Tokugawa Ieyasu: diferenças entre revisões
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{{Info/Biografia/Wikidata}}
{{Japonês|'''Ieyasu Tokugawa'''|徳川家康|Tokugawa Ieyasu,<ref>LEONARD, J. N. ''Japão Antigo''. Tradução de Thomas Scott Newlands Neto. Rio de Janeiro. Livraria José Olympio Editora. 1979. p. 143.</ref>}} ([[Castelo de Okazaki]], {{dni|lang=pt|31|1|1543|si}}
▲{{Japonês|'''Ieyasu Tokugawa'''|徳川家康|Tokugawa Ieyasu,<ref>LEONARD, J. N. ''Japão Antigo''. Tradução de Thomas Scott Newlands Neto. Rio de Janeiro. Livraria José Olympio Editora. 1979. p. 143.</ref> {{dni|lang=pt|31|1|1543|si}} — {{morte|lang=pt|1|6|1616}}}} foi o fundador e primeiro [[xogum]] do [[Xogunato Tokugawa]] do [[Japão]], que perdurou desde a [[Batalha de Sekigahara]] em [[1600]] até a [[Restauração Meiji]] em [[1868]]. Ieyasu tomou o poder em 1600, foi indicado xogum em [[1603]], abdicou do cargo em [[1605]], mas continuou no poder até a sua morte em Osaka, em 1615.<ref>{{citar web|url=http://www.encyclopedia.com/doc/1E1-X-Iyeyasu.html|publicado= Encyclopedia.com|título= Iyeyasu}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.merriam-webster.com/dictionary/iyeyasu|publicado=Merriam-Webster|título= Iyeyasu}}</ref>
==Biografia==
===Começo da vida (1543-1556)===
Tokugawa Ieyasu nasceu em 31 de Janeiro de 1543, na [[Província de Mikawa]]. Originalmente chamado Matsudaira Takechiyo, ele era filho de [[Matsudaira Hirotada]] (
O [[Clã Matsudaira]] ficou dividido: um lado queria servir ao [[Clã Imagawa]], e o outro, ao [[Clã Oda]]. Como resultado, muitos dos anos da juventude de ''Ieyasu'' foram desperdiçados por causa das guerras entre o ''clã Oda'' e o ''clã Imagawa''. O feudo da família foi o motivo do assassinato do pai de Hirotada, e avô de Ieyasu, Matsudaira Kiyoyasu (
Em
Nobuhide ameaça executar Ieyasu, a não ser que Hirotada acabasse com os laços com o clã Imagawa. Ignorando a recusa, Nobuhide decide não matar Ieyasu, e ao invés disso fica com Ieyasu como refém no Templo Manshoji, em [[Nagoya]].
Em
===Subida ao Poder (1556-1584)===
[[Imagem:Tokugawa family crest.svg|thumb|[[Brasão]] de Tokugawa]]
Em
Em
Com a morte de Yoshimoto, Ieyasu decidiu se aliar com o clã Oda. Um acordo secreto foi necessário, porque a esposa de Ieyasu e seu filho, [[Hideyasu]], eram reféns em Sunpu, presos pelo clã Imagawa. Em
Nos próximos anos, Ieyasu se preocupou em reformar o clã Matsudaira e em pacificar Mikawa. Ele também fortificou os laços com seus principais vassalos, premiando-os com terras e castelos em Mikawa. Eles eram: [[Honda Tadakatsu]], [[Ishikawa Kazumasa]], [[Koriki Kiyonaga, Sakai Tadatsugu]] e [[Sakakibara Yasumasa]].
Em
Em
''Ieyasu'' continuou aliado de Oda Nobunaga e seus soldados de Mikawa foram parte do exército de Nobunaga que capturou [[Quioto|Kyoto]] em [[1568]]. Ao mesmo tempo, Ieyasu estava expandindo seu próprio território. Ele e [[Takeda Shingen]], o líder do [[clã Takeda]] da [[Província de Kai]] forjaram uma aliança com o propósito de conquistar todo o território do clã Imagawa. Em [[1570]], as tropas de Ieyasu capturaram a [[Província de Totomi]], enquanto as tropas de Shingen capturavam a [[Província de Suruga]](incluindo a capital dos Imagawa, Sunpu).
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Ieyasu rompeu sua aliança com Takeda e abrigou seu ex-inimigo, [[Imagawa Ujizane]]; ele também se aliou com [[Uesugi Kenshin]] do clã Uesugi - inimigos do clã Takeda. Depois, no mesmo ano, Ieyasu liderou cinco mil de seus próprios homens ajudando Nobunaga na [[Batalha de Anegawa]] contra os clãs [[Clã Asai|Asai]] e [[Clã Asakura|Asakura]].
Em Outubro de
A sorte sorriu para Ieyasu um ano depois, quando Takeda Shingen morreu num cerco, em
Nos próximos sete anos, Ieyasu e Katsuyori travaram várias pequenas batalhas. As tropas de Ieyasu tomaram o controle da Província de Suruga do clã Takeda.
Em
O fim da guerra com o clã Takeda veio em
No final de
A morte de Oda Nobunaga significava que algumas províncias, sob o controle de vassalos de Nobunaga, estavam prontas para ser conquistadas. O líder da província de Kai cometeu o erro de matar um dos ajudantes de Ieyasu. Ele prontamente invadiu Kai e tomou controle da província. [[Hojo Ujimasa]], líder do clã Clã Go-Hōjō respondeu enviando um exército muito maior para [[Província de Shinano|Shinano]], e então para Kai. Nenhuma batalha foi travada entre as forças de Ieyasu e o grande exército Go-Hōjō e, depois de algum tempo de negociações, Ieyasu e os Go-Hōjō entraram em um acordo, que deixou Ieyasu com o controle das províncias de Kai e Shinano, enquanto os Go-Hōjō passaram a controlar da província de Kazusa (assim como partes das províncias de Kai e Shinano).
Ao mesmo tempo (
===Ieyasu e Hideyoshi (1584-1598)===
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{{main|Batalha de Komaki}}
Em
As tropas de Tokugawa ocuparam o tradicional forte Oda de Owari, e Hideyoshi respondeu mandando um exército para Owari. A Campanha Komaki foi a única vez em que dois dos grandes unificadores do Japão se enfrentaram. Hideyoshi versus Ieyasu. No evento, Ieyasu venceu a única batalha notável da campanha, a [[Batalha de Nagakute]]. Depois de meses de marchas e tentativas sem resultado, Hideyoshi acabou com a guerra por meio de negociação. Primeiro ele fez paz com Oda Nobuo, e então ofereceu-a à Ieyasu. O acordo foi feito no final do ano, sendo que um dos termos de paz era que o segundo filho de Ieyasu, O Gi Maru, fosse adotado por Hideyoshi.
Em
A pouca confiança de Hideyoshi em Ieyasu era compreensível, e cinco anos se passaram antes que eles lutassem como aliados. Ieyasu e suas tropas participaram nas bem-sucedidas invasões de Hideyoshi à [[Shikoku]] e [[Kyushu]].
Em
''Ieyasu'' tinha aberto mão do controle de cinco províncias (Mikawa, [[Província de Totomi|Totomi]], [[Província de Suruga|Suruga]], [[Província de Shinano|Shinano]] e [[Província de Kai|Kai]]), e moveu todos os seus soldados e vassalos para ''Kanto''. Ele mesmo ocupou o castelo na cidade fortificada de [[Edo]], em Kanto. Esse foi provavelmente a mais arriscada ação que ''Ieyasu'' tomou - deixar as suas terras e confiar nos não muito confiáveis samurais dos ''Go-Hōjō'' em ''Kanto''. Na época, isso funcionou perfeitamente para ''Ieyasu''. Ele reformou as províncias de ''Kanto'', controlou e pacificou os samurais dos ''Go-Hōjō'' e melhorou a infraestrutura econômica das províncias. Também, porque ''Kanto'' era de certa maneira isolada do resto do ''Japão'', ''Ieyasu'' foi capaz de manter um nível de autonomia do governo de ''Hideyoshi''. Em poucos anos, ''Ieyasu'' tinha se tornado o segundo mais poderoso ''daimiô'' do ''Japão''. Há um provérbio japonês que se refere provavelmente ao evento: "Ieyasu ganhou o Império recuando".
Em
Em
===A Batalha de Sekigahara (1598 - 1603)===
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[[File:Kabuto Tokugawa Ieyasu.jpg|thumb|200px|O [[kabuto]] (elmo) de Tokugawa Ieyasu.]]
Hideyoshi, depois de três meses de doenças cada vez maiores, morreu em
A oposição à Ieyasu se centrava em [[Ishida Mitsunari]], um poderoso Daimyo, mas não um dos regentes. Ishida planejou a morte de Ieyasu, e notícias de sua trama chegara aos ouvidos de alguns dos generais de Ieyasu. Eles tentaram matar Ishida, mas ele fugiu e ganhou proteção de ninguém além de o próprio Ieyasu. Não é claro o porque Ieyasu protegeu um poderoso inimigo de seus próprios homens, mas Ieyasu era um mestre estrategista, e ele deve ter concluído que seria melhor ter o exército sob o comando de Ishida do que de um dos regentes, que teria mais legitimidade.
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Quase todos os Daimyo e Samurai do Japão aora estavam divididos em duas facções - o "campo oriental" apoiava Ieyasu, enquanto o "campo ocidental" apoiava Ishida Matsunari. Os aliados de Ieyasu eram os clãs [[Clã Date|Date]], [[Clã Mogami|Mogami]], [[Clã Satake|Satake]] e [[Clã Maeda|Maeda]]. Mitsunari se aliou com os outros três regentes: [[Ukita Hideie]], [[Mōri Terumoto]], e [[Uesugi Kagekatsu]], assim como vários outros Daimyo do final de Honshu.
Em Junho de
Na [[Província de Shinano]], Ieyasu estacionou 36000 homens comandados por [[Tokugawa Hidetada]]. Ieyasu sabia que o [[Clã Kobayakawa]], liderado por [[Kobayakawa Hideaki]], estava planejando deixar o lado de Ishida, e que o [[Clã Mōri]] também queria juntar-se às suas forças. O exército de Hidetada foi preparado para ter certeza de que esses clãs fossem para o lado dos Tokugawa.
Esta batalha foi a maior e mais provavelmente a mais importante batalha da história Japonesa. Ela começou em
Imediatamente após a vitória em Sekigahara, Ieyasu redistribuiu as terras para os vassalos que serviram a ele. Ieyasu deixou alguns Daimyo não afetados, como o [[Clã Shimazu]], mas muitos outros foram completamente destruídos. Toyotomi Hideyori ( o filho de Hideyoshi ) teve permissão de se tornar um cidadão comum concedida, e nos próximos 10 anos ele viveu uma vida calma no castelo de Osaka, enquanto Ieyasu governava o Japão. Nos anos posteriores os vassalos que haviam feito aliança com Ieyasu antes da Batalha de Sekigahara ficaram conhecidos como Fudai Daimyo, enquanto os que haviam se aliado a ele após a batalha, ou seja, quando seu poder era inquestionável, ficaram conhecidos como Tozama Daimyo. Os Tozama Daimyo eram considerados inferiores aos Fudai Daimyo.
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{{AP|Xogunato Tokugawa}}
Em
Seguindo um bem estabelecido padrão Japonês, Ieyasu abdicou da sua posição oficial como xogum em
=== Aposentadoria de Ieyasu (1605-1616) ===
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Ieyasu também supervisionou assuntos diplomáticos com a [[Holanda]] e [[Espanha]], e decidiu distanciar o Japão deles começando em [[1609]], mesmo dando aos holandeses o direito exclusivo a um posto de comércio.
Em
Em
==Cerco de Osaka==
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{{AP|[[Cerco de Osaka]]}}
O clímax da vida de Ieyasu foi o cerco ao Castelo de Osaka (
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