Arco de Constantino: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Reforma geral
Etiqueta: Inserção de predefinição obsoleta
Linha 34:
 
== Estilo ==
[[Imagem:Constantine arch datation enpt.svg|thumb|esquerda|400px|Datação dos elementos artísticos do Arco de Constantino.]]
O Arco de Constantino é um importante exemplo, frequentemente citado em obras de [[história da arte]], das mudanças estilísticas do século IV e também do ''"colapso do cânone [[Grécia clássica|clássico grego]] de formas durante o [[Dominato|período romano tardio]]"''{{sfn|Kitzinger|1977|loc=p. 7}}, um sinal de que a cidade estava em declínio e seria logo eclipsada pela nova capital de Constantino, [[Constantinopla]], em 324{{sfn|Aicher|2004|loc=[https://books.google.com/books?id=t6m9g5G8Z1YC&pg=PA184 p. 184]}}. O contraste entre os estilos das imagens [[spolia|reutilizadas]] do século II e as recém-criadas para o arco é dramático e, segundo [[Ernst Kitzinger]], ''"violento"''{{sfn|Kitzinger|1977|loc=p. 7}}. Apesar disto, é importante notar que no caso da cabeça de um imperador antigo que foi substituída pela de Constantino, o artista ainda conseguiu atingir uma ''"representação suave e delicada da face de Constantino"'' que era ''"muito distante do estilo dominante da oficina"''{{sfn|Kitzinger|1977|loc=p. 29}}. Sem dúvida, o Arco de Constantino é o mais impressionante monumento cívico de Roma da [[Antiguidade Tardia]], mas é também o mais controverso no que diz respeito às suas origens e simbolismos{{sfn|Ferris|2013|loc=[https://books.google.com/books?id=ihGoAwAAQBAJ&pg=PP7 p. 7]}}.
{{citação2|[Kitzinger compara uma escultura circular de Adriano caçando leões, que é] ainda firmemente enraizada na tradição da [[arte helenística]] tardia e na qual há uma ilusão de um espaço aberto e arejado no qual as figuras se movem livremente e com uma confiança relaxada, [com um [[friso]] posterior no qual as figuras estão] esmagadas, presas, como se estivessem entre dois planos imaginários, e tão amontoadas dentro da moldura como se não tivessem nenhuma liberdade de movimentos em direção nenhuma [...] com gestos que são bruscos, excessivos e descoordenados com o resto do corpo. [...] Perdido também está o cânone clássico de proporções. As cabeças são desproporcionalmente grandes, os [[torso]]s, quadrados, e as pernas, atarracadas [...] As diferenças no tamanho físico das figuras sublinham de forma drástica as diferenças de status e importância que o artista do século II indicava de forma sutil através da composição agrupando-as casualmente. Perdidas, finalmente, estão a elaboração nos detalhes e a diferenciação na textura das superfícies. As faces são cortadas e não modeladas, o cabelo tem a forma de um gorro com algum padrão superficial, dobras na roupa são sumariamente indicadas por linhas profundamente recortadas».|Ernst Kitzinger|Byzantine art in the making: Main lines of stylistic development in mediterranean art, 3rd-7th century (1977){{sfn|Kitzinger|1977|loc=p. 7-8}}}}