Usina Hidrelétrica de Furnas: diferenças entre revisões

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Mesmo após a consolidação do empreendimento, ainda havia oposição ao projeto, sendo por esse motivo o fechamento do reservatório marcado secretamente para 9 de janeiro de 1961. Próximo à meia noite, Flávio Lyra, diretor técnico, iniciou a operação de fechamento dos dois túneis que desviavam as águas do rio Grande. Entretanto, dias depois, quando ocorria a concretagem destes túneis, explosões causadas pela presença de gás [[metano]] oriundo da decomposição de matéria orgânica fizeram a vazão aumentar. O vazamento foi posteriomente contido com sucesso, a partir do enrocamento à montante dos túneis.<ref>{{Harvnb|Mello|2011|p=196}}</ref>
 
As águas então subiram e inundaram centros urbanos inteiros, como a cidade de [[Guapé]] e a vila de [[São José da Barra]], reconstruídas pela empresa em outros locais com infraestrutura completa. Alguns habitantes relutavam em deixar a área, sendo necessária a atuação das [[Forças Armadas]] para retirá-las. A usina e o sistema de transmissão ficaram prontos conforme programado, atendendo consideravelmetne a demanda de energia da época e afastando o risco de racionamento. Em setembro de 1963, a primeira unidade geradora entrou em operação.<ref name="revista">{{Harvnb|Furnas|2007|p=9, 11}}</ref> A barragem permitiu ainda a regulagem da vazão para as usinas à jusante, ao longo do rio Grande. Em 12 de maio de 1965, ocorreu a inauguração oficial, com a presença do então presidente [[Humberto de Alencar Castelo Branco|Castelo Branco]].<ref>{{Harvnb|Mello|2011|p=194-197}}</ref> A sexta e última unidade previstas no projeto inicial entrou em operação em julho de 1965. Entretanto, mais duas unidades geradoras foram incluídas no início da década de 1970.<ref name="características" />
 
A formação do lago exigiu a transposição do [[rio Piumhi]] em [[Capitólio (Minas Gerais)]]. Este rio originalmente desaguava no rio Grande. Contudo, a formação do lago faria com que a água transbordasse pelo canal deste rio e fosse para a [[bacia do rio São Francisco]]. Para evitar que a capacidade da represa fosse diminuída, e também evitar que a cidade de Capitólio fosse inundada, um dique foi construído para conter as águas da represa. Contudo, o rio teve seu fluxo interrompido, sendo transposto para a bacia do São Francisco.<ref>{{citar web|url=http://www.atlasdasaguas.ufv.br/grande/impactos_ambientais_relevantes_nas_bacias_dos_rios_grande_e_sao_francisco_em_minas_gerais.html|título=Transposição do rio Piumhi da bacia do rio Grande para a bacia do São Francisco|publicado=Atlas digital das águas de Minas|acessodata=2 de fevereiro de 2015|ano=2010}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.proec.ufg.br/revista_ufg/dezembro2006/textos/rio_esquecida.pdf|título=Uma transposição de rio esquecida|autor=Orlando Moreira Filho|formato=PDF|acessodata=2 de fevereiro de 2015}}</ref>