Numa e a Ninfa: diferenças entre revisões

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Numa Pompílio de Castro era um deputado, casado com uma bela mulher, Gilberta.
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Na Câmara, ele não começou de forma brilhante. Eleito por influência do sogro, o Senador Neves Cogominho, Numa não discursava bem nem apresentava bons projetos. Era um deputado medíocre.
 
A esposa, moça inteligente e ambiciosa, logo percebeu que o marido era medíocre e ficou muito contrariada. Mas conformou-se e prometeu que o ajudaria no que pudesse.
 
Um dia, Numa chegou em casa nervoso. O presidente da câmara exigiu que ele fizesse um discurso no dia seguinte. E ele não fazia idéia do que abordar.
 
Culta e informada, Gilberta encontrou a saída: ela mesma escreveria o discurso.
 
Desse dia em diante, a incompetência de Numa acabou. Com Gilberta escrevendo os discursos e projetos, ele logo passou a ser respeitado entre os políticos. Todos julgaram que, com o tempo, o rapaz tinha adquirido maturidade e competência.
 
Daí por diante, o sucesso de Numa só aumentou. Não havia questão em debate na Câmara sobre a qual ele não falasse, não desse o seu parecer, sempre sólido, sempre brilhante, mantendo a coerência do partido, mas aproveitando idéias pessoais e visões novas. Em pouco tempo, já estava apontado para ministro.
 
Um dia, Numa foi convocado para fazer outro discurso importante. Correu à Gilberta e implorou que ela lhe ajudasse mais uma vez. Gilberta pediu alguns livros sobre o assunto que abordaria e pediu que Numa a deixasse sozinha e em paz para escrever o discurso. O deputado assim o fez.
 
Quando chegou a madrugada, Numa ficou com pena da mulher, fechada na biblioteca e trabalhando por ele. Foi até lá e, pela fresta da porta, descobriu algo surpreendente: quem escrevia os discursos não era Gilberta! Era o amante dela, um primo.
 
Numa ficou doido de ciúmes. Pensou em entrar na biblioteca e matar os dois. Mas então lembrou da possibilidade de ser ministro. Voltou pé ante pé para o quarto e aceitou ser “corno” em troca de uma carreira de sucesso.{{Info/Livro
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