Mwene Nzinga Mbandi: diferenças entre revisões

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Foi aprimorado a introdução do artigo, ampliando a atuação de Njinga e sua origem.
Foi adicionado o contexto de escravização e colonização portuguesa em que surge Njinga e seu povo.
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{{História de Angola}}
 
'''Dona Ana de Sousa''', também conhecida como '''Ngola Ana Nzinga Mbande''', '''Rainha N'Ginga''', '''Rainha Ginga''', '''rainha Nzinga''', '''Nzinga I''', '''rainha Nzinga Ndongo''', '''Nzinga Mbandi''', '''Nzinga Mbande''', '''Jinga''', '''Singa''', '''Zhinga''', '''Ginga''', '''Ana Nzinga''', '''Ngola Nzinga''', '''Nzinga

== deContexto Matamba''',em '''rainhaque Nzinghasurge deNjinga Ndongo''', '''Ann Nzingha''', '''Nxingha''' e '''Mbande Ana Nzingha''', nascida '''Nzinga Mbande Cakombe''' ==
 
Lançadas no [[Século XV|séc XV]] pelos [[europeus]], as explorações marítimas tinham o intuito de conquistar novos territórios, e uma dessas expedições levam os [[portugueses]] para a [[África]], mais especificamente para uma região conhecida atualmente como [[Angola]].
 
Após um longo período de [[circum-navegação]], em [[1560]] o português [[Paulo Dias de Novais]] aportou próximo às margens do [[rio Kwanza]] em Ndongo, acompanhado de [[Companhia de Jesus|jesuítas]], [[Comerciante|comerciantes]] e [[Dignitário|dignitários]] portugueses. Após sua chegada , são conduzidos a Ndongo para  se encontrar com o rei Ngola Kiluanje Kia Ndambi, avô de Ngola Mbande, que autoriza os portugueses a ficarem na região. Durante sua estadia, os portugueses testemunham uma [[sociedade]] organizada e [[Hierarquia|hierarquizada]] com bastante conhecimento de [[metalurgia]] [[agricultura]], comércio e [[Pecuária|criação de gado]], criando então um relatório relacionando as riquezas da região.
 
Cinco anos depois o rei do Ndongo permite que [[Paulo Dias de Novais]] volte a Portugal com a condição de voltar a região com um exército para combater os reinos vizinhos. Entretanto, em [[1575]], [[Paulo Dias de Novais]] volta ao Ndongo seguido por [[Caravela|caravelas]] com soldados, com o intuito de tomar a região a força em nome de [[Portugal]]. Pegos de surpresa os habitantes do Ndongo resistem da forma que podem sobre a força portuguesa, mas são obrigados a se renderem devido ao poderio [[Arma|bélico]] dos portugueses.
 
Nesse mesmo local, fundam a cidade portuária de [[Luanda|São Paulo da Assunção de Loanda]], desembarcando grande quantidade de mercadores, [[Camponês|camponeses]], [[Missão no Cristianismo|missionários]] que acabam herdando terras conquistadas na região.
 
Não encontrando minas de ouro e prata os portugueses decidem [[Escravidão|escravizar]] a população da região para alimentar a [[mão de obra]] da [[Colónia|colônia]] brasileira.
 
== Biografia ==
[[Ficheiro:Nzinga Mbandi Queen of Ndongo and Matamba Portuguese.pdf |300px|left|thumb|[[História em quadrinhos]] sobre Nzinga Mbandi Rainha de Ndongo, produzida por [[Pat Masioni]] para a [[UNESCO]]]]<br>
Nzinga viveu durante um período em que o [[Escravidão em África|tráfico de escravos africanos]] e a consolidação do poder dos portugueses na região estavam a crescer rapidamente. Era filha de Nzinga a Mbande Ngola Kiluaje e de Guenguela Cakombe, e irmã do ''ngola'' [[Ngola Mbandi]] (o [[Régulo (governante)|régulo]] de Matamba), que, tendo se revoltado contra o domínio português em [[1618]], foi derrotado pelas forças sob o comando de [[Luís Mendes de Vasconcelos]]. O seu nome surge nos registos históricos três anos mais tarde, como uma enviada de seu irmão, numa conferência de paz com o governador português de [[Luanda]]. Após anos de incursões portuguesas para capturar escravos, e entre batalhas intermitentes, Nzinga negociou um [[tratado]] de termos iguais, [[Conversão (religião)|converteu-se]] ao [[cristianismo]] para fortalecer o tratado e adotou o nome português "dona Ana de Sousa".