Síria: diferenças entre revisões

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|língua_oficial = [[Língua árabe|Árabe]]
|tipo_governo = [[República unitária]] [[semipresidencial]] de [[Sistema de partido dominante|partido dominante]]
|título_líder1 = [[Lista de presidentes da Síria|DitadorPresidente]]
|nome_líder1 = [[Bashar al-Assad]]{{Nota de rodapé|Posto em disputa em razão da [[Guerra Civil Síria]].}}
|título_líder2 = [[Lista de primeiros-ministros da Síria|Primeiro-ministro]]
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Antigamente, o nome de "Síria" era [[sinônimo]] de [[Levante (Mediterrâneo)|Levante]] (conhecido em árabe como ''al-Sham''), enquanto o [[Estado]] moderno abrange os locais de vários reinos e impérios antigos, como a civilização [[Ebla|eblana]], do {{AC|terceiro milênio|x}} Sua [[capital]], [[Damasco]], está entre as [[Lista das cidades mais antigas continuadamente habitadas|mais antigas cidades continuamente habitadas do mundo]].<ref>{{citar web|url=http://ancientneareast.tripod.com/Ramad.html |arquivourl=https://web.archive.org/web/20061111111827/http://ancientneareast.tripod.com/Ramad.html |arquivodata=11 de novembro de 2006 |título=Neolithic Tell Ramad in the Damascus Basin of Syria |publicadopor=Web.archive.org |acessodata=25 de janeiro de 2013}}</ref> Na era islâmica, a cidade se tornou a sede do [[Califado Omíada]] e uma capital provincial do [[Sultanato Mameluco do Egito]]. A Síria moderna foi estabelecida após a [[Primeira Guerra Mundial]] durante o [[Mandato Francês da Síria|Mandato Francês]] e era o maior Estado árabe a surgir na região do Levante, que antigamente era dominada pelo [[Império Otomano]]. O país conquistou a independência como uma [[república]] [[Parlamentarismo|parlamentar]] em 24 de outubro de 1945, quando a Síria tornou-se membro fundador da [[Organização das Nações Unidas]], um ato que legalmente pôs fim ao antigo [[Mandato Francês da Síria|domínio francês]] — embora as tropas francesas não tenham deixado o país até abril de 1946.
 
O período pós-independência foi tumultuado e vários [[golpe militar|golpes militares]] e tentativas de golpe abalaram a nação árabe no período entre 1949 e 1971. Entre 1958 e 1961, a Síria entrou em uma [[República Árabe Unida|breve união com o Egito]], que foi encerrada depois do [[golpe de Estado]] de 1961. A República Árabe da Síria surgiu no final de 1961 depois do [[referendo]] de 1 de dezembro, mas se tornou cada vez mais instável até o [[Revolução de 8 de Março|golpe de Estado de 1963]], após o qual o [[Partido Baath]] assumiu o poder. A Síria esteve sob uma lei de emergência entre 1963 e 2011, o que efetivamente suspendeu a maioria das proteções [[constituição|constitucionais]] de seus cidadãos, além de seu [[sistema de governo]] ser amplamente considerado como [[Autoritarismo|autoritário]].<ref>{{citar web|url=http://www.freedomhouse.org/report/freedom-world/2013/syria |título=Freedom on the world report |publicadopor=Freedomhouse.org |acessodata=25 de janeiro de 2013}}</ref> [[Bashar al-Assad]] é o ditadorpresidente do país desde 2000 e foi precedido por seu pai, [[Hafez al-Assad]], que governou a Síria entre 1970 e 2000.<ref name="The Sturdy House That Assad Built">{{citar web|url=http://www.foreignaffairs.com/articles/67561/michael-broening/the-sturdy-house-that-assad-built |título=The Sturdy House That Assad Built |data= 7 de março de 2011 |autor =Michael Bröning |publicadopor=The Foreign Affairs }}</ref>
 
O país é membro das [[Nações Unidas]] e do [[Movimento Não Alinhado]], mas está atualmente suspenso da [[Liga Árabe]]<ref name="NYT Arab League">{{citar jornal|url=http://www.nytimes.com/2011/11/13/world/middleeast/arab-league-votes-to-suspend-syria-over-its-crackdown-on-protesters.html |título=Arab League Votes to Suspend Syria |data=12 de novembro de 2011 |obra=The New York Times |acessodata=12 de novembro de 2011 |primeiro =Neil |último =MacFarquhar }}</ref> e da [[Organização para a Cooperação Islâmica]]<ref name="CNN OIC">{{citar jornal|url=http://edition.cnn.com/2012/08/13/world/meast/syria-unrest/index.html?hpt=hp_t1 |título=Regional group votes to suspend Syria; rebels claim downing of jet |data=14 de agosto de 2012 |publicadopor=CNN |acessodata=14 de agosto de 2012 }}</ref> e autossuspenso da [[União para o Mediterrâneo]].<ref>{{citar jornal|url=http://news.xinhuanet.com/english2010/world/2011-12/01/c_131282989.htm |título=Syria suspends its membership in Mediterranean union |data= 1 de dezembro de 2012 |agência=Xinhua News Agency }}</ref> Desde março de 2011, a forte [[Repressão política|repressão]] imposta a um levante contra Assad e o [[Baathismo|governo baathista]], como parte da [[Primavera Árabe]], contribuiu para a criação de uma grave [[Guerra Civil Síria|guerra civil]], o que tornou o país um dos menos pacíficos do mundo.<ref>{{citar web| url= http://www.telegraph.co.uk/news/worldnews/middleeast/syria/10906939/Syria-replaces-Afghanistan-as-worlds-least-peaceful-country.html |último =Sherwell|primeiro =Phillip|título= Syria replaces Afghanistan as world's least peaceful country|publicadopor= The Daily Telegraph|acessodata= 22 de setembro de 2014}}</ref> O governo provisório sírio foi formado pelo grupo da oposição [[Coalizão Nacional Síria da Oposição e das Forças Revolucionárias|Coalizão Nacional Síria]], em março de 2013. Os representantes deste [[governo alternativo]] foram posteriormente convidados a assumir o assento da Síria na Liga Árabe.<ref name=guardian.co.uk>{{citar jornal|último =Black|primeiro =Ian|título=Syrian opposition takes Arab League seat|url=http://www.guardian.co.uk/world/2013/mar/26/syrian-opposition-appeals-nato-support|jornal=[[The Guardian]]|data=26 de março de 2013}}</ref>
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[[Imagem:International Mine Action Center in Syria (Aleppo) 05.jpg|miniaturadaimagem|esquerda|Ruínas de [[Alepo]] após [[Batalha de Alepo|a batalha]] na região.]]
 
Segundo a [[Organização das Nações Unidas|ONU]] e outras organizações internacionais, [[Crime de guerra|crimes de guerra]] e [[Crime contra a humanidade|contra a humanidade]] vêm sendo perpetrados pelo país por ambos os lados de forma desenfreada.<ref>{{citar jornal|url=http://www.aljazeera.com/news/middleeast/2012/09/201291784743116694.html|título=Middle East: Widespread rights abuses alleged in Syria|agência=Al Jazeera|acessodata=2 de dezembro de 2012}}</ref> Na fase inicial da guerra, as forças leais ao governo foram os principais alvos das denúncias, sendo condenadas internacionalmente por incontáveis massacres de civis.<ref>{{citar web|url=http://blogs.aljazeera.com/topic/syria/un-report-accuses-syrian-troops-torturing-and-executing-children-and-using-children |título=UN report accuses Syrian troops of torturing and executing children, and of using children as "human shields" |publicadopor=Al Jazeera |acessodata=8 de julho de 2012}}</ref> Milícias leais ao ditadorpresidente Assad e integrantes do [[exército sírio]] foram acusadas de perpetrarem vários assassinatos e cometerem inúmeros abusos contra a população.<ref>{{citar jornal|url=http://www.news24.com/World/News/Syrian-army-behind-majority-of-abuses-UN-20120524|título=Syrian army behind majority of abuses: UN|data=24 de maio de 2012|acessodata=20 de setembro de 2012|obra=News24}}</ref> Contudo, durante o decorrer das hostilidades, as forças opositoras também passaram a ser acusadas, por organizações de direitos humanos, de crimes de guerra.<ref>{{citar web|url=http://www.hrw.org/news/2012/03/20/syria-armed-opposition-groups-committing-abuses|título=Syria: Armed Opposition Groups Committing Abuses |acessodata=20 de março de 2012|publicadopor=[[Human Rights Watch]]}}</ref> O Estado Islâmico, desde 2013, passou então a chamar a atenção pelos requintes de violência e crueldade nas inúmeras atrocidades que cometiam pelo país.<ref>[https://www.washingtonpost.com/blogs/worldviews/wp/2014/09/05/map-islamic-states-brutal-massacres-in-syria-and-iraq/ "The Islamic State's atrocities"]. Página acessada em 28 de fevereiro de 2015.</ref>
 
Para escapar da violência, mais de 5 milhões de refugiados sírios fugiram para os países vizinhos, como [[Jordânia]],<ref name=news24>{{citar web|autor =Location Settings |url=http://www.news24.com/World/News/Syria-Refugees-brace-for-more-bloodshed-20120312 |título=Syria: Refugees brace for more bloodshed |publicadopor=News24.com |data=12 de março de 2012 |acessodata=25 de janeiro de 2013}}</ref> [[Iraque]],<ref>{{citar web|autor =Lara Jakes And Yahya Barzanji |url=http://news.yahoo.com/syrian-kurds-cold-reception-iraqi-kurds-202627548.html |título=Syrian Kurds get cold reception from Iraqi Kurds |publicadopor=Yahoo! News |data=14 de março de 2012 |acessodata=30 de janeiro de 2013}}</ref> [[Líbano]] e [[Turquia]].<ref>{{citar jornal|url=http://www.guardian.co.uk/world/2013/may/16/syria-crisis-refugees-million-un |título=Syria crisis: number of refugees tops 1.5 million, says UN |obra= The Guardian|data= 16 de maio de 2013}}</ref><ref>[http://data.unhcr.org/syrianrefugees/regional.php Syria Regional Refugee Response – Demographic Data of Registered Population]. [[United Nations High Commissioner for Refugees|UNHCR]].</ref> Estima-se que 450 mil cristãos sírios fugiram de suas casas.<ref name="war">"[http://www.algemeiner.com/2013/10/18/syrian-civil-war-causes-one-third-of-country%E2%80%99s-christians-to-flee-their-homes/ Syrian Civil War Causes One-Third of Country’s Christians to Flee Their Homes ]". ''The Algemeiner Journal''. 18 de outubro de 2013.</ref> Como a guerra civil se arrasta há anos, existem fortes preocupações de que o país possa fragmentar-se e deixe de funcionar como um Estado único.<ref>{{citar jornal|título=The death of a country|url=http://www.economist.com/news/leaders/21572193-syria-disintegrates-it-threatens-entire-middle-east-outside-world-needs-act|obra=The Economist|acessodata=22 de fevereiro de 2013|data=23 de fevereiro de 2013}}</ref>
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Os [[árabes]] [[sunitas]] representam 59–60% da população, a maioria dos [[curdos]] (9%) e [[turcomanos]] (3%) é também sunita, enquanto 13% são [[xiitas]] ([[alauítas]], [[Xiismo duodecimano|duodecimanos]] e [[Ismaelismo|ismaelitas]] combinados),<ref name="USdos">{{citar web|título=Syria – International Religious Freedom Report 2006 |url=http://www.state.gov/g/drl/rls/irf/2006/71432.htm |ano=2006 |publicadopor=U.S. Department of State |acessodata=28 de junho de 2009}}</ref> 10% são [[cristãos]]<ref name="USdos" /> e 3% [[drusos]].<ref name="USdos" /> A população drusa é estimada em cerca de 500 mil e vive principalmente em [[Jabal al-Druze]].<ref name="book">{{citar livro|último =Danna|primeiro =Nissim|título=The Druze in the Middle East: Their Faith, Leadership, Identity and Status|publicadopor=Sussex Academic Press|local=[[Brighton]]|data=dezembro de 2003 |página=227 |isbn=978-1-903900-36-9 |url=https://books.google.com/?id=2nCWIsyZJxUC&pg=PA99&lpg=PA99}}</ref>
 
A família do ditadorpresidente [[Bashar al-Assad]] é alauíta, grupo que domina o governo e ocupa os principais cargos militares.<ref>[http://www.jstor.org/stable/4283331 The Alawi capture of power in Syria, Middle Eastern Studies, 1989]</ref> Em maio de 2013, o [[Observatório Sírio de Direitos Humanos]] afirmou que ao menos 41 mil alauítas foram mortos durante a guerra civil.<ref>{{citar jornal|url=http://www.reuters.com/article/2013/05/14/us-syria-crisis-deaths-idUSBRE94D0L420130514 |título=Death toll in Syria likely as high as 120,000: group |publicadopor=Reuters |data=14 de maio de 2013}}</ref>
 
Os cristãos (2,5 milhões de pessoas) estão divididos em várias [[Denominação cristã|denominações]]. A [[Igreja Ortodoxa Grega de Antioquia]] da [[Concílio de Calcedónia|Calcedônia]] compõem 35,7% da população cristã do país; os [[católicos]] (seguidores da [[Igreja Greco-Católica Melquita]], [[Igreja Católica Arménia]], [[Igreja Católica Siríaca]], [[Igreja Maronita]], [[Igreja Católica Caldeia]] e do [[Ritos litúrgicos latinos|catolicismo latino]]) compõem 26,2%; a [[Igreja Apostólica Armênia]] conta com 10,9%; a [[Igreja Ortodoxa Síria]] compõem 22,4%; a [[Igreja Assíria do Oriente]] e várias outras denominações cristãs menores representam o restante. Muitos dos sírios cristãos pertencem a uma classe socioeconômica alta dentro da sociedade local.<ref>{{citar web|autor =Tomader Fateh |url=http://www.fw-magazine.com/content/patriarch-antioch-i-will-be-judged-if-i-do-not-carry-church-and-each-one-you-my-heart |arquivourl=https://web.archive.org/web/20100302140119/http://www.fw-magazine.com/content/patriarch-antioch-i-will-be-judged-if-i-do-not-carry-church-and-each-one-you-my-heart |arquivodata=2 de março de 2010 |título=Patriarch of Antioch: I will be judged if I do not carry the Church and each one of you in my heart |obra=Forward Magazine |data=25 de outubro de 2008 |acessodata=30 de janeiro de 2013}}</ref>
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[[Imagem:Wounded_civilians_arrive_at_hospital_Aleppo.jpg|miniatura|esquerda|[[Civil|Civis]] feridos são levados para um hospital em Alepo.]]
 
As autoridades são acusadas de prender [[ativismo|ativistas]] pela [[democracia]] e os direitos humanos, além de [[Censura na Internet|censurar a ''internet'']], através da prisão de [[blogueiro]]s. Detenções arbitrárias, [[tortura]]s e desaparecimentos são crimes generalizados pelo país.<ref name="hrw.org">{{citar web|título=Syria: Events of 2008|url=http://www.hrw.org/en/node/79303|publicadopor=Human Rights Watch}}</ref> Embora a [[Constituição]] garanta a [[igualdade de gênero]], algumas [[lei]]s e o [[código penal]] acabam por discriminar [[mulher]]es e [[menina]]s. Além disso, também concede [[clemência]] para o chamado "[[crime de honra]]".<ref name="hrw.org" /> Em 9 de novembro de 2011, durante o levante contra o ditadorpresidente Bashar al-Assad, a [[Organização das Nações Unidas]] informou que, das mais de {{fmtn|3500}} mortes, cerca de 250 eram de crianças, algumas de apenas 2 anos de idade. Além disso, meninos tão jovens quanto 11 anos de idade têm sido [[Estupro coletivo|estuprados coletivamente]] por [[Oficial (militar)|oficiais]] dos serviços de segurança.<ref>{{citar jornal| url=http://online.wsj.com/article/SB10001424052970203935604577066623669457632.html |título=More than 250 children among dead, U.N. says |autor =Joe Lauria |obra=The Wall Street Journal |data=29 de novembro de 2011 |acessodata=29 de novembro de 2011}}</ref><ref>{{citar jornal|url=http://www.cnn.com/2011/11/28/world/meast/syria-un-report/index.html |título=UN report: Syrian forces commit 'gross violations' of human rights, CNN |data=29 de novembro de 2011}}</ref>
 
Em agosto de 2014, a então [[Escritório do Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos|Alto Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos Direitos]], [[Navi Pillay]], criticou a [[comunidade internacional]] por sua "paralisia" em lidar com a mais violenta guerra civil do país, que já matou mais de 200 mil pessoas em [[crimes de guerra]], de acordo com Pillay, sendo cometidos com total [[impunidade]] por todos os lados do conflito. As [[minoria]]s de alauítas e cristãos estão sendo cada vez mais atacadas por islâmicos e outros grupos que lutam na guerra civil síria.<ref>{{citar jornal| url=http://www.nytimes.com/2013/02/14/world/middleeast/christians-squeezed-out-by-violent-struggle-in-north-syria.html?pagewanted=all |título=Christians Squeezed Out by Violent Struggle in North Syria |data=13 de fevereiro de 2013 |autor =Güsten, Susanne |obra=The New York Times}}</ref><ref>{{citar jornal|título=Syria: Sunnis Threatening to Massacre Minority Alawites|url=http://www.israelnationalnews.com/News/News.aspx/151013#.T1zwtitSSMd|agência=Arutz Sheva|data=23 de dezembro de 2011|primeiro =Elad|último =Behari}}</ref>
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{{Artigo principal|Subdivisões da Síria}}
 
A Síria está dividida em 14(catorze) [[província]]s:
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| 9 || [[Homs (província)|Homs]] || [[Homs]]
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| 11 || [[Rif Dimashq]] || –