Dino Buzzati: diferenças entre revisões

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===Literatura===
A obra literária de Dino Buzzati remete — como se tinha antecipado — por uma parte à influência de [[Kafka]], pelo escárnio e a expressão da impotência humana enfrentando o labirinto de um mundo incompreensível. Mas também remete ao [[Surrealismo]], como acaece em seus contos onde a conotação onírica está sempre muito presente. Talvez a mais convincente das tentativas de estabelecer relações tenha que ser procurada no seu parentesco com as correntes existencialistas dos anos 1940–1950. Ou na proximidade ao espírito de ''[[A náusea]]'' (1938) de [[Jean-Paul Sartre]]; ou na de [[Albert Camus]] com ''[[O estrangeiro (livro)|O estrangeiro]]'' (1942). Por outro lado devemos voltar a ressaltar que ''O deserto dos tártaros'' contribuiu para a total notoriedade do autor, que conheceu com esta novela o sucesso mundial; obra não desprovida em suas descrições de uma verdadeira relação com um «presente perpétuo e interminável», que vincula este tópico com outros dois grandes clássicos: [[Georges Perec]] e ''As coisas'', e [[Thomas Mann]] com sua ''[[Montanha mágica]]''.
 
Atraentemente, Buzzati não aceitou jamais ser considerado um escritor. Definia-se, melhor, como um simples jornalista que escrevia de tanto em tanto ficções ou novelas, às quais não atribuía grande valor. O julgamento da posteridade e o de seus contemporâneos tem contradito muito profundamente o ponto de vista do próprio Buzzati.