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'''Vaga-lume''' ou '''pirilampo''' <ref>{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=OOCSYWCKv4wC|titulo=Guia de uso do português: confrontando regras e usos|ultimo=Neves|primeiro=Maria Helena de Moura|data=2003-01-01|editora=Editora UNESP|isbn=9788571394575|lingua=pt}}</ref><ref>{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=ARCFAQAAQBAJ|titulo=Não Tropece na Língua: Lições e curiosidades do português brasileiro|ultimo=Piacentini|primeiro=Maria Tereza de Queiroz|data=2012-11-01|editora=Editora Bonijuris|isbn=9788565017039|lingua=pt}}</ref> são denominações comuns de [[inseto]]s [[coleóptero]]s das famílias [[Elateridae]], [[Phengodidae]] ou [[Lampyridae]], notórios por suas [[Bioluminescência|emissões de luz]] [[Fosforescência|fosforescente]]. As suas [[larva]]s alimentam-se principalmente de [[vegetal|vegetais]] e outros insetos menores.<ref>[http://super.abril.com.br/superarquivo/1996/conteudo_115734.shtml Superinteressante ed.111/dez 96]</ref> Também, há espécies com hábitos terrícolas, que roem raízes e base do caule de plantas.<ref>{{citar web|url=http://www.ufrrj.br/institutos/ib/ento/tomo08.pdf|titulo=Insetos do Brasil Tomo 8. Coleópteros|data=1952|acessodata=|publicado=Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro: Rio de Janeiro|ultimo=Costa Lima|primeiro=A.}}</ref><ref>{{Citar periódico|ultimo=Gomes Gonçalves|primeiro=Marcos Paulo|data=Dezembro 2017|titulo=Relationship Between Meteorological Conditions and Beetles in Mata de Cocal|url=http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0102-77862017000400543&lng=en&nrm=iso&tlng=pt|jornal=Revista Brasileira de Meteorologia|volume=32|numero=4|paginas=543–554|doi=10.1590/0102-7786324003|issn=0102-7786|acessodata=}}</ref> A espécie de vaga-lume mais comum no Brasil é a ''Lampyris noctiluca'', na qual apenas os machos são alados.
 
== Luminosidade ==
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== Famílias ==
* Os [[Elateridae|elaterídeos]] (Elateridae), também chamados ''salta-martins'' ou ''besouros tec-tec'' têm cor variante do castanho escuro ao marrom avermelhado. Na parte anterior do tórax, duas manchas que, quando apagadas, têm coloração alaranjada. Usa-se achar que essas manchas são os olhos do pirilampo. Mas são suas "lanternas". Uma terceira lanterna fica no abdómenabdômen e só entra em actividadeatividade quando o insecto está voando. É tão desenvolvida que chega a emitir um facho de luz de quase um metro de diâmetro. Esses vaga-lumes costumam voar muito alto, acima da copa das árvores. A luz que emitem é contínua. Na lanterna torácica, a luz tem uma tonalidade esverdeada. Na lanterna abdominal, é amarelo-alaranjada. O ciclo de vida dos elaterídeos é longo: dois ou mais anos. Os adultos vivem somente no verão, períodos em que se acasalam. Os ovos são postos em madeiras semi-apodrecidas no interior das matas. Após cerca de quinze dias, surgem as primeiras larvas (chamadas ''larvas-arame''), que passarão quase dois anos comendo outros insectos e crescendo, até se transformarem nas [[pupa]]s, que irão depois converter-se em insectos adultos.
* Nos [[Phengodidae|fengodídeos]] (Phengodidae), também chamados ''trenzinhos'', as fêmeas sempre têm aspecto larvar. São somente conhecidas como bondinho eléctrico ou trem de ferro. Algumas espécies de fengodídeos emitem luz vermelha, na região da cabeça, e esverdeada no corpo. Outras emitem luz esverdeada em todo corpo. Os machos, alados, têm pontinhos luminosos em posição e número variáveis, todos no [[abdómen]]. Sabe-se que as larvas gostam de comer gongolos, o popular piolho-de-cobra. E são muito vorazes; sugam toda a parte mole do corpo do bicho, dispensando as partes duras. Emitem luz contínua e vivem no chão, à procura de suas presas.
* Os [[Lampyridae|lampirídeos]] (Lampyridae) têm um [[ciclo de vida|ciclo biológico]] longo. Variam muito de cor, do castanho-claro ou escuro ao castanho-amarelado ou avermelhado. As lanternas ficam no ventre e variam de tamanho e disposição. Emitem luz esverdeada intermitente durante as poucas horas do entardecer. Habitam matas, campos e cerrados, preferindo os lugares úmidos e alagadiços como os brejeiros. Adultos e larvas alimentam-se com frequência de caramujos. Em algumas espécies as fêmeas também têm aspecto de larvas, que emitem sua luz por órgãos luminescente situados no abdómen.
 
== Nomes ==
O nome "pirilampo" tem origem no [[Língua grega|grego]], ''peri''=em volta e ''lampein''= Luz, tendo sido supostamente empregado pela primeira vez na língua portuguesa por dona [[Joana Josefa de Meneses]], Condessa da Ericeira. "Vaga-lume" viria de "vaga-lume", e este, segundo o [[Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea]], é [[eufemismo|eufemização]] de "caga-lume", sinónimo de formação popular. São também conhecidos os nomes "lampíride", "lampírio", "lampiro', "lumeeira", "lumeeiro", "mosca-de-fogo", "pirífora", "salta-martim". Desses sinônimos, vários são brasileiros, alguns de origem lusitana. "Lampíride" vem do [[Língua grega|grego]] ''lampyrís'', através do [[latim]] ''lampyride''<ref>FERREIRA, A. B. H. ''Novo Dicionário da Língua Portuguesa''. Segunda edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. p.1 007</ref>. "Noctiluz" vem do latim ''nox'', ''noctis'' (noite) e do português "luz"<ref>FERREIRA, A. B. H. ''Novo Dicionário da Língua Portuguesa''. Segunda edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. p.1 196</ref>. "Pirífora" vem da junção dos gregos ''pÿr'', ''pyrós'' (calor, fogo)<ref>FERREIRA, A. B. H. ''Novo Dicionário da Língua Portuguesa''. Segunda edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. p.1 338</ref> e ''phorós'', ''ós'', ''ón'' ("que leva, que conduz")<ref>FERREIRA, A. B. H. ''Novo Dicionário da Língua Portuguesa''. Segunda edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. p.802</ref>. "Uauá" é um termo de origem [[Língua tupi|tupi]].<ref>FERREIRA, A. B. H. ''Novo Dicionário da Língua Portuguesa''. Segunda edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. p.1 732</ref>.
{{Correlatos
|commons = Lampyris noctiluca