Música do Brasil: diferenças entre revisões

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A '''música do Brasil''' é uma das expressões mais importantes da [[cultura brasileira]]. Formou-se, principalmente, a partir da fusão de elementos [[Brasileiros brancos|europeus]], [[Povos indígenas do Brasil|indígenas]] e [[Afro-brasileiros|africanos]], trazidos por [[Colonização do Brasil|colonizadores portugueses]] e pelos [[Escravidão no Brasil|escravos]].
 
Até o século XIX, Portugal foi a principal porta de entrada para a maior parte das influências que construíram a [[música]] [[brasil]]eira, tanto a erudita como a popular, introduzindo a maioria do [[instrumento musical|instrumental]], o sistema [[harmonia (música)|harmônico]], a literatura musical e boa parcela das formas musicais cultivadas no país ao longo dos séculos, ainda que diversos destes elementos não fossem de origem portuguesa, mas genericamente europeia. A maior contribuição do elemento africano foi a diversidade [[ritmo|rítmica]] e algumas [[dança]]s e instrumentos — a exemplo do [[Maracatu Nação|maracatu]] —, que tiveram um papel maior no desenvolvimento da música popular e folclórica. O indígena praticamente não deixou traços seus na corrente principal, salvo em alguns gêneros [[folclore|folclóricos]] de ocorrência nacional regional.
 
A partir de meados do século XVIII se intensificou o intercâmbio cultural com outros países além da metrópole portuguesa, provocando uma diversificação, como foi o caso da introdução da [[ópera]] [[Itália|italiana]] e [[França|francesa]], das danças como a [[zarzuela]], o [[bolero]] e [[habanera]] de origem [[Espanha|espanhola]], e das [[valsa]]s e [[polca]]s [[Alemanha|germânicas]], que se tornaram vastamente apreciadas. Com a crescente influência de elementos melódicos e rítmicos africanos, a partir de fins do século XVIII a música popular começou a adquirir uma sonoridade caracteristicamente brasileira, que se consolida na passagem do século XIX para o século XX principalmente através da difusão do [[lundu]], do [[frevo]], do [[choro]] e do [[samba]].
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No século XX verificou-se um extraordinário florescimento tanto no campo erudito como no popular, influenciado por uma rápida internacionalização da cultura e pelo desenvolvimento de um contexto interno mais rico e propício ao cultivo das artes. É o período em que a música nacional ganha também em autonomia e identidade própria, embora nunca cessasse — e de fato crescesse — a entrada de novas referências estrangeiras. A produção de [[Villa Lobos]] é o primeiro grande marco do brasilianismo musical erudito, mais tarde desenvolvido por muitos outros compositores, e combatido por outros, que adotam estéticas como o [[dodecafonismo]] e mais tarde a [[música concreta]] e a [[música eletrônica]]. No mesmo período a música popular ganha o respeito das elites e consolida gêneros que se tornaram marcas registradas do Brasil, como o samba e a [[bossa nova]], ao mesmo tempo em que o [[rock]] e o [[jazz]] norte-americanos são recebidos no país com grande sucesso, adquirem feições próprias e conquistam legiões de fãs. Gêneros regionais de origem folclórica como a [[música sertaneja]], o [[baião]], o [[forró]] e vários outros também ganham força e são ouvidos em todo o território nacional.
 
Esse crescimento exponencial em quantidade e qualidade da atividade musical ao longo do século XX, que inclui o surgimento de inúmeras escolas básicas e academias superiores, gravadoras, fábricas de instrumentos, orquestras sinfônicas e conjuntos diversificados, emissoras de rádio e televisão, editoras de partituras, festivais e outras vias de produção e divulgação, tornou a música brasileira conhecida e apreciada internacionalmente, sendo objeto também de intenso estudo especializado no Brasil e no estrangeiro.
 
==Música erudita==