Escassez na Venezuela: diferenças entre revisões

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=== Respostas oficiais e medidas do Governo ===
 
Durante os governos de [[Hugo Chávez]] e de [[Nicolás Maduro]], houve um aumento de consumo devido ao crescente poder de compra dos venezuelanos, que não pode ser facilmente satisfeita por subsídios. O governo também responsabiliza o contrabando como um dos motivos da crise. Alexander Fleming, ex-ministro do comércio entre 2013-2014, atribui a raiz do problema aos "improdutivos parasitas", ou seja, empresas, que utilizam a moeda do Estado para levantar capital em vez de se dedicar à fornecer alimentos à população.<ref name="América Economía">{{citar web|título=Ministro Fleming culpa del desabastecimiento a empresas "parasitarias"|url=http://www.americaeconomia.com/economia-mercados/comercio/ministro-venezolano-culpa-de-desabastecimiento-empresas-parasitarias|acessodata=25 de agosto de 2014|língua=es}}</ref><br>
 
Como já dito anteriormente, uma das respostas oficiais do governo foi emitida pelo Presidente do INE, Elias Eljuri, que aponta o “excesso de apetite” como uma das causas. que uma das causas da escassez é a de que o povo está comendo muito mais.<ref name="Agencia Venezolana de Noticias" /><ref name="en.mercopress.com" /><ref name="qz.com" /><br>
De acordo com dados do Banco Central da Venezuela (BCV), os preços dos alimentos aumentaram 76,2% entre maio de 2013 e maio de 2014, e de acordo Solomon Centeno, economista e professor universitário, estima-se baseado em estatísticas que a inflação dos alimentos chegou a 100%.<ref>{{citar jornal|último1=Atahualpa|primeiro1=Lara|titulo=Alimentos aumentarían su precio en más del 100% al cierre del 2014|url=http://elimpulso.com/articulo/alimentos-aumentarian-su-precio-en-mas-del-100-al-cierre-del-2014#|acessodata=14 de outubro de 2016|agência=El Impulso|data=4 de agosto de 2014}}</ref> O BCV também registrou um déficit de bens de 26,9% em março de 2014.<ref name=IBshort>{{citar jornal|titulo=Lo que Nicolás Maduro intenta silenciar: la imagen del racionamiento en Venezuela|url=http://www.infobae.com/2014/05/30/1568900-lo-que-nicolas-maduro-intenta-silenciar-la-imagen-del-racionamiento-venezuela|acessodata=14 de outubro de 2016|agência=Infobae}}</ref><br>
 
Outros economistas estatais indicam que o governo venezuelano começou o racionamento em razão de vários problemas, incluindo uma improdutiva indústria nacional, que foi afetada negativamente por estatizações e intervenção governamental.<ref name="wsj.com">{{citar web |url=http://www.wsj.com/articles/despite-riches-venezuela-starts-food-rationing-1414025667|titulo=Despite Riches, Venezuela Starts Food Rationing|acessodata=14 de outubro de 2016|língua=inglês}}</ref><br>
De acordo com dados do Banco Central da Venezuela (BCV), os preços dos alimentos aumentaram 76,2% entre maio de 2013 e maio de 2014, e de acordo Solomon Centeno, economista e professor universitário, estima-se baseado em estatísticas que a inflação dos alimentos chegou a 100%.<ref>{{citar jornal|último1=Atahualpa|primeiro1=Lara|titulo=Alimentos aumentarían su precio en más del 100% al cierre del 2014|url=http://elimpulso.com/articulo/alimentos-aumentarian-su-precio-en-mas-del-100-al-cierre-del-2014#|acessodata=14 de outubro de 2016|agência=El Impulso|data=4 de agosto de 2014}}</ref> O BCV também registrou um déficit de bens de 26,9% em março de 2014.<ref name="IBshort">{{citar jornal|titulo=Lo que Nicolás Maduro intenta silenciar: la imagen del racionamiento en Venezuela|url=http://www.infobae.com/2014/05/30/1568900-lo-que-nicolas-maduro-intenta-silenciar-la-imagen-del-racionamiento-venezuela|acessodata=14 de outubro de 2016|agência=Infobae}}</ref><br>
Em fevereiro de 2014, o governo alegou ter apreendido mais de 3.500 toneladas de produtos, incluindo alimentos e combustíveis contrabandeados na fronteira com a Colômbia. O presidente da Assembleia Nacional, [[Diosdado Cabello]], disse que a comida confiscada deve ser oferecida para os venezuelanos, e não para “bandidos”.<ref>{{citar web|url=http://www.el-nacional.com/politica/Cabello-especial-organismos-seguridad-Apure_0_351565090.html |titulo=Cabello en Apure: Decomisamos 12.000 litros de aceites y 30 toneladas de arroz |publicado=El-nacional.com |data= |acessodata=14 de outubro de 2016}}</ref><br>
 
Em março de 2014, o presidente Maduro introduziu o "cartão seguro" usado para compras em supermercados do estado, com a finalidade de combater o contrabando e o mercado negro.<ref>{{citar jornal|titulo=Maduro anunció un sistema de racionamiento|url=http://www.infobae.com/2014/03/08/1548789-maduro-anuncio-un-sistema-racionamiento|acessodata=14 de outubro de 2016|publicação=Infobae|data=8 de março de 2014}}</ref> Meses após a introdução do cartão, que foi relatado que 503.000 venezuelanos se inscreveram neste programa.<ref>{{citar jornal|titulo=Medio Millón Se Inscribe Para La Tarjeta De Abastecimiento Seguro|url=http://runrun.es/venezuela-2/123430/medio-millon-se-inscribe-para-la-tarjeta-de-abastecimiento-seguro.html|acessodata=14 de outubro de 2016|agência=Runrunes|data=23 de maio de 2014}}</ref><br>
Outros economistas estatais indicam que o governo venezuelano começou o racionamento em razão de vários problemas, incluindo uma improdutiva indústria nacional, que foi afetada negativamente por estatizações e intervenção governamental.<ref name="wsj.com">{{citar web |url=http://www.wsj.com/articles/despite-riches-venezuela-starts-food-rationing-1414025667|titulo=Despite Riches, Venezuela Starts Food Rationing|acessodata=14 de outubro de 2016|língua=inglês}}</ref><br>
Pouco depois, em agosto de 2014, o presidente anunciou a criação de um novo sistema de digitalização de impressões digitais, cuja adesão é voluntária, também a fim de combater a escassez de alimentos.<ref>{{citar jornal|url = http://www.bbc.com/news/world-latin-america-28947552|titulo = Venezuela's Maduro: Fingerprinting at shops is voluntary|data = 26 de agosto de 2014|publicacao = BBC News|acessodata = 14 de outubro de 2016}}</ref><ref>{{citar jornal|url = http://www.eluniversal.com/economia/140829/maduro-ratifica-aplicacion-de-control-de-compras-por-huellas-dactilare|titulo = Maduro ratifica aplicación de control de compras por huellas dactilares|data = 29 de agosto de 2014|publicacao = El Universal|acessodata = 14 de outubro de 2016}}</ref> O governo venezuelano anunciou que 17.000 soldados seriam movidos na fronteira com a [[Colômbia]], com o propósito de combater o contrabando.<ref>{{citar jornal|url = http://www.bbc.com/news/world-latin-america-28727307|titulo = Venezuela to close Colombia border each night|data = 9 de agosto de 2014|publicacao = BBC News|acessodata = 14 de outubro de 2016}}</ref><ref>{{citar web|url = http://www.reuters.com/article/2014/08/09/us-venezuela-colombia-idUSKBN0G90P220140809|titulo = Venezuela to close Colombia border at night to slow smuggling|data = 9 de agosto de 2014|acessodata = 14 de outubro de 2016|publicado = Reuters}}</ref>
 
Consumidores venezuelanos expressaram posições adversas em relação a essas políticas, alegando que o sistema não faz nada para aliviar a escassez e de não estimular diretamente o aumento da produção.<ref name="wsj.com"/>
Em fevereiro de 2014, o governo alegou ter apreendido mais de 3.500 toneladas de produtos, incluindo alimentos e combustíveis contrabandeados na fronteira com a Colômbia. O presidente da Assembleia Nacional, [[Diosdado Cabello]], disse que a comida confiscada deve ser oferecida para os venezuelanos, e não para “bandidos”.<ref>{{citar web|url=http://www.el-nacional.com/politica/Cabello-especial-organismos-seguridad-Apure_0_351565090.html |titulo=Cabello en Apure: Decomisamos 12.000 litros de aceites y 30 toneladas de arroz |publicado=El-nacional.com |data= |acessodata=14 de outubro de 2016}}</ref><br>
 
Em março de 2014, o presidente Maduro introduziu o "cartão seguro" usado para compras em supermercados do estado, com a finalidade de combater o contrabando e o mercado negro.<ref>{{citar jornal|titulo=Maduro anunció un sistema de racionamiento|url=http://www.infobae.com/2014/03/08/1548789-maduro-anuncio-un-sistema-racionamiento|acessodata=14 de outubro de 2016|publicação=Infobae|data=8 de março de 2014}}</ref> Meses após a introdução do cartão, que foi relatado que 503.000 venezuelanos se inscreveram neste programa.<ref>{{citar jornal|titulo=Medio Millón Se Inscribe Para La Tarjeta De Abastecimiento Seguro|url=http://runrun.es/venezuela-2/123430/medio-millon-se-inscribe-para-la-tarjeta-de-abastecimiento-seguro.html|acessodata=14 de outubro de 2016|agência=Runrunes|data=23 de maio de 2014}}</ref><br>
 
Pouco depois, em agosto de 2014, o presidente anunciou a criação de um novo sistema de digitalização de impressões digitais, cuja adesão é voluntária, também a fim de combater a escassez de alimentos.<ref>{{citar jornal|url = http://www.bbc.com/news/world-latin-america-28947552|titulo = Venezuela's Maduro: Fingerprinting at shops is voluntary|data = 26 de agosto de 2014|publicacao = BBC News|acessodata = 14 de outubro de 2016}}</ref><ref>{{citar jornal|url = http://www.eluniversal.com/economia/140829/maduro-ratifica-aplicacion-de-control-de-compras-por-huellas-dactilare|titulo = Maduro ratifica aplicación de control de compras por huellas dactilares|data = 29 de agosto de 2014|publicacao = El Universal|acessodata = 14 de outubro de 2016}}</ref> O governo venezuelano anunciou que 17.000 soldados seriam movidos na fronteira com a [[Colômbia]], com o propósito de combater o contrabando.<ref>{{citar jornal|url = http://www.bbc.com/news/world-latin-america-28727307|titulo = Venezuela to close Colombia border each night|data = 9 de agosto de 2014|publicacao = BBC News|acessodata = 14 de outubro de 2016}}</ref><ref>{{citar web|url = http://www.reuters.com/article/2014/08/09/us-venezuela-colombia-idUSKBN0G90P220140809|titulo = Venezuela to close Colombia border at night to slow smuggling|data = 9 de agosto de 2014|acessodata = 14 de outubro de 2016|publicado = Reuters}}</ref> Consumidores venezuelanos expressaram posições adversas em relação a essas políticas, alegando que o sistema não faz nada para aliviar a escassez e de não estimular diretamente o aumento da produção.<ref name="wsj.com" />
 
[[Nicolás Maduro]] aponta ainda a [[Central Intelligence Agency|CIA]] como uma das responsáveis pela escassez de alimentos.<ref>{{citar jornal|último1=Lopez|primeiro1=Virginia|titulo=Venezuela food shortages: 'No one can explain why a rich country has no food'|url=http://www.theguardian.com/global-development/poverty-matters/2013/sep/26/venezuela-food-shortages-rich-country-cia|acessodata=14 de outubro de 2016|agência=The Guardian|data=26 de setembro de 2013}}</ref><ref>{{citar jornal|último1=Boyd|primeiro1=Sebastian|titulo=Venezuelan Default Suggested by Harvard Economist|url=http://www.businessweek.com/news/2014-09-07/venezuelan-default-suggested-by-harvard-economist|acessodata=14 de outubro de 2016|agência=Bloomberg|data=7 de setembro de 2014}}</ref><ref>{{citar jornal|último1=Sequera|primeiro1=Vivan|último2=Toothaker|primeiro2=Cristopher|titulo=Venezuela Food Shortages Reveal Potential Problems During Chavez Absence|url=http://www.huffingtonpost.com/2013/01/15/venezuela-food-shortages-chavez-absence_n_2480231.html|acessodata=14 de outubro de 2016|agência=Huffington Post|data=17 de março de 2013}}</ref>