Rádio Clube (Ponta Grossa): diferenças entre revisões

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O programa ''Gentilezas Caipiras'' substituto do informativo ''Gentilezas'' também representava o papel de serviço de [[Entidade de utilidade pública|utilidade pública]], especialmente na [[década de 1960]], sem muitos outros meios e o caráter local da [[radiodifusão]]. Foi fundado em [[1956]] e idealizado pela Daisy Durski (<nowiki>''Comadre Daisy''</nowiki>). Em [[1964]] mediante ao um concurso foi escolhido uma auxiliar, a Comadre Maria, ela conta que foi a selecionada devida a forma diferente a ler os anúncios publicitários. Ainda destaca o papel social do rádio, na época que não existia [[telefone]] ou [[Telefone celular|celular]]. Era a única forma de alguém de uma cidade vizinha se comunicar com uma pessoa conhecida. Houve uma ocasião em que um bebê foi deixado na porta da '''emissora'''. Muitas [[Carta|cartas]] foram recebidas de [[Ouvinte|ouvintes]], consequência do envolvimento com o público. As grandes [[Rádio (telecomunicações)|rádios nacionais]] no período eram mais voltadas a [[política]] central do [[Brasil]]. O [[dialeto caipira]] teve que deixar de ser utilizada em [[1971]], por meio do [[Movimento Brasileiro de Alfabetização|Mobral]] que reivindicava o uso mais formal da [[língua portuguesa]]. Depois de 30 anos, o programa perdeu um pouco de sua influência. Sendo o [[Rádio (telecomunicações)|rádio]] até então um meio de difusão para as massas, do ponto de vista [[Sociologia|sociológico]] as "Comadres" serviram como formadoras de opinião aonde as mesmas serviam como referencial para os ouvintes, sem outros mediadores influentes.<ref>{{Citar web|url=http://www.ufrgs.br/alcar/encontros-nacionais-1/8o-encontro-2011-1/artigos/Gentilezas%20Caipiras%202013%20um%20novo%20conceito%20em%20programa%20de%20utilidade%20publica.pdf/view|titulo=Gentilezas Caipiras – um novo conceito em programa de utilidade pública|data=2011-04-28|acessodata=2018-08-04|obra=www.ufrgs.br|publicado=UNICENTRO - VIII Encontro Nacional da História da Mídia|ultimo=NAVA, SANTOS, SILVA|primeiro=Mariane, Adrian Delponte dos, Diandra Daniel Nunes da|lingua=pt-br}}</ref>
 
Devido a importância do programa, a locutora que deu origem ao programa foi recebida co o título de cidadã pontagrossense em 1983, ano que deixou a PRJ2, nove anos mais tarde acabou falecendo.<ref>{{Citar periódico|ultimo=BUENO|primeiro=Edi Raquel|data=2014-09-27|titulo=Marcas da História - Comadre Daisy|url=https://issuu.com/correiocarambeiense/docs/correiocarambeienseedi____o_86|jornal=Correio Carambeiense|lingua=|acessodata=}}</ref> A Comadre Maria que deu continuidade ao programa depois da morte de Daisy, acabou falecendo em [[7 de junho]] de [[2017]].<ref>{{Citar web|url=http://app.pontagrossa.pr.gov.br/sisppg/servico_funerario/internet/detalhes.php?idobito=118211&origem=m|titulo=Serviço Funerário Municipal|data=|acessodata=2018-08-04|obra=app.pontagrossa.pr.gov.br|publicado=Prefeitura Municipal de Ponta Grossa|ultimo=|primeiro=}}</ref>
 
Outro programa lembrado é o ''Coisas do Sertão'' comandado por Nhô Fidêncio (Luiz Frederico) por 35 anos dedicado ao homem do campo, com o dialeto caipira vai dizendo "olha, vamos acordar", estimulando o estilo do programa no [[Rádio (telecomunicações)|rádio]] [[Brasil|brasileiro]]. Frederico teve um papel importante na história do rádio da cidade, ele trouxe seus conhecimentos que obteve em [[São Paulo (cidade)|São Paulo]] e em ensinou a locutores reconhecidos até hoje como Ney Costa, Nilson de Oliveira e Osires Nadal, algo como uma "rádio escola". A antecessora da [[Agência Nacional de Telecomunicações|Anatel]] obrigava que 60% das músicas fossem [[Música do Brasil|brasileiras]]. Era controlado qual palavra poderia se dizer e também os ruídos, [[Tosse|tosses]] não eram permitidos.