Ecologia profunda: diferenças entre revisões

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Enquanto a ecologia rasa seria um estudo das interações entre os seres vivos e destes com o [[ambiente]], a ecologia profunda é uma forma de pensar e agir, dentro da ecologia ou de qualquer outra atividade. Para [[Fritjof Capra]], a ecologia profunda distingue-se da ecologia tradicional por apresentar algo mais, por ser uma forma de pensar na qual se questiona tudo.<ref name="Capra" />
 
== princípiosPrincípios ==
 
A ecologia profunda argumenta que o mundo natural é um equilíbrio sutil de inter-relações complexas em que a existência de organismos depende da existência de outros dentro dos ecossistemas. A interferência humana ou a destruição do mundo natural representa uma ameaça, portanto, não apenas para os seres humanos, mas para todos os organismos que constituem a ordem natural.<ref>Ecosystems are also considered to be dependent on other ecosystems within the [[biosphere]].</ref>
 
O princípio central da ecologia profunda é a crença de que o ambiente como um todo deve ser respeitado e considerado como tendo certos direitos legais inalienáveis de viver e florescer, independentemente de seus benefícios instrumentais utilitários para o uso humano. A ecologia profunda é frequentemente enquadrada em termos da ideia de uma sociabilidade muito mais ampla; reconhece diversas comunidades de vida na Terra que são compostas não apenas por fatores bióticos, mas também, quando aplicável, por relações éticas, ou seja, pela valorização de outros seres como mais do que apenas recursos. EleEla se descreve como "profundo" porque se considera mais profundo a realidade atual da relação da humanidade com o mundo natural, chegando a conclusões filosoficamente mais profundas do que a visão predominante da ecologia como um ramo da biologia.<ref name=barry>{{cite book |title=International Encyclopedia of Environmental Politics|author=John Barry|author2=E. Gene Frankland|publisher=Routledge|year=2002|page=161|url=https://books.google.com/books?id=YTB4OMgsxIEC&pg=PA161|isbn=9780415202855}}</ref>
 
O movimento não adere ao ambientalismo antropocêntrico (que se preocupa com a conservação do meio ambiente apenas para exploração por e para fins humanos), uma vez que a ecologia profunda é fundamentada em um conjunto bastante diferente de suposições filosóficas. A ecologia profunda adota uma visão mais holística do mundo em que os seres humanos vivem e procura aplicar à vida o entendimento de que as partes separadas do ecossistema (incluindo os seres humanos) funcionam como um todo. Essa filosofia fornece uma base para os movimentos ecológicos e fomentou um novo sistema de [[ética ambiental]] que defende a preservação da selva, o controle da população humana e a vida simples.<ref name=":0">{{cite journal |first1=Alan |last1=Drengson |first2=Bill |last2=Devall |first3=Mark A. |last3=Schroll |date=2011 |title=The Deep Ecology Movement: Origins, Development, and Future Prospects (Toward a Transpersonal Ecosophy) |journal=International Journal of Transpersonal Studies |volume=30 |issue=1-2 |pages=101–117 |doi=10.24972/ijts.2011.30.1-2.101 |doi-access=free}}</ref>
 
== Influências ==
A ecologia profunda possui influência do pensamento de [[Gandhi]], [[Thoreau]], [[Jean-Jacques Rousseau|Rousseau]], [[Aldo Leopold]] e muitos outros. Em sua elaboração Arne Næss também foi influenciado pela [[teoria do caos]], e buscou fundamenta-la em novas formas científicas de pensar, conhecidas como [[pensamento sistêmico]], presente em áreas como [[biologia sistêmica]] e [[Análise do ciclo de vida|análise de vida do ciclo do produto]].{{carece de fontes}}
 
== Definição de autores ==
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{{referências}}
{{Portal3|Ecologia|Ambiente|EcologiaBiologia}}
 
{{Ciência ambiental}}
{{Portal3|Ambiente|Ecologia}}
 
[[Categoria:Jusnaturalismo]]
[[Categoria:Educação ambiental]]