Jornadas de Junho: diferenças entre revisões

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==Arrefecimento==
Desde julho, vários protestos têm sido realizados no país, mas com um número bem menor de manifestantes. Diversos manifestantes aproveitaram as manifestações de junho para colocar em prática a tática conhecida como [[black bloc]], que consiste em atacar e depredar símbolos do poder e do capitalismo.<ref name="UltSegBlackBloc">{{citar web |url=http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2013-08-18/apos-protestos-black-blocs-chegam-a-segunda-geracao-no-brasil.html |ligação inativa= |título=Após protestos, Black Blocs chegam à segunda geração no Brasil |acessodata=23 de fevereiro de 2014 |autor= |ultimo=Galhardo |primeiro=Ricardo |autorlink= |coautores= |data=18 de agosto de 2013 |formato= |obra= |publicado=[[Último Segundo]] |páginas= |língua= |arquivourl=http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2013-08-18/apos-protestos-black-blocs-chegam-a-segunda-geracao-no-brasil.html |arquivodata=19 de março de 2016 |citação=Manifestações criaram oportunidade para eles porem em prática o método 'ação direta', que é a depredação de símbolos do poder e do capitalismo como bancos. }}</ref> Tem esse nome porque, nas manifestações, os anarquistasparticipantes, vestidos com roupas e máscaras pretas, formam um bloco de pessoas que se coloca entre a polícia e o restante dos manifestantes.<ref name="UltSegBlackBloc" /> A estratégia ganhou notoriedade durante as [[manifestações contra o encontro da OMC em Seattle]] em 1999.<ref name="UltSegBlackBloc" /> Segundo Marcia Cavallari, diretora do [[IBOPE Inteligência]], o foco dos protestos "se perdeu quando começou as ações dos black blocs e isso fez com que a grande maioria das pessoas, as que querem se manifestar por causas legítimas, se inibisse".<ref>{{citar web |url=http://brasil.elpais.com/brasil/2014/02/16/politica/1392511161_834011.html |ligação inativa= |título=Entrevista com Marcia Cavallari |acessodata=19 de março de 2016 |autor= |ultimo=Jiménez |primeiro=Carla |autorlink= |coautores= |data=16 de fevereiro de 2014 |formato= |obra= |publicado=[[El País]] |páginas= |língua= |arquivourl=https://web.archive.org/web/20160319211010/http://brasil.elpais.com/brasil/2014/02/16/politica/1392511161_834011.html |arquivodata=19 de março de 2016 |citação=P. Vamos supor que a gente viva uma semana tão marcante, como foi a dos protestos de junho ao longo deste ano. O que acontece? R. As manifestações de junho passado tiveram esse efeito que você está falando, mas se perdeu quando começaram a ação dos black blocs, do vandalismo, do quebra-quebra (...). }}</ref> O jornalista [[Kennedy Alencar]] notou a baixa presença de manifestantes nos protestos marcados para [[Dia da Pátria|7 de Setembro]] de 2013, apontando como causas para isso a falta de pautas específicas após a queda das tarifas do transporte coletivo e o fim da [[PEC 37]].<ref name="KenA">{{citar web |url=http://blogdokennedy.com.br/protestos-perdem-forca-no-7-de-setembro/ |ligação inativa= |título=Protestos perdem força no 7 de Setembro |acessodata=5 de dezembro de 2013 |autor= |ultimo=Alencar |primeiro=Kennedy |autorlink=Kennedy Alencar |coautores= |data=7 de setembro de 2013 |formato= |obra= |publicado=Blog do Kennedy |páginas= |língua= |arquivourl=https://web.archive.org/web/20160319212249/http://www.blogdokennedy.com.br/protestos-perdem-forca-no-7-de-setembro/ |arquivodata=19 de março de 2016 |citação=No entanto, é nítida a menor presença nas ruas. Motivos? Uma maioria que não deseja endossar violência. Falta de causas específicas, como a queda de tarifas. Aconteceu o enterro da PEC 37. A polícia viu que não pode descer a lenha sem ser criticada. E já foi feita a reclamação contra estádios padrão Fifa que destoavam dos baixos padrões na saúde e na educação. }}</ref> Essa visão é compartilhada por Lúcio Gregori, secretário de Transportes de São Paulo na gestão de [[Luiza Erundina]] e inspirador do movimento pelo passe livre.<ref>{{citar web |url=http://www.em.com.br/app/noticia/politica/2014/01/01/interna_politica,483841/protestos-podem-influenciar-as-eleicoes-e-tirar-o-brilho-da-copa.shtml |ligação inativa= |título=Protestos podem influenciar as eleições e tirar o brilho da Copa |acessodata=19 de março de 2016 |autor= |ultimo=Augusto |primeiro=Leonardo |autorlink= |coautores= |data=1 de janeiro de 2014 |formato= |obra= |publicado=[[Estado de Minas]] |páginas= |língua= |arquivourl=https://web.archive.org/web/20160319213706/http://www.em.com.br/app/noticia/politica/2014/01/01/interna_politica,483841/protestos-podem-influenciar-as-eleicoes-e-tirar-o-brilho-da-copa.shtml |arquivodata=19 de março de 2016 |citação=Por que os protestos diminuíram? (Resposta de Lúcio Gregori:) As manifestações de junho tiveram origem na luta pela redução das tarifas de ônibus, mesmo que depois várias outras pautas tenham se associado. E, em cerca de 100 cidades do país, houve redução das tarifas. Isso, na minha opinião, foi o principal fator a frear a escalada de protestos. }}</ref> Mas Alencar aponta também que a baixa adesão aos protestos de 7 de Setembro deve-se ao fato de que a maioria da população não deseja endossar a violência que segundo ele tomou conta dos protestos.<ref name="KenA" /> Para o repórter Gerardo Lissardy, da BBC Brasil, no entanto, os protestos arrefeceram devido ao fim da Copa das Confederações e aos cinco pactos prometidos pela presidente Dilma.<ref name="GerLiss">{{citar web |url=http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2013/12/131208_seguranca_copa_gl.shtml |ligação inativa= |título=Mas, afinal, haverá protestos na Copa? |acessodata=23 de fevereiro de 2014 |autor= |ultimo=Lissardy |primeiro=Gerardo |autorlink= |coautores= |data=13 de dezembro de 2013 |formato= |obra= |publicado=[[British Broadcasting Corporation|BBC Brasil]] |páginas= |língua= |arquivourl=https://web.archive.org/web/20160319214610/http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2013/12/131208_seguranca_copa_gl.shtml |arquivodata=19 de março de 2016 |citação=Depois e alcançar o clímax na Copa das Confederações em junho, os protestos perderam intensidade devido ao fim do torneio e as promessas da presidente Dilma de investir em mobilidade urbana, melhorar a cobertura médica e impulsionar uma reforma política, entre outras medidas. }}</ref> Segundo Sonia Fleury, doutora em ciência política e coordenadora de estudos sobre a esfera pública da [[Fundação Getúlio Vargas]], ouvida pelo repórter, a ação de grupos radicais que adotam a tática black bloc pode ter afastado muitas pessoas dos protestos.<ref name="GerLiss" /> Pesquisa realizada pelo instituto MDA em novembro de 2013 indica que enquanto 81,7% da população apoia os protestos que ocorrem desde junho, 93,4% não concorda com a ação dos grupos que adotam a violência como forma de protesto.<ref>{{citar web |url=http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2013/11/07/maioria-aprova-protestos-mas-93-dos-brasileiros-reprovam-black-blocks-diz-pesquisa.htm |ligação inativa= |título=Brasileiros aprovam protestos, mas 93% rejeitam "black blocs", diz pesquisa |acessodata=19 de março de 2016 |autor= |ultimo=Calgaro |primeiro=Fernanda |autorlink= |coautores= |data=7 de novembro de 2013 |formato= |obra= |publicado=[[Universo Online|UOL Notícias]] |páginas= |língua= |arquivourl=https://web.archive.org/web/20160319221035/http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2013/11/07/maioria-aprova-protestos-mas-93-dos-brasileiros-reprovam-black-blocks-diz-pesquisa.htm |arquivodata=19 de março de 2016 |citação=A onda de protestos realizada pelo país tem o apoio de 81,7% da população, segundo pesquisa de opinião divulgada nesta quinta-feira (7) pela CNT (Confederação Nacional dos Transportes) em parceria com o instituto MDA. }}</ref>
 
== Ver também ==