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Uma vez que a morte não ocorre imediatamente após a crucificação, sobreviver após um curto período de crucificação é possível, como no caso dos que escolhem a cada ano serem crucificados de forma não letal [[#Como devoção|como devoção]].
 
Há um registro antigo de uma pessoa que sobreviveu a uma crucificação que tinha objetivo de ser letal, mas foi interrompida. [[Flávio Josefo|Josefo]] escreveu: "Eu vi muitos cativos crucificados, e me lembrei de três deles como meus antigos conhecidos. Eu estava muito triste e com lágrimas em meus olhos e fui ter com [[Tito]], e contei a ele sobre meus conhecidos; então ele imediatamente ordenou que fossem retirados, e que cuidassem muito bem deles, para que se recuperassem; ainda assim dois deles morreram nas mãos do médico, enquanto o terceiro se recuperou."<ref>[{{Citar web|url=http://www.ccel.org/j/josephus/works/autobiog.htm |titulo=The Life Of Flavius Josephus],|acessodata=24/05/2018|publicado=Christian 75.Classics Ethereal Library}}</ref> Josefo não deu detalhes sobre o método ou a duração da crucificação dos três amigos antes de serem retirados.
 
==Evidência Arqueológica==
Embora o antigo historiador Josefo (e também outras fontes,{{quais}}) tenha registrado a crucificação de milhares de pessoas pelos romanos, há somente uma única descoberta arqueológica de um [[Jehohanan|corpo crucificado]] datado por volta do período de vida de Jesus. Ela foi descoberta em [[Givat HaMivtar]], Jerusalém em 1968.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Tzaferis, V. |primeiro=Vassilios|data=|ano=1970 |titulo=Jewish Tombs at and near Giv'at ha-Mivtar., Jerusalem|url=http://www.jstor.org/stable/27925208|jornal=Israel Exploration Journal Vol.|volume=20 pp. |numero=1/2|paginas=18-32.|acessodata=24/05/2018}}</ref> Não é necessariamente surpresa haver somente uma descoberta como essa, porque o corpo crucificado era normalmente deixado para apodrecer na cruz e logo não seria preservado. A única razão destes restos arqueológicos terem sido preservados foi porque membros da família deste indivíduo em particular o deram um enterro tradicional.
 
Os restos foram encontrados acidentalmente em um [[ossuário]] com o nome do homem crucificado, '[[Jehohanan]], o filho de Hagakol'.<ref>Haas,{{Citar Nicu.periódico|ultimo=Tzaferis|primeiro=Vassilios|ano=1985|titulo=Crucifixion – "AnthropologicalThe observationsArchaeological onEvidence|jornal=Biblical theArchaeology skeletalReview|numero=11|paginas=44–53}}</ref><ref>{{citar remainslivro|título=Crucifixion: fromIn Giv'atthe ha-Mivtar",Ancient IsraelWorld Explorationand Journalthe 20Folly (1-2),of 1970:the 38-59;Message Tzaferis,of Vassilios.the "Crucifixion&nbsp;–Cross|ultimo=Hengel|primeiro=Martin|editora=Augsburg TheFortress ArchaeologicalPublishing|ano=1977|local=Minneapolis|páginas=|isbn=978-0800612689|autorlink=Martin Evidence", ''Biblical Archaeology Review''Hengel|acessodata=}}</ref><ref name=":11">{{citar (February, 1985): 44–53; periódico|ultimo=Zias, |primeiro=Joseph. "|ultimo2=Sekeles|primeiro2=Eliezer|ano=1985|titulo=The Crucified Man from Giv'at Haha-Mivtar: A Reappraisal", ''|url=http://www.jstor.org/stable/27925968|jornal=Israel Exploration Journal'' |volume=35 (|numero=1),|paginas=22-27|acessodata=24/05/2018}}</ref><ref>{{Citar 1985: 22–27; [[Martin Hengelperiódico|Hengel,ultimo=Haas|primeiro=Nicu|data=|ano=1970|titulo=Anthropological Martin]].Observations ''Crucifixion inon the ancientSkeletal worldRemains and thefrom folly of the message of the cross'Giv'at (Augsburg Fortress, 1977)ha-Mivtar|url=http://www.jstor.org/stable/27925210|jornal=Israel {{ISBNExploration Journal|0volume=20|numero=1/2|paginas=38-8006-1268-X59|acessodata=24/05/2018}}.</ref><ref>{{citar Ver também [livro|url=https://books.google.com/books?id=__IOAAAAQAAJHnb67CuoHugC&pg=PA265&lpg=PA265&dq='Yehohanan+crucified|título=In Spectaclesthe Fullness of DeathTime: inA AncientHistorian RomeLooks at Christmas, byEaster, Donaldand G.the Kyle]Early pChurch|autor=Maier|primeiro=Paul L.|editora=Kregel 181Publications|ano=1997|local=Grand Rapids, nota 93Michigan|páginas=364|isbn=9780825496042|acessodata=24/05/2018}}</ref><ref>{{citar livro|url=https://books.google.com.br/books?id=Hnb67CuoHugC__IOAAAAQAAJ&pgredir_esc=PA265&lpg=PA265&dq='Yehohanan+crucifiedy|título=InSpectacles theof FullnessDeath ofin Time|autorAncient Rome|ultimo=by PaulKyle|primeiro=Donald LG. Maier|publicadoeditora=GoogleRoutledge|ano=1998|local=Florence, BooksKentucky|páginas=|isbn=978-0-8254-3329-09780415096782|anoacessodata=199724/05/2018}}</ref> Nicu Haas, um antropólogo na Universidade Hebraica de Medicina de Jerusalém, examinou a ossada e descobriu que ela possuía um osso do calcanhar com um prego na sua lateral, indicando que o homem fora crucificado. A posição do prego em relação ao osso indica que os pés foram pregados pela lateral e não pela frente; várias hipóteses foram cogitadas sobre se os pregos eles tivessem sido fixados juntos na frente da cruz, ou um no lado direito e outro do lado esquerdo. A ponta do prego possuía fragmentos de madeira de oliveira indicando que ele fora crucificado em uma cruz de desse tipo de madeira em uma oliveira de fato. Uma vez que [[Oliveira#Descrição|oliveiras]] não são muito altas, isso sugere que o condenado foi crucificado na altura da vista.
 
Adicionalmente, um fragmento de madeira de acácia foi encontrado entro os ossos e a cabeça do prego, possivelmente para impedir o condenado de deslizar seu pé sobre o prego. Suas pernas foram encontradas quebradas, possivelmente para acelerar sua morte. Achava-se que porque no período romano o ferro era raro, os pregos seriam removidos dos corpos para economizar. De acordo com Hass, isso poderia explicar porque somente um prego foi encontrado, já que a cabeça do prego em questão fora dobrada de maneira que não poderia ser removido.
 
Hass também identificou um arranhão na superfície interna do osso rádio do antebraço, próximo do pulso. Ele deduziu pela forma do arranhão, como também pelos ossos do pulso intactos, que o prego fora fixado no antebraço naquela posição. Contudo, muito das descobertas de Hass foram questionadas. Por exemplo, posteriormente foi descoberto que os arranhões na região do pulso eram não traumáticos - e, portanto, não uma evidência de crucificação - enquanto um novo exame no osso do calcanhar revelou que os dois calcanhares não foram pregados juntos, mas sim separadamente a cada lateral da viga vertical da cruz.<ref>{{citar jornal|autoresname=Zias J. & Sekeles, E. |ano=1985 |título=The Crucified Man from Giv'at ha-Mivtar":11" A Reappraisal. |periódico=Israel Exploration Journal |número=35 |páginas=22–27}}</ref>
 
==História e Textos Religiosos==
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Crucificação (ou empalamento), em uma forma ou outra, era usado pelos [[Império Aquemênida|Persas]], [[Civilização cartaginesa|Cartagineses]] e [[Antigos macedônios|Macedônios]].
 
Os Gregos eram geralmente contra a realização de crucificações.<ref>[http://www.mlahanas.de/Greeks/LX/Stavros.html Stavros, Scolops (σταῦρός, σκόλοψ). The cross;] encyclopedia Hellinica</ref> Não obstante, em seu relato ''Histories'', ix.120–122, o escritor grego [[Heródoto]] descreveu a execução de um general persa nas mãos dos atenienses por volta de 479{{Nbsp}}AEC.: "Pregaram-no em uma prancha e o penduraram-no&nbsp;... este [[Artayctes]] que morreu crucificado."<ref>Tradução de Aubrey de Selincourt. O original, "σανίδα προσπασσαλεύσαντες, ἀνεκρέμασαν&nbsp;... Τούτου δὲ τοῦ Ἀρταύκτεω τοῦ ἀνακρεμασθέντος&nbsp;...", é traduzido por Henry Cary (Bohn's Classical Library: ''Herodotus Literally Translated''. London, G. Bell and Sons 1917, pp.&nbsp;591–592) como: "Eles o pregaram na viga e o içaram&nbsp;... este Artayctes que foi içado".</ref> O ''Commentary on Herodotus'' de How e Wells afirma: "Eles o crucificaram com as mãos e pés esticados e o pregaram às partes da cruz.; cf. vii.33. Esta barbaridade, incomum entre os Gregos, pode ser explicada por enorme ojeriza ou pelo respeito ateniense aos costumes locais."<ref>W.W.{{Citar How and J. Wells, ''livro|título=A Commentary on Herodotus'' (|ultimo=Wells|primeiro=Joseph|editora=Clarendon Press,|outros=Colaboração Oxfordde 1912),Walter vol.Wybergh How|ano=1912|volume=2, p. 336|local=Oxford|páginas=236-236}}</ref>
 
Alguns [[Teologia|teólogos]] cristãos, partindo de escritos de [[Paulo de Tarso|Paulo]] [[Tarso| de Tarso]] em [[Epístola aos Gálatas|Gálatas]]
({{Citar Bíblia |livro=Gálatas|capítulo=3|verso=13|}}), interpretaram uma alusão à crucificação em {{Citar Bíblia |livro=Deuteronômio|capítulo=21|verso=12|verso_final=23}}. Esta passagem é sobre ser enforcado em uma árvore e pode ser associada com [[linchamento]] ou enforcamento tradicional. Contudo, a lei hebraica limitava a pena capital a somente quatro métodos de execução: apedrejamento, cremação, estrangulamento e decapitação, enquanto que a passagem em Deuteronômio foi interpretada como uma obrigação de pendurar o corpo como aviso.<ref>SeeVer Mishnah, Sanhedrin 7:1, traduzido em Jacob Neusner, The Mishnah: A New Translation 591 (1988), supra notonota 8, em 595-96 (indicando que a corte ordenou a execução por apedrejamento, fogueira, decapitação ou somente estrangulamento).</ref> O fragmento do Testamento Aramaico de Levi (DSS 4Q541) registra na coluna 6: "Deus... (parcialmente legível)-'' definirá '' ... certos erros . ... (parcialmente legível)-''Ele julgará'' ... pecados revelados. Investigue e procure e descubra como Jonas chorou. Assim, você não destruirá os fracos descartando-os ou por ... (parcialmente legível)-''crucificação'' ... Não permita que o prego o toque."<ref>[{{Citar web|url=http://www.bibliotecapleyades.net/scrolls_deadsea/uncovered/uncovered05.htm|titulo=Dead Levi,''AramaicSea TestamentScrolls of Levi'' 4Q541 column 6]Uncovered|acessodata=2018-05-24|obra=www.bibliotecapleyades.net}}</ref>
 
O rei judeu [[Alexandre Janeu]], rei da Judeia de 103{{Nbsp}}AEC. a 76{{Nbsp}}EC., crucificou 800 rebeldes, ditos [[Fariseus]], no meio de Jerusalém.<ref>{{citar livro|url=https://books.google.com/books?id=pbpSjsz_uY8C&pg=PA46 |primeiro =Wenhua |último =Shi |título=Paul's Message of the Cross As Body Language |publicado=Mohr Siebeck |ano=2008 |isbn=978-3-16-149706-3 |página=46}}</ref><ref>{{citar livro|url=https://books.google.com/books?id=2g7hBhKI31QC&pg=PA110 |primeiro =James C. |último =VanderKam |título=The Dead Sea Scrolls and the Bible |publicado=Eerdmans |ano=2012 |isbn=978-0-8028-6679-0 |página=110}}</ref>
 
A [[Alexandre, o Grande]] é reputada a crucificação de 2.000 sobreviventes do [[Cerco de Tiro|cerco]] da cidade [[Fenícia]] de [[Tiro]],<ref>[{{Citar web|url=http://www.livius.org/aj-al/alexander/alexander_t09.html|titulo=The Quintus Curtius Rufus, ''Historysiege of AlexanderTyre the(332 GreatBCE) of- Macedonia'' 4Livius|acessodata=2018-05-24|obra=www.4livius.21]org|lingua=en}}</ref> como também a do médico que tratou sem sucesso o amigo de Alexandre, [[Heféstio]]. Alguns historiadores também conjeturaram que Alexandre crucificou [[Calístenes]], seu biógrafo e historiador oficial, por objetar a adoção de Alexandre pela cerimônia persa da [[Proskynesis|adoração real]].
 
Em [[Cartago]], a crucificação era uma forma de execução estabelecida, que poderia ser imposta até a generais por sofrerem uma grande derrota.<ref>{{citar livro| url=https://books.google.com/books?id=h-VlDC4Jt6gC&pg=PT92&lpg=PT92|primeiro =Richard A.|último =Gabriel |título=Hannibal |publicado=Potomac Books|ano=2011|isbn=978-1-59797-766-1}}</ref><ref>{{citar livro|url=https://books.google.com/books?id=tGQBAAAAQAAJ&pg=PA302|primeiro =Henry George|último =Liddell|título=A History of Rome|publicado=Oxford University Press|ano=1855|página=302}}</ref><ref>{{citar livro|url=https://books.google.com/books?id=o_pZEpbG498C&pg=PA23|primeiro =Robin|último =Waterfield|título=Polybius. The Histories|publicado=Oxford University Press|ano=2010|isbn=978-0-19-953470-8|página=23}}</ref>
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A hipótese de que a forma adaptada de crucificação dos [[Roma Antiga|Romanos Antigos]] pode ter sido originada do costume primitivo ''arbori suspendere''—pendurar em ''arbor infelix'' ("árvore maldita") dedicada aos deuses do mundo inferior — é rejeitada por William A. Oldfather, que mostrou que esta forma de execução (o ''supplicium more maiorum'', castigo de acordo com os modos dos ancestrais) consistia em suspender alguém em uma árvore, sem dedicação a nenhum deus em particular, e açoitando-o até a morte.<ref>{{citar web|url=http://penelope.uchicago.edu/Thayer/E/Journals/TAPA/39/Supplicium_de_More_Maiorum*.html|título=Livy I.26 and the Supplicium de More Maiorum|publicado=Penelope.uchicago.edu|acessodata=2018-05-12}}</ref> [[Tertuliano]] mencionou um caso no século I no qual árvores foram usadas para crucificação,<ref>{{citar web|url=http://www.grtbooks.com/exitfram.asp?idx=3&yr=200&aa=AA&at=AA&ref=tertullian&URL=http://www.tertullian.org/latin/apologeticus.htm |título=''Apologia'', IX, 1 |publicado=Grtbooks.com|acessodata=2018-05-12}}</ref> mas [[Sêneca]] previamente utilizou a frase ''infelix lignum'' (madeira infeliz) para a estaca ("patibulum") ou para a cruz toda.<ref>Após citar um poema de [[Caio Cílnio Mecenas|Mecenas]] que fala sobre preferir vida à morte mesmo quando a vida é sofrida com todas as dificuldades da idade avançada ou mesmo com tortura pesada ("vel acuta si sedeam cruce"), Sêneca discorda do sentimento, dizendo que a morte seria melhor para uma pessoa crucificada dependurada no ''patibulum'': "Eu deveria julgá-lo mais desprezível se eu quisesse viver ao ponto da crucificação &nbsp;... Vale muito a pena sentir a própria ferida a pendurar-se de um patibulum??&nbsp;... Alguém já foi encontrando, após ser amarrado àquela madeira amaldiçoada, já enfraquecido, já deformando, com inchaços terríveis nos ombros e peito, com muitas razões para morrer mesmo antes de chegar à cruz, desejaria prolongar a vida que está prestes a sofrer tantos tormentos?" ("Contemptissimum putarem, si vivere vellet usque ad crucem&nbsp;... Est tanti vulnus suum premere et patibulo pendere districtum&nbsp;... Invenitur, qui velit adactus ad illud infelix lignum, iam debilis, iam pravus et in foedum scapularum ac pectoris tuber elisus, cui multae moriendi causae etiam citra crucem fuerant, trahere animam tot tormenta tracturam?" - [http://www.thelatinlibrary.com/sen/seneca.ep17-18.shtml Letter 101, 12-14])</ref> [[Platão]] e [[Plutarco]] são as duas fontes principais de criminosos carregando seu próprio patíbulo à execução.<ref>Titus Maccius Plautus ''Miles gloriosus'' Mason Hammond, Arthur M. Mack - 1997 Page 109, "O patíbulo (na próxima linha) era uma viga a qual o criminoso condenado carregava nos seus ombros, com seus braços amarrados nela ao lugar para&nbsp;... içado à viga vertical, o patíbulo se tornava a viga cruzada da cruz."</ref>
 
Famosas crucificações em massa se seguiram à [[Terceira Guerra Servil]] in 73-71{{Nbsp}}AEC (a rebelião de escravos sob o comando de [[Espártaco]]), outras às [[guerras civis romanas]] nos séculos II e I{{Nbsp}}AEC., e à [[Destruição de Jerusalém]] em 70{{Nbsp}}EC. [[Crasso]] crucificou 6.000 dos seguidores de Espártaco caçados e capturados após sua derrota em batalha.<ref>{{Citar web|url=http://penelope.uchicago.edu/Thayer/E/Roman/Texts/Appian/Civil_Wars/1*.html#120|titulo=Appian • The Civil Wars — Book I|acessodata=2018-05-24|obra=penelope.uchicago.edu}}</ref> Josefo registrou a história dos Romanos crucificando pessoas ao longo das muralhas de Jerusalém. Também registrou que os soldados romanos se deliciavam crucificando criminosos em diferentes posições.
 
[[Constantino]], o primeiro [[Imperador Romano|imperador]] cristão, aboliu a crucificação no Império Romano em 337 devido à veneração por [[Jesus Cristo]], sua mais famosa vítima.<ref name="britannica">{{citar web|url=https://www.britannica.com/biography/Jesus/The-picture-of-Christ-in-the-early-church-The-Apostles-Creed#ref1228719|título=Encyclopædia Britannica Online: crucifixion|autor =Encyclopædia Britannica|publicado=Britannica.com|acessodata=2018-05-12}}</ref><ref>[https://books.google.com/books?id=GGJmFIf6mtIC Dictionary of Images and Symbols in Counselling By William Stewart] 1998 {{ISBN|1-85302-351-5}}, p. 120</ref><ref>{{citar web|url=https://veja.abril.com.br/mundo/crucificacao-a-abominavel-humilhacao-retomada-pelo-estado-islamico/|título=Crucificação: a abominável humilhação retomada pelo Estado Islâmico|publicado=Veja.com|acessodata=2018-02-12}}</ref>
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{{Citar Bíblia |livro=Lucas|capítulo=23|verso=33| citação=Quando chegaram ao lugar chamado Calvário, ali o crucificaram a ele, e também aos malfeitores, um à direita, e outro à esquerda.}},
{{Citar Bíblia |livro=João|capítulo=19|verso=23| citação=Os soldados, depois de terem crucificado a Jesus, tomaram-lhe as vestes (dividiram-nas em quatro partes, uma para cada um), e também a túnica. Ora a túnica não tinha costura, porque era toda tecida de alto a baixo.}}
{{Citar Bíblia |livro=Mateus|capítulo=27|verso=35| verso_final=36| citação=Depois de o crucificarem, repartiram entre si as vestes dele, deitando sortes; e sentados, ali o guardavam.}} </ref> e colocadas em exibição pública<ref name=":8" /><ref name=":4" /> enquanto eram lentamente torturadas até a morte de modo que pudessem servir como um espetáculo e dissuasão.<ref name=":7" /><ref name=":9" />
e colocadas em exibição pública<ref name=":8" /><ref name=":4" /> enquanto eram lentamente torturadas até a morte de modo que pudessem servir como um espetáculo e dissuasão.<ref name=":7" /><ref name=":9" />
 
De acordo com o [[Direito Romano]], se um escravo assassinasse seu senhor ou senhora, todos os escravos do senhor ou senhora seriam crucificados como punição.<ref name=Barth>{{citar livro|último1 =Barth |primeiro1 =Markus |último2 =Blanke |primeiro2 =Helmut |título=The Letter to Philemon: A New Translation with Notes and Commentary |data=2000 |publicado=Wm. B. Eerdmans Publishing |isbn=9780802838292 |página=16 |url=https://books.google.com/books?id=W6l4jhzIg7oC&pg=pa16 |língua=en}}</ref> Ambos homens e mulheres eram crucificados.<ref>{{citar livro|último1 =Barry |primeiro1 =Strauss |título=The Spartacus War |data=2009 |publicado=Simon & Schuster |isbn=9781439158395 |url=https://books.google.com/books?id=j3LowhKACVwC&pg=pa193 |página=193}}</ref><ref>[[Flávio Josefo]], ''[[Antiguidades Judaicas]]'' 18.3.4</ref><ref name=":4">{{citar livro|título=Crucifixion in Antiquity: An Inquiry into the Background and Significance of the New Testament Terminology of Crucifixion |último =Samuelsson |primeiro =Gunnar |publicado=Mohr Siebeck |ano=2013 |isbn=9783161525087 |local= |páginas=7}}</ref> [[Tácito]] registrou em seus ''[[Anais (Tácito)|Anais]]'' que quando Lucius Pedanius Secondus foi assassinado por um escravo, alguns senadores tentaram impedir a crucificação em massa dos seus quatrocentos escravos<ref name="Barth" /> porque havia muitas mulheres e crianças, mas por fim a tradição venceu e eles foram todos executados.<ref>Tacitus. ''Annals'', Book 14, [[wikisource:The Annals (Tacitus)/Book_14#42|42-45]].</ref> Embora nenhuma evidência conclusiva de crucificação feminina, a mais antiga imagem de uma crucificação romana pode ser de uma mulher crucificada, seja ela real ou imaginária.{{nota de rodapé|É um grafite encontrado em uma taberna em Puteoli, datada do tempo de [[Trajano]] ou [[Adriano]] (final do século I ao início do século II). Uma inscrição sobre o ombro esquerdo da pessoa indica "{{lang|grc|Ἀλκίμιλα}}" (Alkimila), um nome feminino. Não está claro, contudo, se a inscrição foi escrita pela mesma pessoa que desenhou a figura ou foi adicionada mais tarde por outrem. Também não se sabe se o grafite tinha por objetivo representar um evento real, sem ser, talvez, o desejo do autor de ver alguém crucificada, ou como uma piada. Como está, o grafite sozinho não fornece evidência de uma crucificação feminina.<ref name="Cook" />}} A crucificação era uma morte tão pérfida e [[humilhação|humilhante]] que o assunto era de alguma forma um tabu na cultura romana, e algumas poucas crucificações foram especificamente documentadas. Uma das poucas crucificações femininas que temos documentada é a de Ida, uma [[Liberto|liberta]] (ex-escrava) que foi crucificada por ordem de Tibério.<ref>{{citar livro|último1 =Barry |primeiro1 =Strauss |título=The Spartacus War |data=2009 |publicado=Simon & Schuster |isbn=9781439158395}}</ref><ref>{{citar livro|último1 =Josephus|título=Josephus: Essential Writings|data=1990|publicado=Kregel Academic|páginas=265}}</ref>