Escravidão no Brasil: diferenças entre revisões

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=== Escravidão entre os indígenas ===
[[Imagem:Famille d’un Chef Camacan se préparant pour une Fête.jpg|direita|thumb|"Família de um chefe camacã se prepara para uma festa", de [[Jean Baptiste Debret]] - Os índios foram os primeiros escravos no Brasil]]
[[Ficheiro:Recibo de venda da escrava nagô Francisca a Maria Antônia Teixeira.jpg|miniaturadaimagem|Recibo de venda da escrava nagô Francisca a Maria Antônia Teixeira, no valor de 430 mil réis, 1848. [[Arquivo Nacional (Brasil)|Arquivo Nacional.]]]]
[[Imagem:Recibo Compra venda escravos.jpg|thumb|Recibo de compra e venda de escravos. Rio de Janeiro, 1851.]]
 
No que viria a ser o Brasil a escravidão já era praticada pelos índios na sua forma mais primitiva bem antes da chegada dos europeus. Entre os [[tupinambá]]s, que eram [[antropófagos]], a maioria dos escravos eram capturados nas tribos inimigas e acabavam sendo devorados.<ref name = "social">PATTERSON, Orlanda. ''Escravidão e Morte Social''. Editoria EDUSP, 2008.</ref> Porém, entre a captura e a execução, eles poderiam viver como escravos durante anos. Entre os tupinambás a escravidão não tinha nenhum valor econômico. Os cativos apenas serviam para serem exibidos como troféus de valor militar e honra ou como carne a ser devorada em rituais canibalescos que poderiam acontecer até quinze anos após a captura. Os escravos eram incorporados à comunidade sendo que algumas escravas se casavam com os homens da tribo. Os cativos reconheciam-se como escravos e como homens derrotados e o sentimento de degradação entre eles era forte. Mesmo se escapassem não seriam aceitos pela sua tribo de origem, tamanho era o estigma em ter sido reduzido à escravidão, fazendo com que servissem ao seu senhor fielmente, sem a necessidade de serem vigiados. Embora os escravos fossem geralmente bem tratados entre os tupinambás, eles tinham consciência que estavam condenados e que, a qualquer tempo, poderiam ser executados e devorados em orgias canibalescas, inclusive as mulheres incorporadas à tribo como esposas.<ref name="social"/>