Lasca: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Dexbot (discussão | contribs)
m Removing Link GA template (handled by wikidata)
Linha 1:
[[Imagem:Lasca de trillo.png|thumb|300px|<center>Lasca de sílex em cujo desenho é possível apreciar o afiado do seu gume. Vemos a sua face dorsal (com negativos de lascados anteriores), o talão e a cara ventral com o conchoide e as ondas de fratura.]]
Uma '''lasca''', em sentido amplo, é qualquer produto do talhe intencional pelo ser humano de uma rochaocha, que se depreende da massa pétrea (em sentido geral chamado de [[núcleo lítico|núcleo]], mas que pode ser um bloco de pedra, um seixo ou um utensílio em processo), e que adquire forma de esquírola cortante. O talhe pode ser realizado quer batendo diretamente com um [[percutor (lascamento)|percutor]] (de pedra, de chifre, de madeira ou, até mesmo, de metal), ou batendo indiretamente com um punção (que também pode ser de chifre ou de metal), ou ao submeter a peça-núcleo a uma forte pressão com uma pua ou compressor. As lascas têm formas e tamanhos diversos, dos microscópicos aos que superam os 30 centímetros, mas, em geral, compartilham uma série de caracteres comuns que permitem reconhecê-las como tais<ref>{{Citar livro
|autor=INIZAN, Marie-Louise; Reduron, Michel; Roche, Hélène e Tixier, Jacques
| título=Technologie de la pierre taillée (Préhistoire de la pierre taillée, nº 4)
Linha 114:
Ficheiro:Hojita de Fresno de la Ribera.png|<center><small>Lâmina (não conserva o talão)
</gallery>
</center></small>
::À parte, distingue os tamanhos: tomando um grande número de produtos de talhe de todos os continentes considera que qualquer um que supere os 15 centímetros é já "muito grande", os 8 centímetros são o "tamanho médio" (para lascas e lâminas), sendo as "pequenas lascaas" e as "lamelas " inferiores a 2 ou 3 centímetros na sua medida maior.
'''Do ponto de vista da tecnologia lítica''' separam-se as lascas denominadas "vulgares" (aquelas das quais se desconhece a sua posição na "cadeia operatória" mas que podem ser utensílios funcionais), as ''"lascas características"'' (as que sim têm um lugar conhecido dentro da "[[cadeia operatória]]") e os "resíduos e acidentes de talhe", alguns são também ''"resíduos característicos"'', pelo qual foram cuidadosamente classificados. Além disso, estariam os materiais residuais do talhe sem mais, habitualmente, lascas excessivamente pequenas, esquírolas ou pedaços e astelas sem forma concreta. Porém, se tem de aclarar que qualquer lasca ordinária é uma ferramenta potencial.
Linha 129:
Ficheiro:Seudoburil de Siret.png|<center><small>Outro acidente de talhe, o '''pseudo-buril de Siret''', uma quebra fortuita de uma lasca
</gallery>
</center></small>
* '''Os acidentes de talhe'''. Graças aos experimentos de talhe é possível reconhecer lascas características de determinados fatos fortuitos, por exemplo, as lascas ou lâminas refletidas (nas quais a onda de fratura não chega ao final, mas vira bruscamente para a superfície do núcleo, resultando lascas curtas demais e com o gume rombo), as lascas ou lâminas ultrapassadas (é o efeito contrário, a onda de fratura vai para o interior do núcleo, resultando lascas sem fio, pois tiram toda a superfície de lascado); lascas ou lâminas rotas ao serem extraídas (a onda de fratura divide-se em numerosas ondas, partindo-se em pedaços o produto desejado), os ''"pseudo-buris de Siret"''<ref>O pseudo-buril de Siret recebe o nome por Luis Siret, o primeiro em descrevê-lo e em dar-se conta do seu parecido com certo tipo de utensílios líticos, os buris, até o ponto de se enganar, pois creu que era intencional: {{Citar periódico
|autor=SIRET, Luis