Guarda Real dos Archeiros: diferenças entre revisões

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{{Info/Unidade Militar
A '''Guarda Real dos Archeiros''', o corpo de guardas que tradicionalmente garantia a segurança do perímetro da [[Universidade de Coimbra]], era antigamente conhecida por “Os Verdeais”, uma alusão à cor verde da sua farda, composto por casacão cinzento esverdeado, calças cinzentas, boné de pala e espada. Os archeiros continuam ainda hoje a acolher os visitantes do Paço das Escolas da Universidade de Coimbra e, em dias de cerimónia, trajam o uniforme de gala que complementam com espada e [[alabarda]].<ref>{{citar web|url=http://visit.uc.pt/saladasarmas/|site=Visit Universidade de Coimbra|titulo=Sala dos Archeiros|acessodata=2018-05-09}}</ref>
|nome_da_unidade= Guarda Real dos Archeiros
|imagem =Archeiro - Roque Gameiro (in Álbum de Costumes Portugueses, 1888).png
|legenda_imagem = Um archeiro da Guarda Real, pintado por [[Alfredo Roque Gameiro]], 1888
|país = Portugal
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A '''Guarda Real dos Archeiros''' constituiu a guarda palaciana dos Monarcas Portugueses, desde o [[século XVI]] até ao final da Monarquia em Portugal em 1910. Os seus membros estavam armados com [[albarda]]s, sendo por isso o corpo também designado '''Guarda Real dos Alabardeiros'''.
 
A Guarda Real dos Archeiros transformou-se numa guarda essencialmente cerimonial, sendo a segurança efetiva dos Monarcas e da Família Real assegurada por unidades regulares do [[Exército Português]], sendo alguns regimentos de elite selecionados para esta função.
 
==História==
Antes da existência da Guarda Real dos Archeiros, o Rei [[João II de Portugal|D. João II]] havia criado a Guarda de Ginetes, um corpo de cavalaria ligeira (ginetes) encarregue de assegurar a sua proteção. O Rei [[Manuel I|D. Manuel I]] manteve a Guarda de Ginetes, estabelecendo que a mesma seria composta de 200 gienetes. A Guarda de Ginetes foi aparentemente descontinuada no tempo do Rei [[João III|D. João III]], sabendo-se que este monarca passeava por locais públicos com pouca ou nenhuma segurança.
 
A Guarda Real dos Archeiros foi criada pelo Rei [[Sebastião I de Portugal|D. Sebastião]], como uma companhia de alabardeiros a pé, sendo todos os seus membros portugueses e tendo como seu primeiro capitão Francisco de Sá de Meneses, conde de Matosinhos.
 
Em [[1580]], [[Filipe II de Espanha]] assumiu a Coroa de Portugal, estabelecendo a [[União Ibérica]] e nomeado o arquiduque [[Alberto VII, Arquiduque da Aústria|Alberto da Áustria]] como [[vice-Rei de Portugal]], com residência em [[Lisboa]]. O arquiduque Alberto manteve a Guarda Real dos Archeiros, mas acrescentou-lhe uma segunda companhia, constituída por archeiros alemães. A Guarda - com as companhias Portuguesa e Alemã - foi mantida pelos seguintes vice-reis, sendo usada essencialmente na sua proteção, uma vez que os reis não residiam em Portugal.
 
No [[século XVI]], outras guardas semelhantes foram criadas em Portugal, respetivamente pela [[Universidade de Coimbra]] e pelos [[duque de Bragança|duques de Bragança]]. A [[Corpo de Archeiros da Universidade de Coimbra|primeira - ainda hoje existente]] - era responsável pela polícia da universidade e da cidade de [[Coimbra]], sendo a segunda responsávela pela guarda ducal.
 
A [[1 de dezembro]] de [[1640]], a independência de Portugal foi restaurada, tornando-se, o duque de Bragança, Rei de Portugal como [[João IV de Portugal|D. João IV]]. D. João IV manteve a Guarda Real dos Archeiros com as companhias Portuguesa e Alemã, mas acrescentando-lhe a nova Companhia do Príncipe, formada a partir da sua anterior guarda ducal de archeiros.
 
A Guarda Real dos Archeiros acabou por se tornar gradualmente numa guarda cerimonial e palaciana. A proteção militar dos Monarcas e Família Real passou a ser assegurada por unidades do Exército e da Armada. Como em Portugal nunca existiram unidades militares com a função específica de guarda real - exceto por breves períodos do [[século XIX]] - a segurança real era assegurada por unidades militares regulares, sendo alguns regimentos de elite preferidos para tal função.
 
A Guarda acompanhou a trasnferência da Família Real para o Brasil em 1807. Quando em 1822, foi declarada a independência do Brasil, o Imperador [[Pedro I do Brasil|D. Pedro I]] criou a Guarda Imperial dos Archeiros, inspirada na Guarda portuguesa.
 
Por Decreto de 28 de agosto de 1833, as três companhias da Guarda Real dos Archeiros foram fundidas numa única só, constituída apenas por portugueses. A Guarda existiu até ao final da Monarquia em 5 de outubro de 1910.
 
==Ver também==
*[[Corpo de Archeiros da Universidade de Coimbra]]
{{Commons category|Guarda Real dos Archeiros}}
 
{{referências}}
 
[[Categoria:UniversidadeMonarquia de CoimbraPortugal]]
[[Categoria:Guardas municipaisUnidades do BrasilExército Português]]
 
[[en:Royal Guard of the Archers]]