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== Na Antiguidade Clássica ==
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Com as [[invasões bárbaras]], no início da [[Idade Média]], surgem os atores [[trovadores]] e [[menestréis]], pois os teatros haviam sido fechados ou destruídos, e esses atores ambulantes passam a se apresentar em feiras, aldeias e cidades. Na época, um [[cristão]] batizado era proibido de assistir ou participar de qualquer encenação teatral, exceto aquelas de caráter [[litúrgico]], como os autos e os mistérios.
=== As mulheres, que, desde o surgimento do [[teatro]], eram impedidas de atuar (sendo os papéis femininos representados por homens) aparecem em cena no [[teatro de rua]], com a ''[[Commedia dell'Arte]]'', a partir do século
=== Na encenação oriental, o ator é envolvido por rituais e cerimônias religiosas. Na [[China]], o ator precisa dominar o gestual, o canto e a palavra, em razão da simplicidade cenográfica e da tradição da linguagem simbólica de sua cultura. No [[Japão]], o [[Nô]] e o [[Kabuki]] são as duas formas de teatro mais conhecidas e tradicionais. ===
=== Ainda no Renascimento, quando o triunfo e o teatro de rua passam a ocupar os palcos de salas fechadas, o ator precisa reeducar sua forma de atuar, isto porque o gesto sutil do ator em cena já será suficiente para mostrar a identidade da personagem, dispensando-se os recursos utilizados ao ar livre. As biografias são típicas desse período do [[antropocentrismo]], e com elas surgem as “vedetes” do teatro. É na ''Commedia dell'Arte'' que muitos atores e atrizes vão fazer carreira com personagens fixos, alguns vivendo esses personagens até a morte. No século XVI, o [[Queen's College (Londres)]], obrigava seus alunos a assistirem ou a atuarem nas encenações teatrais, e os que se recusavam eram expulsos. ===
== Modernidade ==
No [[Iluminismo]] do século XVIII, muitas ideias e escritos filosóficos sobre a preparação e o trabalho do ator foram surgindo, porém o primeiro trabalho mais significativo foi o ''[[Paradoxo sobre o ator]]'' (''Paradoxe sur le comédien''), do francês [[Denis Diderot]] (1713-1784). No século XIX, surge a linguagem dos [[melodrama]]s, em que os atores e atrizes são o foco de atenção na [[encenação]] teatral, e o público vai ao teatro apenas para vê-los. É o chamado [[academismo]] francês e italiano. No final do século, o [[naturalismo]] começa a se firmar, e o ator a se preocupar com a verdade cênica, ou melhor, a “[[fé cênica]]”.▼
▲==== No [[Iluminismo]] do século XVIII, muitas ideias e escritos filosóficos sobre a preparação e o trabalho do ator foram surgindo, porém o primeiro trabalho mais significativo foi o ''[[Paradoxo sobre o ator]]'' (''Paradoxe sur le comédien''), do francês [[Denis Diderot]] (
O russo [[Constantin Stanislavski]] (1863-1938) dedica-se a produzir fundamentos e métodos para o trabalho do ator, contribuindo com os livros ''A preparação do ator'', ''A composição do personagem'', e ''A criação de um papel''. Sua proposta era a de que o ator lutasse contra a falsa teatralidade e o convencionalismo, desta forma utilizando as bases do naturalismo psicológico e exigindo do ator, nos ensaios ou diante do público, a concentração e a fé cênica, de modo a construir uma [[quarta parede]] imaginária. Suas ideias foram divulgadas no Brasil por [[Eugênio Kusnet]].▼
▲=== O russo [[Constantin Stanislavski]] (1863-1938) dedica-se a produzir fundamentos e métodos para o trabalho do ator, contribuindo com os livros ''A preparação do ator'', ''A composição do personagem'', e ''A criação de um papel''. Sua proposta era a de que o ator lutasse contra a falsa teatralidade e o convencionalismo, desta forma utilizando as bases do naturalismo psicológico e exigindo do ator, nos ensaios ou diante do público, a concentração e a fé cênica, de modo a construir uma [[quarta parede]] imaginária. Suas ideias foram divulgadas no Brasil por [[Eugênio Kusnet]]. ===
Paralelo ao naturalismo de Stanislavski, acontecia a concepção [[biomecânica]], de [[Meyerhold]] (1874-1942), segundo a qual os atores apareciam em forma de [[marionete]]s com múltiplas habilidades cênicas, numa [[estética]] [[Construtivismo russo|construtivista]] em que a quarta parede torna-se inviável. Gordon Craig (1872-1967) chegou a propor uma supermarionete em cena, por achar que o ator deveria ser menos sonoro e mais visual, dominando suas emoções em cena.
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