William S. Burroughs: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Linha 83:
O biógrafo Ted Morgan argumentou que: "Como a coisa mais importante sobre Graham Greene era seu ponto de vista como católico, a coisa mais importante sobre Burroughs era sua crença no universo mágico. O mesmo impulso que o levou a lançar maldições Foi, como ele viu, a fonte de sua escrita ... Para Burroughs por trás da realidade cotidiana, havia a realidade do mundo espiritual, das visitas psíquicas, das maldições, dos seres de possessão e fantasmas."<ref>Morgan, Ted (1988). ''Literary Outlaw.'' Pimlico.</ref>
 
Burroughs era inabalável em sua insistência de que sua escrita em si tinha um propósito mágico.<ref>"It is to be remembered that all art is magical in origin - music sculpture writing painting - and by magical I mean intended to produce very definite results..." – William S. Burroughs, Essay on Brion Gysin for ''Contemporary Artists'', ed. Naylor and P-Orridge (1977). As quoted in Brion Gysin and Terry Wilson, ''Here to Go: Planet R101'' (1982).</ref><ref>"I will examine the connections between so-called occult phenomena and the creative process. Are not all writers, consciously or not, operating in these areas?" – William S. Burroughs, ''Technology of Writing'', included in ''The Adding Machine: Collected Essays''. 1985. John Calder Ltd.</ref><ref>"'''JT:''' Rather than simply informing us of a vision of the future, as in ''The Wild Boys'', I feel the ultimate end of your fiction is a kind of alchemy - magic based on precise and incantatory arrangement of language to create particular effects, such as the violation of Western conditioning. '''WB:''' I would say that that was accurate... Of course the beginning of writing, and perhaps of all art, was related to the magical. Cave painting, which is the beginning of writing... The purpose of those paintings was magical, that is to produce the effect that is depicted." – William S. Burroughs, interviewed by John Tytell, New York, 24th March 1974. Transcript published in ''A Burroughs Compendium: Calling the Toads'' (1998).</ref><ref>"'''NZ:''' Your work often seems more primitive, ritualistic or magical perhaps. '''WB:''' It's supposed to be, yes. It's supposed to have an element of magical invocation." – William S. Burroughs, interviewed Nicholas Zurbrugge. Transcript published in ''My Kind of Angel,'' 1998.</ref><ref> name= ''Queer'', Penguin, 1985.</ref> Isso foi particularmente verdadeiro quando se tratou do uso da técnica de corte. Burroughs estava convencido de que a técnica tinha uma função mágica, afirmando que "os cortes não são para fins artísticos".<ref name=Harris>[[#refHarris|Harris, Oliver. ''William S. Burroughs: Beating Postmodernism'']]</ref> Burroughs usou seus cut-ups para "guerra política, pesquisa científica, terapia pessoal, adivinhação mágica e conjuração".<ref name=Harris /> - a idéia essencial é que os cortes permitiram ao usuário "quebrar as barreiras que cercam a consciência".[110] Como o próprio Burroughs afirmou:
 
<blockquote>Eu diria que a minha experiência mais interessante com as técnicas anteriores foi a percepção de que quando você faz cut-ups você não consegue simplesmente justaposições aleatórias de palavras, que elas significam algo, e freqüentemente que esses significados se referem a algum evento futuro. Eu fiz muitos recortes e depois reconheci que o recorte referia-se a algo que eu li mais tarde em um jornal ou livro, ou algo que aconteceu ... Talvez os eventos sejam pré-escritos e pré-gravados e quando você corta linhas de palavras que o futuro vaza.<ref name=Burroughs>[[#refBurroughs|Burroughs, William S. ''The Job: Interviews with William S. Burroughs'']]</ref></blockquote>
 
== Morte ==
Burroughs morreu em Lawrence, às 6:50 horas do dia 2 de agosto de 1997, de complicações de um [[infarto do miocárdio|ataque cardíaco]] que tinha sofrido no dia anterior. Ele foi enterrado no jazigo da família no [[Cemitério Bellefontaine]] em [[St. Louis (Missouri)|Saint-Louis]],<ref>{{findagrave|6201607}}</ref><!-- nessas coordenadas: {{coor d|38.690310|N|90.231720|W}}--> com um marcador que tem o seu nome completo e o [[epitáfio]] ''American Writer'' ("escritor estadunidense"). O túmulo encontra-se à direita do [[obelisco]] de granito branco de [[William Seward Burroughs I]] (1857-1898).