Hipóstase: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
{{subst:m-notas}}
Crístico (discussão | contribs)
Trindade tricefala com o escudo da fé
Linha 1:
{{Mais notas|data=abril de 2017}}
{{Ver desambig| este= o termo filosófico e teológico| o livro gnóstico| Hipóstase dos Arcontes}}
'''Hipóstase''' ({{lang-grc|{{politônico|ὑπόστᾰσις}}}} - ''hypostasis'', "substância"<ref name="Livingstone2013" />) é um termo grego que pode se referir à natureza de algo, ou a uma instância em particular daquela natureza. Durante as controvérsias cristológicas e trinitárias nos séculos III e IV, o segundo significado prevaleceu no uso da doutrina. O termo passou a ser um [[sinônimo]] da palavra latina ''persona'', o indívuo de uma natureza racional.<ref name="Stravinskas2002">Peter M. J. Stravinskas. ''[http://books.google.com/books?id=7fSv9cV0M18C&pg=PA395 Catholic Dictionary]''. Our Sunday Visitor Publishing; 2002. ISBN 978-0-87973-390-2. p. 395.</ref> A partir do século IV passou a ser contrastado com o termo ''[[ousia]]'' como significando 'realidade individual' nos contextos cristológicos e trinitários. <ref name="Livingstone2013">E. A. Livingstone. ''[http://books.google.com/books?id=DZecAQAAQBAJ&pg=PA274 The Concise Oxford Dictionary of the Christian Church]''. Oxford University Press; 2013. ISBN 978-0-19-965962-3. p. 274 – 275.</ref>
 
'''Hipóstase''' ({{lang-grc|{{politônico|ὑπόστᾰσις}}}} - ''hypostasis'', "substância"<ref name="Livingstone2013"/>) é um termo grego que pode se referir à natureza de algo, ou a uma instância em particular daquela natureza. Durante as controvérsias cristológicas e trinitárias nos séculos III e IV, o segundo significado prevaleceu no uso da doutrina. O termo passou a ser um [[sinônimo]] da palavra latina ''persona'', o indívuo de uma natureza racional.<ref name="Stravinskas2002">Peter M. J. Stravinskas. ''[http://books.google.com/books?id=7fSv9cV0M18C&pg=PA395 Catholic Dictionary]''. Our Sunday Visitor Publishing; 2002. ISBN 978-0-87973-390-2. p. 395.</ref> A partir do século IV passou a ser contrastado com o termo ''[[ousia]]'' como significando 'realidade individual' nos contextos cristológicos e trinitários. <ref name="Livingstone2013">E. A. Livingstone. ''[http://books.google.com/books?id=DZecAQAAQBAJ&pg=PA274 The Concise Oxford Dictionary of the Christian Church]''. Oxford University Press; 2013. ISBN 978-0-19-965962-3. p. 274 – 275.</ref>
 
O termo ainda é utilizado em [[grego moderno]] com o significado de "existência", juntamente com o termo {{politônico|ὕπαρξις}} (''hýparxis'') e {{politônico|τρόπος ὑπάρξεως}} (''tropos hypárxeos''), este último significando "existência individual".
 
== Teologia cristã ==
[[Ficheiro:Anonymous Cusco School - Trifacial Trinity - Google Art Project.jpg|miniaturadaimagem|Trindade tricefala com o [[Escudo da Trindade|escudo da fé]]|220x220px]]
Nos [[concílio ecumênico|concílios ecumênicos]], a terminologia do termo foi clarificada e padronizada para que a fórmula "Três hipóstases em uma ''[[ousia]]'' (essência)" fosse aceita como a [[:wikt:epítome|epítome]] da doutrina ortodoxa sobre a Trindade: de que o [[Deus Pai|Pai]], o [[Deus Filho|Filho]] e o [[Espírito Santo]] são três diferentes hipóstases em uma única divindade. A palavra também é utilizada para se referir à divindade de Cristo, na chamada [[união hipostática]] de suas naturezas - divina e humana - em uma única hipóstase.