Sé de Angra do Heroísmo: diferenças entre revisões

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É a sede do [[Bispado de Angra]], que engloba o arquipélago dos Açores, constituindo-se como o maior templo religioso da cidade e da área urbana classificada como Património da Humanidade.
 
O actual edifício, foi construído sobre a anterior Igreja de São Salvador, datada provavelmente de 1496; da primitiva igreja resta o altar mor, situado debaixo da capela; este edifício actual teve a sua construção iniciada em 1570 e foi alvo de diversos restauros devido a vários danos causados por condições meteorológicas adversas ou a calamidades, como o [[Sismo dos Açores de 1980|terremoto de 1980]] ou o incêndio de 1984.
 
A Sé é caracterizada por uma sóbria fachada de duas [[Campanário|torres sineiras]], e apresenta um interior com tecto esculpido em cedro, azulejaria do século XVII, uma galeria de pinturas retratando os bispos de Angra, esculturas do século VII, mobiliário em jacarandá e um [[Órgão (instrumento musical)|órgão]] de grandes dimensões.
 
== História ==
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Aqui foi realizada a cerimónia de batismo de [[Ngungunhane]] e seus companheiros de [[exílio]], a [[16 de abril]] de [[1899]], pelo bispo de Angra, D. [[Francisco José Ribeiro de Vieira e Brito]], tendo como padrinhos os principais notáveis da ilha.
 
O [[terramoto de 1980]] causou extensos danos ao edifício. Com os trabalhos de restauração a decorrer, a [[5 de julho]] de [[1983]] registou-se a derrocada de uma das torres e em [[25 de setembro]] daquele ano,<ref>[{{citar web | url=http://www.jornaldapraia.com/noticias/ver.php?id=577 | título= Igreja da Sé – a 1ª Catedral dos Açores] | publicado=www.jornaldapraia.com }}.</ref> um grande [[incêndio]] que destruiu por completo as talhas douradas dos [[altar]]es, os [[Órgão (instrumento musical)|órgãos de tubos]]<ref name="ReferenceA">O denominado "órgão grande", localizado originalmente do lado da Epístola, fora doado por [[Maria I de Portugal]], a pedido do Bispo D. Frei João Marcelino. O segundo, denominado como "órgão pequeno", encontrava-se do lado do Evangelho e foi o primeiro órgão construído pelos organeiros [[João Nicolau Ferreira]] e padre [[Silvestre Serrão]], em [[1850]].</ref> e o teto em caixotões.
 
Nessas catástrofes perdeu-se um enorme espólio artístico, principalmente de [[Barroco em Portugal|decoração barroca]], mas foi possível reedificar o templo que manteve a sua imponência e continua a ser o centro religioso dos Açores e um importante centro cívico da cidade, onde decorrem os mais proeminentes acontecimentos.
 
Encontra-se classificada como [[Monumento Regional]] pela Resolução n.º 41/80, de 11 de Junho, classificação consumida por inclusão no conjunto classificado da [[Zona Central da Cidade de Angra do Heroísmo]], conforme a Resolução n.º 41/80, de 11 de Junho, e artigo 10.º e alínea a) do artigo 57.º do [{{citar web | url=http://dre.pt/pdf1s/2004/08/199A00/56845696.pdf | título= Decreto Legislativo Regional n.º 29/2004/A, de 24 de Agosto] | publicado=dre.pt }}.
 
Em torno da construção existiu sempre um amplo adro. Esse adro, com escadaria para a rua da Sé, foi melhorado em [[1845]] na frente para a rua do Salinas. Esse adro alberga em nossos dias uma [[estátua]] do [[Papa João Paulo II]], comemorativa da sua visita, em [[11 de maio]] de [[1991]].
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Outro conjunto de sinos encontra-se nas Arcadas do Adro Sul, voltado à Rua da Rosa, junto com o antigo relógio da Sé. Estão fendidos, e, por isso, fora de serviço, mas guardam muitas memórias colectivas. O sino grande tem uma cruz latina em alto-relevo com dois círculos rendilhados e as inscrições: F''austino Alves Guerra o fez em Lisboa no anno de [[1782]]''. No segundo sino consta: ''Francisco Rodrigues Bellas o fez em Lisboa no anno de [[1843]]'', onde se vê o símbolo do [[Espírito Santo]] (a pomba) e dois círculos rendilhados no [[bronze]]. Um terceiro sino não tem qualquer inscrição.
 
No [[campanário]] central do frontispício foram colocados, no ano de [[2005]], dois sinos novos de serviço ao relógio monumental da cidade, a expensas da paroquia da Sé, onde se lê em ambos o seguinte: ''A fundição de sinos de Braga. [{{citar web | url=http://www.jeronimobraga.com.pt/ | título= Serafim da Silva Jerónimo] | publicado=www.jeronimobraga.com.pt }}, Braga. Ano de 2005'', com uma cruz latina floreada com o pé.
 
Na torre poente, no último mês de ano [[2010]] foi instalado um carrilhão constituído por 19 sinos, representando todos os concelhos que formam a [[Região Autónoma dos Açores]].
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== Curiosidades ==
{{TriviaCuriosidades|data=abril de 2018}}
de 2018}}
* Encontra-se orientado para o Norte, em vez de ao Leste, para [[Jerusalém]] e o nascer do [[Sol]]. A razão para este fato foi a falta de espaço quando da reconstrução do mesmo em fins do século XVI. Por essa razão, o altar-mor do primitivo templo encontra-se sob a Capela do lado do Santíssimo. Muito deste terreno foi doado pelo nobre angrense [[Estevão Cerveira Borges]] que, também afirma-se, condicionou a doação a ter a frente da Sé para a sua residência.
* Aqui se encontra sepultado, embora em local hoje incerto, [[Pero Anes do Canto]], [[Provedoria das Armadas|Provedor das Armadas]] e que é considerado como o maior impulsionador do cultivo do [[vinho]] [[verdelho]] não apenas na Terceira, mas em outras ilhas do arquipélago, como na [[Ilha de São Jorge]], nomeadamente na [[Fajã de São João]].
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* [http://rotadascatedrais.com/ Rota das Catedrais]
 
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[[Categoria:Angra do Heroísmo]]
[[Categoria:Igrejas da Região Autónoma dos Açores]]