Armorial: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
EmausBot (discussão | contribs)
m A migrar 1 interwikis, agora providenciados por Wikidata em d:Q1675712
Linha 4:
'''Armorial''' é um catálogo ou compilação de armas [[heráldica]]s ou [[brasões]].
 
O uso de símbolos identificadores pessoais ou familiares é imemorial, mas a linguagem da heráldica como ela se tornou mais conhecida começou a ser articulada no século XII. Neste período inicial os brasões tinham um uso irregular, principalmente eram símbolos pessoais, e muitas vezes impermanentes. No século XIII as armas passaram a ser hereditárias, e em função do aspecto jurídico envolvido na transmissão de herança, especialmente da [[nobreza]], ficou evidente a necessidade de controlar seu uso e transmissão. Para para isso foram criados oficiais especializados, os [[reis de armas]], encarregados de elaborar os desenhos, aquando de novas concessões de honras, e de compilar as insígnias já em uso, preservando os registros em catálogos ou livros especiais, os armoriais.<ref>National Library of Ireland. [https://www.nli.ie/en/heraldry-introduction.aspx ''Office of the Chief Herald'']. </ref><ref name="Davies">Fox-Davies, Arthur Charles. ''A Complete Guide to Heraldry''. Jack, 1909, pp. 1-18; 27-48</ref>
 
Os mais antigos conhecidos datam de meados do século XIII, como o ''[[Glover's Roll]]'' (c.1245), o ''[[Liber Additamentorum]]'' de [[Matthew Paris]] (c.1250), o ''[[Rôle d'armes Bigot]]'' (c.1254), e o ''[[Dering Roll]]'' (c.1275).<ref>Planché, J.R. ''The Pursuivant of Arms; or Heraldry founded upon facts''. London, 1873, p. 31</ref><ref>Heraldica Nova — Dilthey-Project Die Performanz der Wappen. [https://heraldica.hypotheses.org/1770 ''Digitised Armorials'']. University of Münster</ref> Em Portugal o mais antigo de que se tem notícia é "hum livro pintado e dourado do Rroll dos Sygnaes e pendons dos cavalleyros portugueses que forom na Batalha do Çelado", que devia datar do século XIV, e que existia na biblioteca de D. Manuel de Castelo Branco, o segundo [[Conde de Vila Nova de Portimão]]. [[Fernão Lopes]] descreve a existência de uma tapeçaria composta como um armorial que fazia parte dos ornamentos da câmara nupcial da infanta [[Beatriz de Portugal|D. Beatriz]], filha do rei [[Fernando I de Portugal|D. Fernando I]]. Dos que chegaram aos nossos dias o mais antigo é o ''Livro do Guarda-ropa de El-Rei D. Manuel'', do século XV, que sobrevive em uma cópia posterior.<ref name="Abrantes">O Marquês de Abrantes. ''Introdução ao Estudo da Heráldica''. Série Biblioteca Breve, vol. 27. Instituto de Cultura e Língua Portuguesa, 1992, pp. 31-32</ref> O mais antigo exemplar brasileiro, mantido pelo rei de armas [[Possidônio Carneiro da Fonseca Costa]], também se perdeu.<ref>Baena, Visconde de Sanches de. ''Archivo Heraldico Genealógico''. Typographia Universal, 1872</ref> Em tempos recentes entre as mais ambiciosas compilações estão as de [[Giovan Battista di Crollalanza]],<ref>Vercellone, Guido Fagioli. "Di Crollalanza, Giovanni Battista". In: ''Dizionario Biografico degli Italiani'', Volume 39. Istituto dell’Enciclopedia Italiana, 1991</ref> de [[Johannes Rietstap]],<ref>Van Drie, Rob. "Rietstap, Johannes Baptista (1828-1891)". In: ''Biografisch Woordenboek van Nederland'', vol. 4. Den Haag, 1994</ref> e a edição revista e ampliada do ''Wappenbuch'' de [[Johann Siebmacher]], editada por Otto Titan von Hefner ''et alii''.<ref>[https://de.wikisource.org/wiki/ADB:Sibmacher,_Hans "Sibmacher, Hans"]. In: ''Allgemeine Deutsche Biographie'', Vol. 34. Duncker & Humblot, 1892, pp. 136–138 </ref>