Podemos (Espanha): diferenças entre revisões

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A origem de Podemos encontra-se no manifesto ''Mover ficha: convertir la indignación en cambio político'', apresentado no fim de semana de 12-13 de janeiro de 2014 e difundido pela publicação digital ''[[Público (jornal espanhol)|Público]]'', que firmavam uma trintena de intelectuais, personalidades da cultura, do jornalismo e do activismo social e político, entre os que se encontravam [[Juan Carlos Monedero]], professor de Ciência Política na [[Universidad Complutense de Madrid]] (UCM); o actor [[Alberto San Juan]]; [[Jaime Pastor]], professor de Ciências Políticas na UNED; o escritor e filósofo [[Santiago Alba Rico]]; o sindicalista da [[Corriente Sindical de Izquierda]] [[Cándido González Carnero]]; ou Bibiana Medialdea, professora de [[Economia aplicada|Economia Aplicada]] na UCM. Neste manifesto expressava-se a necessidade de criar una candidatura que concorresse às eleições europeias de maio de esse ano, com o objectivo de opor-se, com uma [[Esquerda política|posição de esquerda]], às políticas da [[União Europeia]] para a [[crise económica]]. Ainda que não fosse um dos signatários do manifesto, em 14 de janeiro, anunciou-se que o professor de Ciência Política da UCM e analista político televisivo [[Pablo Iglesias Turrión|Pablo Iglesias]] encabeçaria o movimento.<ref name="carta">[http://cartamaior.com.br/?/Editoria/Internacional/Ate-onde-Podemos-/6/32362 Até onde Podemos?]. Por Fabio Mascaro Querido. ''[[Carta Maior]]'', 5 de dezembro de 2014.</ref> O incipiente movimento estava articulado pelo partido [[Izquierda Anticapitalista]], o qual havia esboçado na sua documentação interna o manifesto ''Mover ficha'', desenhado as fases para o lançamento do novo movimento e adiantado como factor determinante para o êxito da iniciativa «a presença de uma serie de personalidades com projecção mediática como cara pública do projeto». Entre os pontos programáticos ressaltados por Iglesias encontravam-se a derrogação do artigo 135 da Constituição (que havia sido reformado em setembro de 2011 por iniciativa do presidente do Governo [[José Luis Rodríguez Zapatero]] e com o apoio do [[PSOE]] e do [[Partido Popular (Espanha)|PP]]); aplicação plena do artigo 128 da Constituição ("Toda a riqueza do país nas suas distintas formas e seja qual for a sua titularidade está subordinada ao interesse geral"), já que, segundo Iglesias, não se estava a cumprir; manter o carácter público da educação e da saúde; subida de salários e reindustrialização; criação de um parque de habitação social e aplicação retroactiva da dação em cumprimento; e oposição a uma reforma restritiva da lei do[[ aborto]]. Também reclamavam a derrogação das leis sobre estrangeiros, a saída de Espanha da [[OTAN]] e pronunciavam-se a favor de que a [[Catalunha]] decida sobre a sua [[independência]]. Mas, no mês de março de 2015 Podemos renúncia reconhecer a [[independência do Kosovo]] no parlamento europeu.<ref>{{ca}} [http://www.vilaweb.cat/noticia/4235425/20150311/parlament-europeu-torna-exigir-espanya-reconegui-kossove.html El Parlament Europeu torna a exigir que Espanya reconegui Kossove]. Vilaweb, 11 de março de 2015.</ref>
 
O movimento Podemos apresentou-se oficialmente em 16 de janeiro de 2014 no Teatro de Barrio, no bairro de Lavapiés de [[Madrid]]. Deu-se uma conferência de imprensa à qual compareceram centenas de pessoas e em que intervieram, entre outros, [[Pablo Iglesias Turrión|Pablo Iglesias]], [[Juan Carlos Monedero]], a [[sindicalista]] da [[USTEA]], ativista da [[Marea Verde]] e militante da ''Izquierda Anticapitalista'',  [[Teresa Rodríguez]], a psiquiatra e membro da [[Marea Blanca]], [[Ana Castaño]], o analista e pesquisador [[Íñigo Errejón]] e o [[ativista social]] [[Miguel Urbán]], militante e cabeça de lista de ''Izquierda Anticapitalista'' por Madrid, nas eleições gerais de 2011. O seu objetivo fundamental era opor-se aos cortes nos gastos sociais que estavam sendo levados a cabo como consequência da crise económica que atravessava o país.
 
Para seguir adiante com o projeto e apresentar-se às eleições europeias de maio de esse ano, os impulsionadores impuseram três condições: que recebessem o apoio de pelo menos 50 000 pessoas na web da formação; que tanto as candidaturas como o programa político do projecto se realizassem mediante participação aberta; e que se buscasse a unidade com outros partidos e movimentos de esquerda, como Izquierda Unida, a [[CUP]], [[Partido X]], o [[Sindicato Andaluz de Trabajadores]] (SAT), [[Anova-Irmandade Nacionalista|Anova]] ou as ''mareas ciudadanas''. Os promotores do projeto declararam ter obtido as assinaturas em menos de 24 horas.