A Loucura sob Novo Prisma: diferenças entre revisões

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Seus trabalhos na Câmera Municipal do Rio de Janeiro (a capital do país) revelam que o Dr Bezerra de Menezes estava atento para questões psicossociais (no modo como as compreendemos hoje). Participou da campanha [[Abolicionismo no Brasil|abolicionista]] e publicou o ensaio "A escravidão no Brasil e as medidas que convém tomar para extingui-la sem dano para a Nação" (1869), onde incluía recomendações não só a libertação dos escravos, mas também a inserção e adaptação dos mesmos na sociedade por meio da educação. Nessa perspectiva destaca-se ainda no seu trabalho como deputado o projeto de lei destinado à regulamentar o trabalho doméstico, visando conceder a essa categoria, inclusive, o aviso prévio de 30 dias.
[[Ficheiro:A Escravidão no Brasil.png|thumb|200px|Capa do livreto "''A escravidão no Brasil e as medidas que convém tomar para extingui-la sem dano para a Nação''", de 1869.]]
Entre os estudos e pesquisas sobre terapêutica e medicina do Dr. Bezerra de Menezes, merece ser citado seu interesse pela [[Tratamento espiritual|medicina medianímica]] inclusive com experimentos pessoais (ou pesquisa de campo) com o ''médium receitista'' [[João Gonçalves do Nascimento]] (1844 - 1916) com parecer favorável sobre sua eficácia.<ref group="primaria">MONTEIRO, Eduardo Carvalho. Memórias de Bezerra de Menezes. SP, Madras, 2005 p.29-31</ref><ref group="primaria">SOARES, Sylvio Brito. “Vida e Obra de Bezerra de Menezes.” Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira, 1963.</ref> Fez diversas recomendações contra a proibição dessa prática, acusada por vezes de feitiçaria, <ref group = "Nota" name = "Código Penal" /> e à demanda por estudos e verificação estatística de seus resultados, em artigos publicados na sua coluna "Espiritismo, Estudos Filosóficos" no Jornal "O Paiz" entre 1887 e 1895, da capital republicana da época (o [[Rio de Janeiro (estado)|Rio de Janeiro]]), onde assinava com pseudônimo de Max.<ref group="primaria">MENEZES, Adolfo Bezerra de (Max). Espiritismo, estudos filosóficos. 3 V. v.2 SP, FAE - Fraternidade Assistencial Esperança, 2001</ref>
 
Segundo Monteiro<ref group="secundaria">MONTEIRO, E. Carvalho, 2005 o.c. p.53</ref> um de seus importantes biógrafos, no livro “A loucura sob novo prisma” o Dr. Bezerra de Menezes reafirma a harmonia possível entre a religião e o progresso científico (ver carta a seu irmão sobre sua conversão ao Espiritismo),<ref group="primaria">MENEZES, Adolfo Bezerra de. A Doutrina Espírita como Filosofia Teogônica" ou "Uma carta de Bezerra de Menezes" (réplica ). Publicada postumamente pela FEB em 1946 [http://bvespirita.com/Uma%20Carta%20de%20Bezerra%20de%20Menezes%20(Bezerra%20de%20Menezes).pdf PDF, Set. 2013]</ref> uma constante preocupação de sua época e ambiente intelectual das suas relações sociais (jornalistas, administradores, políticos, profissionais liberais, etc.) que não se conformavam com o seu compromisso com a doutrina espírita. De acordo com esse autor a tese central deste livro é a de que a loucura não pode ser considerada sob um único prisma, tendo em vista o grande número de casos em que não se apresenta qualquer lesão cerebral e que a ciência não pode ignorar a outra causa da loucura, proveniente de [[Obsessão (espiritismo)|obsessão espiritual]], exigindo, por isso mesmo, tratamento específico.