Pacto Molotov-Ribbentrop: diferenças entre revisões

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O '''Pacto Molotov–Ribbentrop''', também conhecido como '''Pacto Nazi–Soviético''',<ref name="Ref-1">Charles Peters (2005), ''Five Days in Philadelphia: The Amazing "We Want Willkie!" Convention of 1940 and How It Freed FDR to Save the Western World'', New York: PublicAffairs, Ch. 12, "The Deal and the Muster", p. 164, {{ISBN|978-1-58648-112-4}}.</ref> '''Pacto de Não- Agressão Germano–Soviético'''<ref name="britannica1"/><ref>History.com (2016), [http://www.history.com/topics/world-war-ii/german-soviet-nonaggression-pact German-Soviet Pacto de Não-Agressão.] World War II series.</ref> ou '''Pacto de Agressão Germano Nazi-Soviético'''<ref name="Feldmanis">{{citar web|último1 =Dr. habil.hist. Feldmanis|primeiro1 =Inesis|título=The Occupation of Latvia: Aspects of History and International Law|url=http://www.mfa.gov.lv/en/policy/information-on-the-history-of-latvia/the-occupation-of-latvia-aspects-of-history-and-international-law|website=Ministry of Foreign Affaris of the Republic of Latvia - The Occupation of Latvia: Aspects of History and International Law|publicado=Ministry of Foreign Affaris of the Republic of Latvia|acessodata=30 de Julho de 2017|ref=Feldmanis}}</ref><ref name="Henderson">{{citar web|último1 =Henderson|primeiro1 =Gerard|título=War pact between the nazis and Stalin left out of history|url=http://www.theaustralian.com.au/opinion/columnists/gerard-henderson/war-pact-between-the-nazis-and-stalin-left-out-of-history/news-story/1b6787c20363cd7dc1578fd05f2de21c|website=War pact between the nazis and Stalin left out of history|publicado=The Australian|acessodata=30 de Julho de 2017|ref=Henderson}}</ref><ref name="Britannica">{{citar web|título=The Origins Of World War II, 1929–39|url=https://www.britannica.com/topic/20th-century-international-relations-2085155/The-origins-of-World-War-II-1929-39|website=Encyclopædia Britannica|publicado=Encyclopædia Britannica|acessodata=30 de Julho de 2017|ref=Britannica_web1}}</ref> (oficialmente: ''Tratado de Não- Agressão entre a Alemanha e a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas''),{{nota de rodapé|russo: Договор о ненападении между Германией и Советским Союзом; alemão: Nichtangriffsvertrag zwischen Deutschland und der Union der Sozialistischen Sowjetrepubliken.<ref>{{citar web|url=http://www.1000dokumente.de/index.html?c=dokument_de&dokument=0025_pak&object=facsimile&pimage=1&v=100&nav=&l=de|tipo=facsimile|título=100(0) Schlüsseldokumente|local=[[Germany|DE]]|acessodata=17 de Setembro de 2009|ref=harv}}.</ref>}} foi um [[Pacto de não-agressão|pacto de neutralidade]] entre a [[Alemanha Nazi]] e a [[União Soviética]] assinado em [[Moscovo]] em 23 de Agosto de 1939 pelos ministros dos Negócios Estrangeiros [[Joachim von Ribbentrop]] e [[Vyacheslav Molotov]], respectivamente.<ref>{{citar livro|último =Zabecki |primeiro =David |título=Germany at war : 400 years of military history |publicado= ABC-CLIO, LLC |local=Santa Barbara, California |ano=2014 |página=536 |isbn=1-59884-981-6 }}</ref> A este pacto seguiu-se o [[Acordo Comercial Germano-Soviético]] em Fevereiro de 1940.
 
O pacto estabelecia [[Esfera de influência|esferas de influência]] entre as duas potências, confirmadas pelo protocolo suplementar do [[Tratado da Fronteira Germano–Soviético]] alterado depois da [[Invasão da Polônia|invasão conjunta da Polónia]]. O pacto manteve-se em vigor durante dois anos, até ao dia do ataque da Alemanha às posições soviéticas na Polónia Oriental durante a [[Operação Barbarossa]] em 22 de Junho de 1941.<ref name="britannica1">{{citar web| url=http://www.britannica.com/EBchecked/topic/230972/German-Soviet-Nonaggression-Pact |título=A secret supplementary protocol of September 28, 1939 |publicado=Encyclopædia Britannica |obra=German-Soviet Nonaggression Pact |data=2015 |acessodata=14 de Novembro de 2015 |autor =Britannica}}</ref>
 
As cláusulas do pacto entre os nazis e os soviéticos incluíam uma garantia escrita de [[Não-beligerante|não- beligerância]] de parte a parte, e um compromisso de que nenhum dos governos se aliaria a, ou ajudaria, um inimigo da outra parte. Para além do estabelecido sobre não- agressão, o tratado incluía um protocolo secreto que dividia os territórios da [[Segunda República Polonesa|Polónia]], [[Lituânia]], [[Letónia]], [[Estónia]], [[Finlândia]] e [[Roménia]], em esferas de influência alemãs e soviéticas, antecipando uma "reorganização territorial e política" destes países. A 1 de Setembro de 1939, ocorreu a [[Invasão da Polônia|Invasão da Polónia]]. O líder soviético, [[Josef Stalin|Estaline]], deu ordem para a invasão da Polónia a 17 de Setembro, um dia após o cessar-fogo em [[Batalhas de Khalkhin Gol|Khalkhin Gol]].{{Sfn|Goldman|2012|pp=163–64}} Em Novembro, partes das regiões da [[Carélia]] e [[Salla]] na Finlândia foram anexadas pela União Soviética depois da [[Guerra de Inverno]]. Seguidamente, os soviéticos anexaram a Estónia, a Letónia, a Lituânia e partes da Roménia ([[Bessarábia]], o Norte de [[Bucovina]] e a região de [[Herța]]). A preocupação anunciada sobre os ucranianos étnicos e bielorrussos foi apresentada como justificativa para a invasão soviética da Polónia. A invasão de Bucovina por Estaline em 1940, violou o pacto o pacto pois ía além da esfera de influências acordada com o Eixo.<ref>Brackman, Roman ''The Secret File of Joseph Stalin: A Hidden Life'' (2001) p. 341</ref>
 
Os [[territórios polacos anexados pela União Soviética]] depois da invasão nazi-[[Invasão soviética da Polónia|soviética da Polónia]] mantiveram-se na URSS no final da Segunda Guerra Mundial. A nova fronteira foi estabelecida ao longo da [[Linha Curzon]]. Apenas a região em redor de [[Białystok]] e uma pequena parte da [[Galícia (Europa Central)|Galícia]] a este do [[rio San]]. junto a[[Przemyśl]], foram [[Acordo polaco-soviético de Agosto de 1945|devolvidas ao estado polaco]] a partir dessa linha. De todos os outros territórios anexados pela URSS em 1939–40, aqueles separados da Finlândia (Carélia, [[Pechengsky ]]), Estónia (área de [[Íngria]] e [[condado de Petseri]]) e Letónia ([[distrito de Abrene|Abrene]]) permaneceram na [[Rússia]], o estado sucessor da URSS depois da [[dissolução da União Soviética]] em 1991. O Norte de Bucovina, o Sul da Bessarábia e Herta mantiveram-se na Ucrânia.
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Nesse contexto, a liderança soviética acreditava que o [[Mundo ocidental|Ocidente]] poderia querer incentivar a agressão alemã a Oriente, e que a Grã-Bretanha e a França poderiam ficar neutras no conflito iniciado pela Alemanha Nazi. Pelo lado da Alemanha, devido a que uma aliança com a Grã-Bretanha era impossível, tornava-se necessário estreitar relações com a União Soviética para a obtenção de matérias-primas. Além disso, um bloqueio naval britânico era esperado em caso de guerra, o que iria provocar uma escassez crítica de matérias-primas para o esforço de guerra da Alemanha. Depois do acordo de Munique, aumentaram as necessidades alemãs em termos de abastecimento militar, ao passo que, devido à implementação do terceiro plano quinquenal na URSS, eram essenciais investimentos maciços em tecnologia e equipamentos industriais.
 
Em [[31 de março]] de [[1939]], em resposta ao desafio da Alemanha nazi do Acordo de Munique e da ocupação da Tchecoslováquia, a Grã-Bretanha garantiu o apoio da própria França para garantir a independência da [[Polónia]], da [[Bélgica]], da [[Romênia]], da [[Grécia]] e da [[Turquia]]. Em [[6 de Abril]], a Polónia e a Grã-Bretanha concordaram em formalizar a garantia de uma aliança militar. Em [[28 de abril]], Hitler denunciou o Pacto de Não- Agressão Polaco-Alemão de 1934 e o [[Acordo Naval Anglo-Germânico]] de [[1935]]. Apesar do acordo ter sido muito criticado, as vendas de petróleo da URSS para a Alemanha Nazi não foram relevantes para o transcorrer da guerra em geral e da ofensiva alemão no Front Ocidental em particular.<ref>Lieven Soete, Het Sovjet-Duitse niet-aanvalspact van 23 augustus 1939: Politieke Zeden in het Interbellum, Berchem (Antwerp), Belgium, 1989, pp. 289-290, compresa nota 1 a pié di pagina 289.</ref>
 
===O tratado e suas consequências===