Dwight D. Eisenhower: diferenças entre revisões

Após a rendição da Alemanha, Eisenhower foi apontado como o chefe da [[Zonas ocupadas pelos Aliados na Alemanha|zona de ocupação americana]] da [[Alemanha]]. Ele instalou seu quartel-general em [[Frankfurt am Main|Frankfurt]]. Apesar delede ele não controlar as outras zonas de ocupação fora do seu território, ele ainda administrava uma parte de [[Berlim]] (que ficava no meio da zona de ocupação soviética). Ao descobrir os [[Campo de concentração#Alemanha Nazista|campos de concentração nazistas]], ele mandou equipes para filmar os locais e documentar as atrocidades para usar as filmagens como evidência nos [[julgamentos de Nuremberg]]. Na crise humanitária que se seguiu na Alemanha pós-guerra, Ike organizou suprimentos de comida e outros mantimentos para a população. Ele queria mudar a visão que se tinha na época dos alemães como vilões, fazendo deles como também uma vítima do nazismo. Ao mesmo tempo, ele continuou uma busca implacável aos criminosos nazistas sobreviventes.<ref>Goedde, Petra (2002). ''GIs and Germans: Culture, Gender and Foreign Relations'', 1945–1949</ref>

Em novembro de 1945, Eisenhower foi apontado como o Chefe do Exército e teve que retornar aos Estados Unidos. Seu primeiro trabalho foi arquitetar a desmobilização de milhares de homens do serviço ativo. O processo foi lento. Ike acreditava que a União Soviética, no leste, não queria guerra e talvez a paz na Europa pudesse ser mantida. Para isso, ele apoiou a criação das [[Nações Unidas]] e também defendeu a não proliferação nuclear. Mas o presidente [[Harry S. Truman]] e o Departamento de Estado decidiram lançar a [[bomba atômica]] sobre o Japão, algo a que Eisenhower se opôs. Ele afirmou: "os japoneses estavam prontsoprontos para se renderrenderem e não foiera necessário fazer estaessa coisa horrível. E eu odeio nós sermos o país que usou estaessa arma primeiro".<ref>Richard Rhodes, ''The Making of the Atomic Bomb'', Newsweek, 11 de novembro de 1963</ref>

Em 1943, Ike recebeu a visita de um político que lhe teria sugerido a ele que concorresse a [[Presidente dos Estados Unidos|presidente]] após a segunda grande guerra. Eisenhower sempre respondia que militares não deveriam interferir em política. O presidente Truman teria oferecido ser o vice dele em uma candidatura [[Partido Democrata (Estados Unidos)|democrata]], caso o também general [[Douglas MacArthur]] ganhasse a nomeação [[Partido Republicano (Estados Unidos)|republicano]].<ref>[http://www.nytimes.com/2003/07/11/us/truman-wrote-of-48-offer-to-eisenhower.html?fta=y "Truman Wrote of '48 Offer to Eisenhower"]. ''The New York Times''. Página acessada em 31 de maio de 2015.</ref>

Em 1948, ele se tornou presidente da [[Universidade Columbia|Universidade de Columbia]]. Por lá, ele participou de vários comitês, incluindo um de Relações Exteriores. Segundo o biografobiógrafo Blanche Wiesen Cook foi por lá que ele aprendeu sobre política e economia. Foi lá que ele teria aprendido sobre a "democracia americana" e fazia questão dosque seus assistênciasassistentes também se envolveremenvolvessem no aprendizado. Então, em 1949, o [[Secretário de Defesa dos Estados Unidos|secretário de defesa dos Estados Unidos]], [[James Forrestal]], pediu a ajuda de Ike para remodular o comando das [[Forças Armadas dos Estados Unidos|Forças Armadas]]. Segundo relatos, Eisenhower nunca se deu bem na vida acadêmica, preferindo a vida de soldadomilitar.<ref>Ambrose (1983), pp. 479–483.</ref>

Em 1951, ele foi apontado como o comandante em chefe das forças da [[Organização do Tratado do Atlântico Norte|OTAN]] e o controle das tropas destadessa organização na Europa. Em maio de 1952 ele, renunciou ao posto de general de exército e voltou para a Universidade de Columbia. Nos Estados Unidos, a adoção do Tratado do Atlântico Norte não foi unanimidade no Congresso. Eisenhower teve que defender sua criação e ainda mais integração na Europa. No fim de 1951, a Aliança Militar dos americanos com as nações europeias já estava firmada e bem estabelecida.<ref>Ambrose (1983), pp. 502–511.</ref>

O presidente Truman, que sempre apoiou a ideia de Eisenhower concorrer nas eleições, novamente em 1951 o pressionou a se candidatar, como Democrata. Contudo Eisenhower divulgou publicamente seus desentendimentos com os democratas e afirmou que ele e sua família eram republicanos.<ref>Ambrose (1983), p. 512.</ref> O Partido Republicano passou então a ser quem o pressionava para se candidatar nas [[Eleição presidencial nos Estados Unidos em 1952|eleições de 1952]]. Sua candidatura seria um contra-ponto para reverter a visão cada vez mais [[Isolacionismo|isolacionista]] do partido, defendida pelo senador [[Robert A. Taft]]. A campanha foi longa e árdua. Eisenhower tentou se apresentar como um candidato sólido e que poderia ser um bom presidente. Henry Cabot Lodge serviria como o seu chefe da campanha.<ref>Ambrose (1983), pp. 524–528.</ref> Eisenhower derrotou Taft e conquistou sua nomeação para a presidência pelos republicanos. Seu slogan de campanha foi a famosa frase "''I Like Ike''" ("Eu gosto de Ike"). Ele se opôs as políticas de Roosevelt e dos democratas aos acordos de Yalta, além da forma como Truman conduzia a política externa com a China e a [[Guerra da Coreia|guerra na Coreia]].<ref>Ambrose (1983), p. 530.</ref><ref name="time 2008"/> Eisenhower teve que também apelar para a ala de [[Direita política|direita]] do seu partido, conhecida como a "Velha Guarda" ("''Old Guard''"). Ele então apontou o conservador [[Richard M. Nixon]] para seu vice, afim de aplacar esse lado. Nixon também apelava aos [[Anticomunismo|anti-comunistasanticomunistas]] e a eleitores mais jovens.<ref>Ambrose (1983), pp. 541–546.</ref>

Durante a eleição, contra o conselho de seus assessores, Eisenhower fez muita campanha no [[sul dos Estados Unidos]], recusando-se recusando a entregar aquele território aos Democratas. A estratégia era atacar oos governos Truman e Roosevelt nas politicaspolíticas a respeito da Coreia, comunismo e corrupção. Ele afirmou que libertaria o leste da Europa e conteria a União Soviética por meios pacíficos. Ele se distanciou do seu antigo chefe, o impopular presidente Truman. Duas controvérsias surgiram durante a campanha republicana. A primeira foi um relatório de que Nixon teria recebido suborno e propinas. O candidato a vice fez [[Checkers speech|um discurso]] em rede de televisão para tentar afastar estasessas acusações, mas não foi muito bem recebido. A segunda controvérsia era relacionada a Eisenhower e sua decisão de confrontar [[Joseph McCarthy]] e seus [[Macartismo|métodos controversos]] no estado dele, em Wisconsin.<ref>Ambrose (1983). ''Eisenhower'', pp. 556–567.</ref>

Duas semanas antes da eleição, Eisenhower afirmou que iria a Coreia e encerraria a [[Guerra da Coreia|guerra por lá]]. Ele prometeu continuar duro contra o [[Mundo comunista|Comunismo]], enquanto evitava mencionar a OTAN (algo de que o povo ainda tinha um pé atrásdesconfiava). Por fim, ele disse que faria um governo responsável e livre da corrupção. Finalmente, ana [[Eleição presidencial nos Estados Unidos em 1952|novembro de 1952]], ele derrotou o candidato democrata [[Adlai Stevenson II|Adlai Stevenson]], conquistando 34 milhões de votos (sete milhões a mais que Stevenson). No [[colégio eleitoral]], ele conseguiu 442 votos, contra 89 do oponente. Assim, os republicanos reconquistaram a [[Casa Branca]] depois de 20 anos esperando.<ref name="time 2008"/> Por uma pequena margem, os republicanos também conquistaram a maioria na [[Câmara dos Representantes dos Estados Unidos|Câmara dos Representantes]], mas empataram no número de assentos com os democratas no [[Senado dos Estados Unidos|Senado]], mas como em caso de empate o voto que decide é o do [[Vice-presidente dos Estados Unidos|Vice]] ([[Richard Nixon|Nixon]]), Ike garantiu que teria, pelo menos nos dois primeiros anos de mandato, a maioria no Congresso.<ref>Ambrose (1983), p. 571.</ref>