov.za/publications/P0302/P03022010.pdf |titulo = Midyear population estimates: 2010 |publicado = Statistics South Africa |acessodata = 23 de julho de 2010 | lingua = inglês }}</ref> Apesar dos elevados níveis de emigração, alguns imigrantes europeus se instalaram no país nesse período. Até 2005, estima-se que 212 mil cidadãos britânicos estavam residindo na África do Sul. Até 2011, esse número pode ter crescido para quinhentos mil.<ref name="Estimativas sobre imigrantes britânicos na África do Sul">{{citar web |titulo = Britons living in SA to enjoy royal wedding |url = http://wayback.archive.org/web/20120121075711/http://www.eyewitnessnews.co.za/articleprog.aspx?id=64734 | publicado = Eyewitness News |data = 28 de abril de 2011 | lingua = inglês }}</ref> Alguns [[Zimbábue|zimbabuanos]] brancos emigraram para a África do Sul. Alguns dos membros mais nostálgicos da comunidade são conhecidos na cultura popular como "''Whenwes''", por causa da frase ''when we were in Rhodesia''... ({{lang-pt|''quando estávamos na Rodésia''...}}), que eles costumam dizer ao relembrar suas vidas na antiga [[Rodésia]].<ref name="New Internationalist">{{citar web |url = http://www.newint.org/issue155/briefly.htm|título=Rhodie oldies |data = 1985| acessodata = 29 de outubro de 2007 |autor = New Internationalist|autorlink = New Internationalist | lingua = inglês }}</ref> Existe também na África do Sul uma comunidade emigrante considerável de portugueses, nomeadamente oriundos da [[Ilha da Madeira]], sendo parte substancial já de segunda geração.<ref name="Imigração portuguesa na África do Sul">{{citar web |url = http://janusonline.pt/2001/2001_3_2_11.html |título = Portugueses na África do Sul |autor = António Pina |editor = janusonline.pt |data = 2001 |acessodata = 13 de setembro de 2015 }}</ref>
 
A população [[Indianos|indiana]] chegou à África do Sul como trabalhadores contratados para trabalhar nas plantações de açúcar em [[KwaZulu-Natal|Natal]] no final do século XIX e início do século XX.<ref name="khenr"/> Eles vieram de diferentes partes do [[subcontinente indiano]], seguiam religiões diferentes e falavam línguas distintas.<ref name="khenr"/> Um grave distúrbio entre indianos e zulus eclodiu em 1949 na cidade de [[Durban]].<ref name="Entraves entre indianos e zulus em Durban">{{citar web|url = http://www.theindianstar.com/index.php?uan=5786 |titulo = Current Africa race riots like 1949 anti-Indian riots: minister |publicado = Theindianstar.com |acessodata = 30 de outubro de 2011 | lingua = inglês }}</ref> Existe também um grupo significativo de sul-africanos [[chineses]] (cerca de cem mil pessoas) e [[vietnamitas]] (cerca de cinquenta mil pessoas). Em 2008, o Superior Tribunal de Pretória determinou que os sul-africanos chineses que chegaram ao país antes de 1994 deviam ser reclassificados como ''mestiços''. Como resultado desta decisão, cerca de doze a quinze mil<ref name="Supremo Tribunal de Pretória e o caso dos africanos chineses">{{citar web|último =Conason |primeiro =Joe |url = http://www.salon.com/tech/htww/2008/06/19/chinese_declared_black/ |titulo = Chinese declared black |publicado = Salon.com |data = 19 de junho de 2008 | acessodata = 30 de maio de 2010 | lingua = inglês }}</ref> dos cidadãos etnicamente chineses que chegaram antes de 1994 (o que representa de 3% a 5% do total da população chinesa no país), será capaz de se beneficiar de políticas de igualdade racial do governo.<ref name="Benefícios sociais na África do Sul">{{citar web|url=http://www.timesonline.co.uk/tol/news/world/africa/article4168245.ece|título=We agree that you are black, South African court tells Chinese}} The Times</ref>
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De acordo com o censo nacional de 2001, os [[Cristianismo|cristãos]] representavam 79,7% da população do país. Isso inclui cristãos zion (11,1%), [[Pentecostalismo|pentecostais]] ([[Movimento Carismático|carismáticos]]) (8,2%), [[Catolicismo|católicos romanos]] (7,1%), [[Metodismo|metodistas]] (6,8%), [[Igreja Reformada Neerlandesa|holandeses reformados]] (6,7%), [[Anglicanismo|anglicanos]] (3,8%); membros de outras igrejas cristãs representavam outros 36% da população. Os [[Islã|muçulmanos]] representam 1,5% da população, [[Hinduísmo|hindus]] cerca de 1,3%, e [[Judaísmo|judeus]] 0,2%. 15,1% não tinha qualquer filiação religiosa, 2,3% tinha outra religião e 1,4% não estavam especificados.<ref name="factbook"/><ref name="state.gov">{{citar web|url=http://www.state.gov/g/drl/rls/irf/2005/51496.htm|título=South Africa - Section I. Religious Demography|publicado=U.S. Department of State|acessodata=2006-07-15}}</ref><ref>For a discussion of Church membership statistics in South Africa please refer to Forster, D. "God's mission in our context, healing and transforming responses" in Forster, D and Bentley, W. ''Methodism in Southern Africa: A celebration of Wesleyan Mission''. Kempton Park. AcadSA publishers (2008:97-98)</ref>
 
Igrejas Indígenas Africanas eram os maiores entre os grupos cristãos. Acredita-se que muitas das pessoas que alegaram ter nenhuma afiliação com qualquer religião organizada, respeitam as [[Religiões tradicionais africanas|religiões tradicionais indígenas]]. Muitos povos têm práticas religiosas [[Sincretismo|sincréticas]], combinando influências cristãs e indígenas.<ref name="DoS">{{citar web|url=http://www.state.gov/g/drl/rls/irf/2006/71325.htm|título=Department of State}} USA.</ref>
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Segundo uma pesquisa para o período 1998-2000 elaborada pela [[Organização das Nações Unidas]], a África do Sul foi classificada em segundo lugar em assassinatos e em primeiro para assaltos e estupros ''[[per capita]]''.<ref>{{citar web|url=http://www.nationmaster.com/red/country/sf/Crime&b_cite=1|título=NationMaster: South African Crime Statistics}}</ref> As estatísticas oficiais mostram que 52 pessoas são assassinadas todos os dias na África do Sul.<ref>{{citar web|url=http://www.timesonline.co.uk/tol/news/world/africa/article6818096.ece|título=Persecuted white South African Brandon Huntley made international race refugee}} Times Online. September 3, 2009.</ref> O número relatado de estupros por ano é de 55&nbsp;000<ref>{{citar web|url=http://www.time.com/time/world/article/0,8599,1674391,00.html?xid=feed-cnn-topics|título=Behind South Africa's Reggae Murder}} Time. October 22, 2007.</ref> e estima-se que quinhentos mil estupros são cometidos anualmente no país.<ref>"[http://www.irinnews.org/Report.aspx?ReportId=84909 SOUTH AFRICA: One in four men rape]". [[IRIN]] Africa. June 18, 2009.</ref> O total de crimes ''per capita'' é o 10º entre os sessenta países no conjunto de dados.
 
O estupro é um problema comum na África do Sul. Em uma pesquisa de 2009, um em cada quatro homens sul-africanos admitiram ter estuprado alguém.<ref>{{citar notícia| url=http://news.bbc.co.uk/1/hi/world/africa/8107039.stm |obra=BBC News |título=South African rape survey shock |data=2009-06-18 |acessodata=2010-05-23}}</ref> Uma em cada três das quatro mil mulheres inquiridas pela Comunidade da Informação, Capacitação e Transparência disse que tinha sido violada no ano passado.<ref name="bbc1">{{citar web|url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/africa/258446.stm |título=South Africa’s rape shock |publicado=BBC News |data=1999-01-19 |acessodata=2010-05-30}}</ref> A África do Sul tem uma das maiores incidências de estupros de crianças e bebês no mundo.<ref name="time">{{citar web|último =Perry |primeiro =Alex |url=http://www.time.com/time/world/article/0,8599,1680715,00.html?xid=feed-yahoo-full-world |título=Oprah scandal rocks South Africa |publicado=Time.com |data=2007-11-05 |acessodata=2010-05-30}}</ref> Em um levantamento realizado entre 1500 crianças escolares no ''[[township]]'' de [[Soweto]], um quarto de todos os meninos entrevistados disseram que "''jackrolling''", um termo para estupro em grupo, era algo divertido.<ref name="bbc1"/>
 
A classe média do país busca segurança em [[Condomínio fechado|condomínios fechados]]. Muitos emigrantes da África do Sul também afirmam que o crime foi um grande motivador para eles saírem do país. O crime contra a comunidade agrícola continua a ser um grande problema.<ref>{{citar notícia|url=http://www.timesonline.co.uk/tol/life_and_style/article694534.ece|título=Farms of fear|publicado=The Times Online|data=2 de abril de 2006 |local=London |acessodata=2010-05-23}}</ref> Outro problema enfrentado pelo país é a forte [[Desigualdade econômica|desigualdade social e econômica]]; as cidades sul-africanas [[Buffalo City]], [[Johannesburgo]] e [[Ekurhuleni Municipalidade Metropolitana|Ekurhuleni]] foram apontadas como as mais desiguais do mundo, segundo relatório da [[ONU]] divulgado em 2010.<ref name="onu">{{citar web|url=http://g1.globo.com/Noticias/Rio/0,,MUL1536525-5606,00-QUATRO+CAPITAIS+BRASILEIRAS+ESTAO+ENTRE+AS+MAIS+DESIGUAIS+DO+MUNDO+DIZ+ONU.html|título=Quatro capitais brasileiras estão entre as mais desiguais do mundo, diz ONU}} - ''[[G1]]'', 19 de março de 2010 (visitado em 19-3-2010)</ref>
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Refugiados de países pobres vizinhos incluem muitos imigrantes provenientes da [[República Democrática do Congo]], [[Moçambique]], [[Zimbabwe]], [[Malawi]] e outros, que representam uma grande parcela do [[Economia informal|setor informal]]. Com elevados níveis de [[desemprego]] entre os pobres sul-africanos, a xenofobia é prevalente e muitas pessoas nascidas na África do Sul se sentem ressentidos com os imigrantes que são vistos como pessoas que privam a população nativa de postos de trabalho, um sentimento que tem tido credibilidade pelo fato de que muitos empregadores Sul Africano têm empregado os migrantes de outros países para salários mais baixos do que os cidadãos sul-africanos, especialmente na [[construção civil]], [[turismo]], [[agricultura]] e [[indústria]]s de serviços domésticos. Os imigrantes ilegais são também fortemente envolvidos no comércio informal.<ref>{{citar web|url=http://0-www.iss.co.za.innopac.up.ac.za:80/pubs/ASR/5No4/StrategigPerspectives.html|título=African Security Review Vol&nbsp;5 No&nbsp;4, 1996: Strategic Perspectives on Illegal Immigration into South Africa}}</ref> No entanto, muitos imigrantes na África do Sul continuam a viver em condições precárias e a política de imigração do sul-africana tornou-se cada vez mais restritivas desde 1994.<ref>{{citar web|url=http://www.queensu.ca/samp/sampresources/samppublications/policyseries/policy20.htm|título=Queens College: The Brain Gain: Skilled Migrants and Immigration Policy in Post-Apartheid South Africa}}</ref>
 
Os principais parceiros comerciais internacionais da África do Sul, além de outros países africanos, incluem a [[Alemanha]], os [[Estados Unidos]], a [[República Popular da China|China]], o [[Japão]], o [[Reino Unido]] e a [[Espanha]].<ref name="factbook">{{citar web|url=https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/geos/sf.html|título=South Africa|obra=The World Factbook|publicado=CIA}}</ref> As principais exportações do país incluem o milho, diamantes, frutas, ouro, açúcar, metais, minerais, e lã. Máquinas e equipamentos de transporte constituem mais de um terço do valor das importações do país. Outras importações incluem produtos químicos, produtos manufatura dos e petróleo.
Recentemente a África do Sul foi incluída no grupo de países emergentes com economias promissoras, os [[BRICS]].<ref>http://oglobo.globo.com/economia/miriam/posts/2011/04/14/africa-do-sul-reforca-bric-que-vira-brics-374799.asp</ref>
 
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[[Mark Shuttleworth]] fundou uma das primeiras empresas de segurança na internet, a Thawte, que foi posteriormente comprada pela líder mundial [[VeriSign]]. Apesar dos esforços do governo para incentivar o empreendedorismo em [[biotecnologia]], outros campos de [[alta tecnologia]] e [[Tecnologia da informação|TI]], não há outras empresas inovadoras notáveis fundadas na África do Sul. É um objetivo expresso do governo a transição da economia sul-africana para torná-la mais dependente da alta tecnologia, com base na constatação de que a África do Sul não pode competir com as economias do [[Extremo Oriente]] na manufatura, nem pode usufruir de sua riqueza mineral perpetuamente.<ref>Said, Sammy. (2002-04-25) [http://www.therichest.org/celebnetworth/celebrity-business/entrepreneurs/mark-shuttleworth-net-worth/ Mark Shuttleworth Net Worth]. TheRichest. Acessado em 12 de maio de 2015 {{en}}</ref>
 
A África do Sul cultivou uma comunidade astronômica em expansão. O país abriga o [[Grande Telescópio Sul-Africano]], o maior telescópio óptico no [[hemisfério sul]]. A África do Sul está construindo atualmente a Telescópio de Array Karoo como parte do projeto de 1,5 bilhão de euros [[Square Kilometre Array]].<ref>{{citar web|url=http://www.skatelescope.org/news/2nd-april-news/|título=SKA announces Founding Board and selects Jodrell Bank Observatory to host Project Office|publicado=SKA 2011|data=2 de abril de 2011|acessodata=14 de abril de 2011}}</ref> Em 25 de maio de 2012, foi anunciado que as sedes do Telescópio Square Kilometer Array serão divididas entre locais na África do Sul e na [[Austrália]]/[[Nova Zelândia]].<ref name="autogenerated1">{{citar notícia | url=http://www.bbc.co.uk/news/science-environment-18194984 |título=Africa and Australasia to share Square Kilometre Array |publicado=BBC |data=25 de maio de 2012}}</ref>
 
=== Educação ===