Copa do Mundo FIFA de 1978: diferenças entre revisões

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No grupo da [[Seleção Argentina de Futebol|Argentina]], a [[Seleção Italiana de Futebol|Itália]] roubou a cena e venceu os seus três jogos da primeira fase. Venceu os donos da casa por 1 a 0. A Argentina venceu a [[Seleção Húngara de Futebol|Hungria]] e [[Seleção Francesa de Futebol|França]], ambas por 2 a 1, e ficou com a segunda vaga. Neste grupo, França e Hungria foram eliminadas com derrotas nas duas primeiras rodadas, e jogaram em [[Mar del Plata]]. Pela definição da FIFA, a Hungria jogaria de branco e a França com o seu azul característico, mas a Federação Francesa, irritada com a organização por se considerar prejudicada pela arbitragem, mandou seu time também de branco como adversário, o que gerou uma grande confusão. Diante da orientação da FIFA que os húngaros tinham direito a jogar de branco, o árbitro [[Arnaldo Cezar Coelho]] exigiu que os franceses trocassem de modelo. Sem uniforme reserva no vestiário, vestiram a camisa do Kimberly, um clube amador de Mar del Plata. A França venceu a partida por 3 a 1. O [[Seleção Brasileira de Futebol|Brasil]] tinha um time que incluía [[Arthur Antunes Coimbra|Zico]] e [[Roberto Rivellino]]. Empatou com a [[Seleção Sueca de Futebol|Suécia]] no primeiro jogo por 1 a 1, e no segundo, com a [[Seleção Espanhola de Futebol|Espanha]], por 0 a 0. Só se classificou ao vencer a [[Seleção Austríaca de Futebol|Áustria]] no terceiro jogo, 1 a 0. Mesmo com a derrota, a Áustria, que vencera os dois primeiros jogos, ficou com a outra vaga. A Espanha e a Suécia foram eliminadas. Os [[Seleção Neerlandesa de Futebol|Países Baixos]] tiveram dificuldades em se classificar. [[Johan Cruijff]], a estrela do time, recusou participar do torneio devido problemas familiares. O país venceu o [[Seleção Iraniana de Futebol|Irã]] por 3 a 0, depois empatou com o [[Seleção Peruana de Futebol|Peru]] em 0 a 0 e perdeu da [[Seleção Escocesa de Futebol|Escócia]] por 3 a 2. O Peru foi a grande sensação do grupo: venceu a Escócia por 3 a 1 e goleou o Irã por 4 a 1. A [[Seleção Alemã de Futebol|Alemanha Ocidental]] e a [[Seleção Polonesa de Futebol|Polônia]] dividiram as vagas de seu grupo entre si sem maiores dificuldades. Neste grupo, a Tunísia fez história ao conquistar a primeira vitória de uma seleção africana em copas, fazendo 3 a 1 no México. Outro grande resultado da seleção africana foi um empate em 0 a 0 com a Alemanha Ocidental.
 
Estavam na segunda fase: Argentina, Peru, Brasil e Polônia no Grupo A, e Alemanha, Itália, Países Baixos e Áustria no grupo B. A Holanda reencontrou seu melhor futebol e goleou a Áustria por 5 a 1, empatou com a Alemanha Ocidental em 2 a 2 e ganhou da favorita Itália por 2 a 1, conseguindo uma vaga para a final. A Itália que foi a grande sensação da primeira fase com 100% de aproveitamento empatou com a Alemanha em 0 x 0, derrotou a Áustria por 1 a 0 e foi disputar o 3º lugar, por ficar em 2º lugar do grupo. No grupo de Brasil e Argentina houve escândalos. O Brasil, modificado com as entradas de [[Rodrigues Neto]], [[Jorge Mendonça]] e Roberto Dinamite nos lugares de [[Edino Nazareth Filho|Edinho]], Zico e [[José Reinaldo de Lima|Reinaldo]], se recuperou da apatia da 1ª fase e venceu o Peru por 3 a 0. A Argentina passou pela Polônia por 2 a 0. Em [[Rosário (Argentina)|Rosário]], argentinos e brasileiros empataram. Este empate seria fatal para o Brasil. Na última rodada, a equipe venceu tranquilamente a Polônia por 3 a 1. Com este resultado, restava à Argentina vencer o Peru por 4 gols de diferença. A Argentina goleou o Peru por 6 a 0. O resultado do jogo mandou o Brasil para a decisão de 3º lugar, que venceria da Itália por 32 a 1. A final foi decidida no [[Estádio Monumental de Núñez]], em Buenos Aires. A Argentina venceu os Países Baixos na prorrogação e conquistou seu primeiro título mundial.
 
A organização do evento foi marcada por muitas falhas. Em alguns lugares os estádios ficaram prontos na última hora, e por isso os gramados recém plantados se soltavam sob os pés dos jogadores. Enquanto a Argentina sediou quase todos os seus jogos em Buenos Aires, os principais rivais faziam um ''tour'' pelo país, se desgastando com longas viagens. Foi uma copa cercada de polêmicas, muito graças ao clima político da Argentina, que [[Ditadura Militar na Argentina|vivia uma ditadura militar]] que via na organização do torneio a oportunidade de popularizar o regime e promover a distração nacional dos problemas políticos e econômicos.