Caldeira vulcânica: diferenças entre revisões

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[[Ficheiro:Yellowstone Caldera.svg|thumb|250px|Mecanismo de formação da [[Caldeira de Yellowstone]], uma caldeira ressurgente.]]
[[Ficheiro:Toba zoom.jpg|thumb|250px|O [[lago Toba]], uma caldeira ressurgente inundada, mostrando ao centro a ilha [[Samosir]] formada pelo domo ressurgente criado pela elevação pós-colapso do fundo da caldeira.]]
São designadas por «caldeiras resssurgentesressurgentes» as grandes estruturas de colapso associadas a erupções maciças de [[piroclasto]]s que não podem ser directamente associadas a um vulcão central. Estas estruturas, consideradas as maiores estruturas vulcânicas da [[Terra]], apresentam diâmetros que variam dos 15 aos 100 km, formando amplas depressões eliptícas em geral com uma massa central elevada, resultante do soerguimentosurgimento pós-colapso do fundo da caldeira.
 
A evolução de uma caldeira ressurgente é um processo complexo, associado às grandes deformações crustais que resultam da formação de [[pluma mantélica|plumas mantélicas]] de [[magma]] rico em gás, em geral de composição [[riolito|riolítica]], que sobem até à região infracrustal, na interface manto-crusta. O processo de formação da caldeira tem as seguintes fases: (1) inicia-se com a elevação crustal associada à chegada de uma grande pluma de magma riolítico rico em gás; (2) a grande deformação crustal resultante induz a formação de fracturas em anel que se propagam para fora a partir da câmara magmática em direcção à superfície; (3) as fracturas criam zonas de menor resistência que são utilizadas como canais pelos quais o magma escapa para o exterior, dando origem a múltiplas erupções; (4) a resultante descompressão do magma resulta em vesiculação maciça e na erupção explosiva de [[tefra]] que pode atingir a alta atmosfera; (5) com a diminuição da erupção, surgem grandes fluxos piroclásticos a partir das fracturas em anel, levando ao esvaziamento da câmara magmática; (6) a câmara magmática esgota-se, com redução da pressão no seu interior, o que conduz ao colapso da crusta que a recobre, gerando fluxos piroclásticos adicionais; (7) quando a erupção termina, centenas de metros de fluxos piroclásticos jazem acumulados dentro da caldeira e para além das paredes da caldeira; (8) o fundo da caldeira pode ser rapidamente ocupado por um lago; (9) efeitos isostáticos levam ao ressurgimento do fundo da caldeira, num processo que leva cerca de 1000 a 100000 anos a atingir o equilíbrio; e (10) o ressurgimento do fundo leva à formação de uma estrutura eleva no centro da caldeira, em geral alongada e marcada por ''[[graben]]s'' paralelos. O período de elevação é controlado pelo ritmo de compressão do magma restante por baixo do tecto da câmara magmática colapsada ou pela chegada de novo magma que se eleva das zonas profundas do [[manto superior]] e é injectado para dentro da câmara.<ref>[http://www.geology.sdsu.edu/how_volcanoes_work/Calderas.html How vulcanoes work: calderas].</ref>