Nuno Gonçalves: diferenças entre revisões

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Aparentemente foi pintor de [[D. Afonso V]] em 1450. [[Francisco de Holanda]] no seu ''Da Pintura Antiga'' ([[Lisboa]], [[1548]]), refere-se a Nuno Gonçalves como uma das" águias" um dos mestres do século XV - mas o seu nome e os seus trabalhos perderam-se na história.
 
A sua obra prima para a catedral de Lisboa foi destruída no [[Sismo de Lisboa de 1755|terramoto de 1755]], e a sua outra obra com o tema de [[Vicente de Saragoça|São Vicente]], o santo patrono de Lisboa e da casa real de Portugal, esteve desaparecida até 1882, quando foi descoberta no convento de São Vicente. Não foi senão em 1931, quando sua obra foi exposta em Paris, que Gonçalves recebeu o reconhecimento internacional que merecia. O ''[[Painéis de São Vicente de Fora|Políptico de São Vicente]]'' (hoje no [[Museu Nacional de Arte Antiga]], Lisboa) consiste em seis paíneis, dois largos e quatro mais estreitos, dominado pela figura de São Vicente.<ref>Vitor[[Vítor Serrão]], "Polémica sobre os ''Painéis de São Vicente''", [[Público (jornal)]], 28 de Maio de 2003, [https://www.publico.pt/2003/05/28/jornal/polemica-sobre-os-paineis-de-sao-vicente-201745].</ref>
 
O primeiro estudo científico sistemático, que envolveu uma plêiade de cientistas, historiadores de arte e técnicos, ocorreu em 1994. Nesse trabalho, além de ser feito um balanço historiográfico mais ou menos fundamentado, tiraram-se algumas conclusões interessantes sobre a tecnologia de produção do painel. No entanto, as análises feitas (radiografia, reflectografia de infravermelhos, identificação de pigmentos, entre outras) não permitiram datar a obra.<ref>A. P. Abrantes, I. Vandevivere, coords., ''Nuno Gonçalves. Novos documentos. Estudo da pintura portuguesa do século XV'', Lisboa, IPM/Reproscan, 1994.</ref>