Maria Letícia Ramolino: diferenças entre revisões

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|religião =[[Catolicismo]]
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'''Maria Letícia Ramolino''' (em [[Língua italiana|italiano]]: ''Maria Letizia Ramolino''; [[Ajaccio]], [[24 de agosto]] de [[1750]] — [[Roma]], [[2 de fevereiro]] de [[1836]]), conhecida por '''Maria Letícia Bonaparte''', '''Marie-Laetitia Ramolino Bonaparte''' ou '''Letícia Bonaparte''', para além do seu título oficial de ''Madame Mère'', foi a matriarca do clã [[Casa de Bonaparte|Bonaparte]] e mãe de [[Napoleão Bonaparte]]. Foi uma mulher austera e corajosa, que enviuvando aos 34 anos e tendo de educar isoladamentesozinha uma numerosa prole, conseguiu dar origem a um dos mais importantes clãs familiares da História europeia.
 
== Biografia ==
Maria Letícia Ramolino nasceu na [[Córsega]], filha de Angela Maria Pietra-Santa e de Giovanni Geronimo Ramolino, inspector de pontes e estradas da Córsega. O pai faleceu cedo, tendo a mãe casado em segundas núpcias com um oficial [[Suíça|suiçosuíço]] que se encontrava na ilha ao serviço das forças [[República de Génova|genovesas]], chamado François Fesch, do qual teve um filho, [[Joseph Fesch]], futuro [[cardeal]] e Primaz das Gálias. Os Ramolino eram uma família de classe média, originária da [[Itália]], mas presente na Córsega há mais de duzentos anos, com vagas ligações aristocráticas, por ser aparentada com algumas das famílias nobres de [[Génova]] e da [[Lombardia]], facto que depois a mitologia napoleónica exploraria e amplificaria.
 
Como era norma para as raparigas da época, não teve qualquer educação formal, tendo-se desde muito cedo dedicado-se àsaos aprendizagensensinamentos e aos trabalhos típicos das raparigas corsas de então.
 
Testemunhos da época afirmam que era uma das mulheres mais bonitas da [[Ajaccio]] do seu tempo, sendo a sua beleza conhecida em toda a ilha. Conta-se que quando [[Pasquale Paoli]], então ''Capu Generale di a Nazione'' do [[Reino da Córsega]], recebeu uma delegação do [[bei]] de [[Tunis]], a quem pretendia impressionar com a beleza das mulheres corsas, Maria Letícia foi uma das convidadas.
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Aquando do exílio de Napoleão para a [[ilha de Elba]], em [[1814]], junta-se ali ao filho, procurando reconfortá-lo. Voltou a encontrar o Imperador em [[1815]], último ano em que se viram.
 
Profundamente religiosa, frequentando a missa diariamente, aquando do exílio de Napoleão para a [[ilha de Santa Helena]] colocou-se sob a protecção do [[papa]], instalando-se em [[Roma]]. Naquela cidade vivia no palácio Falconieri, residência do seu meio-irmão, o cardeal [[Joseph Fesch]], mudando-se depois nopara o palácio Rinuccini.
 
Foi em Roma que ela recebeu a notícia da morte do seu filho [[Napoleão Bonaparte]], ocorrida na [[ilha de Santa Helena]] a [[22 de Julho]] de [[1821]], e foi naquela cidade que faleceu a [[2 de Fevereiro]] de [[1836]].