Estação Ferroviária de Lousado: diferenças entre revisões

EmSegundo o Directório da Rede 2011, publicado pela [[Rede Ferroviária Nacional]] em 25 de Março de 2010, a estação do Lousado possuía 4quatro vias de circulação, com comprimentos entre os 222 e 1153 m; todas as 4quatro plataformas têmtinham 70 cm de altura, apresentando duas 220 m de extensão, e as restantes 150 m.<ref>{{citar jornal|paginaspagina=67, -68|título=Directório da Rede 2011|data=25 de Março de 2010|editora=Rede Ferroviária Nacional}}</ref>

Esta interface situa-se no troço da Linha do Minho entre [[Estação de Porto-Campanhã|Porto]] e [[Estação de Nine|Nine]], que foi inaugurado em 21 de Maio de 1875, em conjunto com o [[Ramal de Braga]].<ref>{{Citar jornal|titulo=Troços de linhas férreas portuguesas abertas à exploração desde 1856, e a sua extensão|paginaspagina=528-530|volume=69|data=16 de Outubro de 1956|jornal=Gazeta dos Caminhos de Ferro|numero=1652|url=http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/GazetaCF/1956/N1652/N1652_master/GazetaCFN1652.pdf| acessodata=5 de Agosto de 2013}}</ref>

Em 31 de Dezembro de 1883, a [[Companhia do Caminho de Ferro de Guimarães]] abriu à exploração o primeiro troço da Linha de Guimarães, da [[Estação Ferroviária da Trofa (antiga)|Trofa]] a [[Estação de Vizela|Vizela]].<ref name=Gazeta1686>{{Citar jornal| autor=[[Carlos Manitto Torres|TORRES, Carlos Manitto]]|titulo=A evolução das linhas portuguesas e o seu significado ferroviário|paginas= 133-140|volume=71|numero=1686|data=16 de Março de 1958|jornal=Gazeta dos Caminhos de Ferro|url= http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/GazetaCF/1958/N1686/N1686_master/GazetaCFN1686.pdf|acessodata=17 de Dezembro de 2016}}</ref>

Em 16 de Abril de 1901, foi noticiado que a [[Companhia do Caminho de Ferro do Porto à Póvoa e Famalicão]] pediu a concessão de uma linha de Lousado até [[Estação Ferroviária de Mindelo|Mindelo]], que serviria para ligar a [[Linha da Póvoa]] à de Guimarães.<ref>{{Citar jornal|titulo=Há 50 anos|paginas=76|volume=64|numero=1520|data=16 de Abril de 1951|jornal=Gazeta dos Caminhos de Ferro| url=http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/GazetaCF/1951/N1520/N1520_master/GazetaCFN1520.pdf|acessodata=17 de Dezembro de 2016}}</ref> Em 1 de Julho de 1901, foi noticiado que este projecto tinha sido recusado, uma vez que iria prejudicar a Linha do Minho, que perderia o tráfego entre Guimarães e o [[Porto]].<ref>{{Citar jornal|paginaspagina=160, -168|titulo=Há 50 anos|data=1 de Julho de 1951|jornal=Gazeta dos Caminhos de Ferro|volume=64|numero=1525|url=http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/GazetaCF/1951/N1525/N1525_master/GazetaCFN1525.pdf|acessodata=17 de Dezembro de 2016}}</ref>

Na altura da sua inauguração, a Linha de Guimarães utilizava bitola métrica, e aproveitava a plataforma de via da Linha do Minho entre Lousado e [[Estação Ferroviária da Trofa (antiga)|Trofa]], no sistema de via algaliada.<ref>{{citar jornal|autor=[[José Fernando de Sousa|SOUSA, José Fernando de]]|paginaspagina=99|titulo=Um caso lamentável: A Ponte do Ave na Linha do Minho|data=16 de Fevereiro de 1937 |volume=49|numero=1180|jornal=Gazeta dos Caminhos de Ferro|url=http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/GazetaCF/1937/N1180/N1180_master/GazetaCFN1180.pdf|acessadoem=5 de Novembro de 2013}}</ref> Esta situação, que era suposto ser apenas provisória, acabou por se tornar definitiva, tendo o troço em comum gerado grandes problemas de tráfego para ambas as linhas.<ref name=Gazeta1180/> Assim, quando na Década de 1920 se iniciaram as preparações para a fusão entre as Companhias de Guimarães e da Póvoa, o estado impôs a construção de uma via independente para a Linha de Guimarães entre as duas estações, incluindo uma ponte nova sobre o [[Rio Ave]].<ref name=Gazeta1180>{{citar jornal|autor=SOUSA, José Fernando de|paginaspagina=99-100| titulo=Um caso lamentável: A Ponte do Ave na Linha do Minho|data=16 de Fevereiro de 1937|jornal=Gazeta dos Caminhos de Ferro| volume=49|numero=1180|url= http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/GazetaCF/1937/N1180/N1180_master/GazetaCFN1180.pdf| acessadoem=17 de Dezembro de 2016}}</ref>

Em 14 de Janeiro de 1927, a Companhia de Guimarães fundiu-se com a [[Companhia do Caminho de Ferro do Porto à Póvoa e Famalicão]], formando a [[Companhia dos Caminhos de Ferro do Norte de Portugal]]<ref name=Gazeta1686/>, sem ter sido ainda construído o novo troço da Trofa ao Lousado, motivo pelo qual o estado continuou a insistir neste ponto.<ref>{{citar jornal|autor=SOUSA, José Fernando de|titulo= Interêsse Regional e Nacional: A Transversal de Trás-os-Montes|paginaspagina=150-151|data=1 de Abril de 1935|jornal= Gazeta dos Caminhos de Ferro|volume=47|numero=1135|url=http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/GazetaCF/1935/N1135/N1135_master/GazetaCFN1135.pdf| acessadoem=11 de Dezembro de 2016}}</ref>

A Companhia do Norte foi integrada na [[Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses]], que começou a explorar as antigas linhas daquela empresa no dia 1 de Janeiro de 1947.<ref>REIS ''et al'', p. 2006:62-63</ref>

Um diploma do [[Ministério das Comunicações (Portugal)|Ministério das Comunicações]], publicado no Diário do Governo n.º 115, II Série, de 19 de Maio de 1948, aprovou o projecto da Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses para ampliar a estação de Lousado e construir uma concordância para ligar directamente a Linha de Guimarães à Linha de Famalicão, embora este projecto deveria ser completado com um estudo sobre os dispositivos de segurança a utilizar e obras necessárias numa passagem de nível já existente.<ref>{{Citar jornal|titulo=Parte Oficial|paginaspagina=354-356|data=16 de Junho de 1948|jornal=Gazeta dos Caminhos de Ferro|volume=60| numero=1452|url=http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/GazetaCF/1948/N1452/N1452_master/GazetaCFN1452.pdf|acessadoem=17 de Dezembro de 2016}}</ref>

Um despacho de 9 de Dezembro de 1948, publicado no Diário do Governo n.º 297, II Série, de 23 de Dezembro, aprovou os projectos da Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses para aditamentos ao indicador geral do serviço que prestam as estações e apeadeiros e aos quadros de distâncias quilométricas de aplicação nas linhas do Minho e Douro, de forma a que o apeadeiro de Lousado na Linha do Minho e a estação de Lousado na Linha de Guimarães passassem a ser uma só estação, com o mesmo nome, sendo estabelecidas distâncias próprias para a nova estação.<ref>{{Citar jornal|titulo=Parte Oficial|paginaspagina=224-227|numero=1470|data=16 de Março de 1949|jornal= Gazeta dos Caminhos de Ferro|volume=61|url=http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/GazetaCF/1949/N1470/N1470_master/GazetaCFN1470.pdf|acessadoem=17 de Dezembro de 2016}}</ref>

Em 1949, foi algaliada a linha entre [[Estação de Famalicão|Famalicão]] e Lousado.<ref>REIS ''et al'', p. 2006:102</ref> Esta obra permitiu que fossem feitos comboios directos da [[Estação Ferroviária de Póvoa de Varzim|Póvoa de Varzim]] a Guimarães e [[Estação de Fafe|Fafe]].<ref>{{Citar jornal|autor=[[José da Guerra Maio|MAIO, José da Guerra]]|paginaspagina=267-268|titulo=Porto-Póvoa-Famalicão-Guimarães-Fafe|jornal=Gazeta dos Caminhos de Ferro|numero=1472|volume=62|data=16 de Abril de 1949|url=http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/GazetaCF/1949/N1472/N1472_master/GazetaCFN1472.pdf|acessodata=17 de Dezembro de 2016}}</ref>

Em 1954, a estação de Lousado ganhou uma menção honrosa simples no XIII Concurso das Estações Floridas.<ref>{{citar jornal|paginaspagina= 365|titulo=XIII Concurso das Estações Floridas|jornal=Gazeta dos Caminhos de Ferro|volume=67|numero=1608|data=16 de Dezembro de 1954 |url=http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/GazetaCF/1954/N1608/N1608_master/GazetaCFN1608.pdf|acessadoem=17 de Dezembro de 2016}}</ref>

Na primeira metade da Década de 1980, foi criado o núcleo museológico de Lousado, instalado nas antigas cocheiras da estação, no âmbito de um programa da [[Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses]] para preservar o seu património histórico.<ref>MARTINS ''et al'', p. 1996:47</ref>

Em 1986, foi formado o Gabinete do Nó Ferroviário do Porto, que tinha como objectivo desenvolver as ligações ferroviárias à cidade do [[Porto]] e aos seus arredores.<ref name=CFR1996:224/> Neste sentido, programou-se a duplicação e electrificação da via, remodelação de estações e apeadeiros e modernização da sinalização e telecomunicações nos troços de [[Estação de Ermesinde|Ermesinde]] a [[Estação de Braga|Braga]] e de Lousado a Guimarães, sendo este último adaptado a via larga.<ref name=CFR1996:224/> Em Janeiro de 1996 foi terminado o estudo prévio para a remodelação entre Lousado e [[Estação de Nine|Nine]], e nesse ano já estavam em fase de conclusão os projectos de remodelação de Lousado a [[Estação de Santo Tirso|Santo Tirso]] e [[Estação de São Romão|São Romão]], esperando-se que as respectivas obras se iniciassem no último trimestre de 1996.<ref name=CFR1996:224>MARTINS ''et al'', p. 1996:224-226</ref> O objectivo destas obras era melhorar as condições de serviço dos comboios, possibilitando a criação de vários serviços suburbanos de passageiros, incluindo um semi-rápido cadenciado de [[Estação de São Bento|São Bento]] a [[Estação de Braga|Braga]], que passaria por Lousado.<ref>MARTINS ''et al'', p. 1996:227</ref>

Em 19 de Janeiro de 2004, a Linha de Guimarães foi reaberta após a modernização.<ref>{{citar web|url=http://www.publico.pt/local/noticia/nova-linha-ferroviaria-de-guimaraes-inaugurada-amanha-1182555|título=Nova linha ferroviária de Guimarães inaugurada amanhã|acessodata=17 de Dezembro de 2016|publicado=Público|data=18 de Janeiro de 2004}}</ref><ref>REIS ''et al'', p. 2006:237</ref>

*{{Citar livro|autor=REIS, Francisco; GOMES, Rosa; GOMES, Gilberto ''et al''|título=Os Caminhos de Ferro Portugueses 1856-2006| editora=CP-Comboios de Portugal e Público-Comunicação Social S. A.|ano=2006|páginas=238|idisbn=ISBN 989-619-078-X|local=Lisboa}}

*{{Link||2=http://www.refer.pt/negocios-e-servicos/estacoes/detalhe/9405009 |3=Página sobre a Estação de Lousado, no sítio electrónico da empresa Infraestruturas de Portugal}}

*{{Link|en|2=http://www.railfaneurope.net/pix/pt/station/Lousado/pix.html |3=Página com fotografias da Estação de Lousado, no sítio electrónico Railfaneurope}}