Predestinação: diferenças entre revisões

Em [[teologia]], '''Predestinação:predestinação''', em [[teologia]], é a [[doutrina]]<ref>{{citar web |url=http://www.estudosbiblicos.org/a-eleicao-e-a-predestinacao-segundo-o-eterno-proposito-de-deus/ | publicado=estudosbiblicos.org|autor= CRISPIM, Claudio |título=A Eleição e a Predestinação segundo o propósito eterno de Deus|acessodata= 18 outubro 2014|língua=português}}</ref> desegundo quea qual todos os eventos têm sido [[desejo|desejados]] por [[Deus]]. João [[João Calvino|Calvino]] interpretou a predestinação bíblica comocom o significado de que Deus quer a [[danação|condenação eterna]] para algumas pessoas e a [[salvação]] para outras.<ref>"predestination." The American Heritage New Dictionary of Cultural Literacy, Third Edition. Houghton Mifflin Company, 2005. 13 Jun 2011. <Dictionary.com http://dictionary.reference.com/browse/predestination>.</ref>

== ConceitosConceito ==

A predestinação divina, comum no [[monoteísmo]], é, no [[cristianismo]], relacionada aà [[onisciência]] de Deus, sabendoque, supostamente, sabe, previamente, tudo o que vai acontecer, no que se refere à salvação de uns e aà não salvação de outros, sendo um tema dos ensinamentos de [[Agostinho de Hipona]] e de [[João Calvino]]. Para S.santo Agostinho, a salvação não dependeria dos próprios seres humanos, mas sim de uma intervenção divina, da [[graça divina]], algo que seria absolutamente necessário para a salvação. Dessa maneira, pode-se dizer que os "condenados" são, nalguma medida, escolhidos por [[Deus]], ou melhor, os "não- escolhidos".

Os [[cristão]]s entendem a doutrina da predestinação como a [[salvação]] que [[Deus]] planejou para os homens. Os escolhidos não possuempossuiriam a opção de aceitaremaceitar ou não a [[Cristo]], pois Deus há de incliná-los de alguma forma, seja pelo [[amor]] ou pela [[dor]].

=== Predestinação Absoluta de João Calvino ===

A [[doutrina]] da predestinação está particularmente associada ao [[Calvinismocalvinismo]]. A predestinação é um elemento que descende da teologia de [[João Calvino]]. Dentro do espectro de crenças quanto à predestinação, é no Calvinismocalvinismo que possui sua forma mais enfática entre cristãos. Ensina que a predestinação de Deus é fruto de sua onisciência, como presciência, a qual Ele rege de acordo com a Sua vontade e absoluta soberania, em relação as pessoas e acontecimentos. E, numa forma insondável, por muitas vezes não compreensível ao nosso entendimento do ser humano, Deus age continuamente com liberdade total, de forma a realizar a sua vontade de forma completa.

Por outras palavras, o Calvinismocalvinismo baseia a sua doutrina da predestinação na perspectiva de que Deus predestina previaprévia e absolutamente a humanidade, escolhendo, entre os homens, aqueles que irão salvar-se e aqueles que vão ser condenados. Esta doutrina tira, ao Homem, qualquer possibilidade de rejeitar ou aceitar livremente a [[graça divina]].

=== No Catolicismo e Protestantismo<ref>{{citar web |url=http://www.estudosbiblicos.org/predestinacao/ | publicado=estudosbiblicos.org|autor= Crispim |título=Predestinação|acessodata= 29 maio 2014|língua=português}}</ref> ===

Na [[doutrina católica]], a predestinação, além da perspectiva de Deus, baseia-se também na perspectiva de que o Homem, sendo criado livre por Deus, tem a capacidade de aceitar ou rejeitar a [[graça divina]] da salvação. Logo, a graça divina e o [[livre-arbítrio]] humano estabelecem-se, entre si, uma relação de colaboração indissociável. Apesar dade a vontade divina de salvar toda a humanidade através do [[mistério pascal]] de [[Jesus]], o Homem pode livremente recusar a [[salvação]] e a [[santidade]] oferecidas por Deus.<ref>{{citar web |url=http://www.veritatis.com.br/article/4618/a-graca-e-a-justificacao |publicado=Veritatis.com.br |autor= |título=Graça e Justificação |obra=Um artigo do Veritatis Splendor |data= |acessodata= }}</ref>

Sobre a [[onisciência]] divina, que assume um papel importante na predestinação, [[Eusébio Pânfilo]], um [[Padres da Igreja|Pai da Igreja]], afirmou que: "''o
{{quote|O conhecimento prévio dos eventos não é a causa de que tenham ocorrido. As coisas não ocorrem [somente] porque Deus sabe. Quando as coisas estão para ocorrer, Deus o sabe''".<ref>"''The Faith of the Early Fathers''", Volume I. William A. Jurgens. Liturgical Press, Collegeville Minnesota, [[1970]]; pág. 296</ref>}} Logo, Deus, apesar de saber previamente os acontecimentos futuros, dá, ao Homem, a possibilidade de modificá-los e de criar uma nova versão do [[futuro]], que, aliás, Deus também já consegue prevê-laprever. Contudo, o homem não pode interferir na [[vontade]] de Deus.