Carajás (proposta de unidade federativa): diferenças entre revisões

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=== A declaração de Marabá (1908) ===
Até então, todas as propostas de emancipação política que envolviam a região de Carajás, ocorriam essencialmente sob comando de políticos ligados áà proposta do Tocantins. Até a [[década de 1880]] a região possuía somente dois vilarejos com habitação fixa regular, que eram a colônia militar de São João do Forte (atual [[São João do Araguaia]]) e Alcobaça (atual [[Tucuruí]]). A situação política regional sofreu sua primeira reviravolta com a fundação das povoações de Nossa Senhora da Conceição (Conceição do Araguaia), em 1888, e Pontal do Itacayuna (Marabá), em 1898. A segunda povoação, Pontal do Itacayuna, formada principalmente por políticos emancipacionistas exilados do norte de Goiás, foi o pivô da primeira proposta de emancipação eminentemente local.
 
A primeira reivindicação ocorreu quando a população dos vilarejos da região sul [[Grão-Pará]], reclamavam da falta de assistência do Estado.<ref group="nota">Estado neste caso é sinônimo de entidade nacional, união e nação</ref> Os moradores da região se sentiam mais próximos do Goiás e do Maranhão do que do estado do Grão-Pará.<ref name="histórico carajas">{{citar web|url=http://www.estadodocarajas.com.br/site/?page_id=20 |título=História |publicado=Portal Estado do Carajás |acessodata=13 de setembro de 2011}}</ref>
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=== Primeira proposta independente ===
Em 1910 surge a primeira proposta de re-divisãoredivisão territorial, em que o território desta englobava somente a região de Carajás. O projeto denominava-se "Estado do Itacaiunas",<ref group="nota">O projeto repartia o sul do Grão-Pará em três estados: Karambus ao norte; Itacauinas ao centro; e Gradaús ao sul</ref> e foi desenvolvido após a fracassada tentativa de anexação ao Goiás.<ref name="Costa">{{citar livro|autor=COSTA, Célio|título= Assimetrias Regionais no Brasil – Fundamentos Para a Criação do Estado de Carajás |editora= Ocelivros |páginas=415 |ano=2011}}</ref>
 
Os políticos da região sul do Grão-Pará liderados por Maia, elaboraram o projeto e o enviaram ao legislativo estadual em Belém, e também o apresentaram ao [[Congresso Nacional do Brasil|Congresso Nacional]] no [[Rio de Janeiro]]. O projeto chegou a passar pela comissão de finanças do congresso nacional, entretanto não sendo aprovado, foi arquivado.<ref name="Costa"/>
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{{AP|Guerrilha do Araguaia}}
[[Ficheiro:FórumMarabá.JPG|thumb|direita|200px|Sede do fórum regional em [[Marabá]], provável capital de Carajás.]]
Em 1969, a região passou a abrigar guerrilheiros do [[Partido Comunista do Brasil|PC do B]], que objetivavam, montar uma guerrilha na região para combater o regime militar intaladoinstalado no [[Golpe de 1964]]. Os guerrilheiros eram cientes de que a região não tinha acesso aos serviços públicos essenciais, e levavam áà população local, atendimento médico e educacional, a fim de conquistar o apoio local. A região por fim se transformou no palco da [[Guerrilha do Araguaia]], que foi derrotada pelas tropas federais.<ref name="histórico carajas"/>
 
=== De 1970 a 2010 ===
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A consulta plebiscitária ocorreu em 11 de dezembro de 2011, sendo que o projeto de divisão foi rejeitado nas urnas com ampla margem de diferença. Na capital do estado, Belém, o não à criação do estado de Carajás foi de 94,87%. Já na possível capital do novo estado, Marabá, o apoio à divisão do Pará foi maciço. Em Marabá, 93,26% dos votos foram favoráveis à criação de Carajás e 92,93% a favor da criação de Tapajós, que também se consultava no escrutínio.<ref>{{citar web|url=http://g1.globo.com/politica/noticia/2011/12/capitais-de-tapajos-e-carajas-votaram-pela-divisao-do-estado.html |título='Sim' vence em cidades que seriam capitais de Tapajós e Carajás |publicado=Portal G1}}</ref>
 
=== Pós -plebiscito ===
Como esperado pelos cientistas políticos, o movimento de emancipação de Carajás não se findou com o resultado negativo no plebiscito<ref name="intensificação"/>, e acabou por criar mais animosidades entre a região separatista e a região de Belém.<ref>{{citar web|url=http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/pa/rivalidade-e-indiferenca-marcam-plebliscito-no-para/n1597405118019.html |título=Rivalidade e indiferença marcam plebiscito no Pará |publicado=Ultimo Segundo}}</ref> Novos meios de pleitear a emancipação surgiram, entre elas o Projeto de Lei de Iniciativa Popular (PLIP), que prevê a coleta de assinaturas objetivando a elaboração de [[Projeto de Lei]] de criação de um novo estado.<ref>{{citar web|url=http://www.simcarajas.com.br/index.php/component/content/article/163-temporalidade-e-o-plip |título=Temporalidade e o PLIP |publicado=Sim Carajás}}</ref>
 
== Viabilidade ==
 
Estudos extra oficiaisextraoficiais encomendados ao [[IPEA]], pelas comissões populares e políticas ligadas ao movimento de emancipação, sobre a viabilidade do novo estado constatam que a região teria um PIB de R$ 13.861 bilhões. O estudo prevê elevação dos gastos públicos estaduais em Carajás, em cerca de 50%, comprometendo cerca de 27% do produto interno estadual. O custeio da máquina pública em relação ao PIB de Carajás seria, a princípio, então superior a média nacional, que é de cerca de 12,75%.
 
== Território ==
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Em 2015 a população do possível [[estado]] equivalia a 18% da população do atual estado do [[Pará]]. A maior cidade seria [[Marabá]] que, com seus {{fmtn|262085}} habitantes, representaria cerca de 20,3% da população da região, um percentual baixo se comparado com os demais estados da [[Região Norte do Brasil|região Norte]]. Também haveria mais duas [[cidade]]s com mais de cem mil habitantes, [[Parauapebas]], com {{fmtn|189921}}, e [[Tucuruí]], com {{fmtn|107189}}. Outras importantes cidades seriam [[Redenção (Pará)|Redenção]] e [[São Félix do Xingu]].
 
Em 2009 somente 11,04% de sua população eram paraenses, o restante da população migrou de todo o [[Brasil]], sendo que os maranhenses, tocantinenses, goianos, piauensespiauienses e mineiros juntos representam aproximadamente 69% da população total da região.<ref name="AgAM"/>
{{notas e referências}}