Eleição presidencial no Brasil em 1985: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Aleth Bot (discussão | contribs)
Linha 28:
|partido2 = Partido Democrático Social
|partido2_sigla = PDS
|estado_de_origem2 = [[São Paulo (estado)|São Paulo]]
|estados_vencedores2 =
|candidato_vice2 = [[Flávio Portela Marcílio|Flávio Marcílio]]
Linha 59:
 
[[Imagem:Tancredo Neves e Aécio Neves.jpg|250px|esquerda|thumb|[[Tancredo Neves]] é saudado por populares em [[Brasília]]. Ao fundo, olhando para a câmera, está o então secretário particular de Tancredo, seu neto [[Aécio Neves]] ([[1984]]).]]
Durante o ano de [[1984]], o [[Partido Democrático Social]] (PDS), sucessor da antiga [[Aliança Renovadora Nacional|ARENA]] e partido de apoio ao Regime Militar, celebrou uma espécie de eleição primária para escolher seu candidato à Presidência da República nas eleições de [[1985]]. Duas pré-candidaturas então surgiram: a do ex-governador de [[São Paulo (estado)|São Paulo]] e então deputado federal Paulo Maluf (com o deputado federal cearense Flávio Marcílio para Vice-Presidente) e a do ex-Ministro dos Transportes do Governo [[Emílio Garrastazu Médici|Médici]], o coronel gaúcho [[Mário Andreazza]] (com o ex-governador de [[Alagoas]] [[Divaldo Suruagy]] para Vice-Presidente). Maluf derrotou Andreazza na Convenção Nacional do PDS, contando com o apoio do ideólogo do Regime Militar, o general [[Golbery do Couto e Silva]], mas encontrou forte oposição de caciques nordestinos, notadamente [[Antônio Carlos Magalhães]], [[Hugo Napoleão do Rego Neto|Hugo Napoleão]], [[Roberto Magalhães]], entre outros. Estes descontentes, após a vitória de Maluf na eleição primária do PDS, saíram do partido e formaram a chamada [[Frente Liberal]].
 
A Aliança Democrática foi uma coligação entre o [[Partido do Movimento Democrático Brasileiro|PMDB]], o principal partido de oposição ao Regime Militar e os dissidentes do PDS que formavam a Frente Liberal. Esta dissidência acabaria por formar o [[Partido da Frente Liberal|PFL]] (atualmente o [[Democratas (Brasil)|Democratas]]). Sarney, ex-presidente do PDS, se filiou ao PMDB, disputando o pleito para vice-presidente. A dissidência foi fundamental para a vitória de Tancredo, já que o TSE, antes do pleito, decidiu que mesmo dissidentes, poderiam votar no candidato de sua preferência. Mesmo sendo indireta, a oposição mobilizou a população em dezenas de comícios em todo o país. No colégio eleitoral, formado por deputados federais, senadores, e delegados de cada Assembleia Legislativa dos Estados. Tancredo recebeu os votos do seu partido, o PMDB, da Frente Liberal do PDS, do PDT, PTB, de 5 dissidentes do PT (que tinha 13 deputados, e expulsou esses deputados, após a eleição). Dois deputados da oposição, um do PDT e outro do PTB, votaram em Maluf.